https://wiki.deldebbio.com.br/api.php?action=feedcontributions&user=Rfranzen&feedformat=atomWiki - User contributions [en]2024-03-29T13:56:40ZUser contributionsMediaWiki 1.41.0https://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_F%C3%A9lix_V&diff=8702Antipapa Félix V2010-12-09T17:40:40Z<p>Rfranzen: Created page with 'Antipapa Félix V De seu nome '''Amadeu VIII de Sabóia''' (1383 - 7 de Novembro de 1451), cognominado o Pacífico, foi o último …'</p>
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<div>[[File:Antipapa_Felix_V.jpg|200px|thumb|right|Antipapa Félix V]]<br />
De seu nome '''Amadeu VIII de Sabóia''' (1383 - 7 de Novembro de 1451), cognominado o Pacífico, foi o último conde de Sabóia de 1391 a 1416 e o primeiro duque daquele Estado desde então até 1440.<br />
<br />
Amadeu VIII foi também o último antipapa sob o nome '''Félix V''' (de Novembro de 1439 a Abril de 1449); a partir de então somente voltaram a existir antipapas depois de 1978, o [[Antipapa Gregório XVII]] e seu sucessor o [[Antipapa Pedro II]] em 2005.</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Antipapa_Felix_V.jpg&diff=8701File:Antipapa Felix V.jpg2010-12-09T17:39:31Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_Clemente_VIII&diff=8700Antipapa Clemente VIII2010-12-09T17:30:26Z<p>Rfranzen: Created page with ''''Clemente VIII''', é o último antipapa da linha de Avinhão, exercendo o seu mandato em Peníscola, Espanha de 10 de Junho de 1423 a 26 de Julho de 1429. Nasceu entre 1369-1…'</p>
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<div>'''Clemente VIII''', é o último antipapa da linha de Avinhão, exercendo o seu mandato em Peníscola, Espanha de 10 de Junho de 1423 a 26 de Julho de 1429.<br />
<br />
Nasceu entre 1369-1370 como Gil Sanches Munhoz y Carbon em Aragão, e morreu em 28 de Dezembro de 1446.<br />
O seu antecessor o [[Antipapa Bento XIII]] (conhecido como Papa Luna), um dia antes da sua morte, nomeou Cardeais quatro dos seus seguidores, para assegurar a continuidade do seu papado.<br />
<br />
Em 10 de Junho de 1423, três desses quatro cardeais, reuniram-se em Peníscola e elegeram Gil Sanches para sucessor, ficando conhecido como Antipapa Clemente VIII, segundo Papa de Peníscola, que governou entre 1424 e 1429.<br />
<br />
O [[Papa Martinho V]] enviou uma embaixada (liderada por Afonso de Bórgia, o futuro Papa Calisto III) para convencer Clemente VIII a reconhecer Martinho V. Clemente VIII abdicou a favor de Martinho V em 26 de Julho de 1429, e confirmou a sua decisão publicamente na Igreja Arciprestal de San Mateo de Castellón em 15 de Agosto de 1429.<br />
<br />
Assim acabou definitivamente o Grande Cisma do Ocidente.<br />
<br />
[[category:Papas]] [[category:Antipapas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_Alexandre_V&diff=8699Antipapa Alexandre V2010-12-09T17:28:58Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>'''Alexandre V''' ou Pietro Filargi da Candia, foi um Antipapa que governou a Igreja Católica no biénio 1409-1410 com retidão, merecendo de seus contemporâneos tamanhos elogios, que ainda hoje inspira admiração em alguns estudiosos que o incluem como "Papa" digno de estudo.<br />
<br />
Alexandre V é por muitos considerado Antipapa. Há quem julgue sua eleição inválida, porque o [[Papa Gregório XII]] era o papa legítimo; há quem julgue sua eleição apenas ilícita, dada às dúvidas que pairavam no ambiente do Cisma e da boa vontade de muitos, que desejavam a necessária e urgente pacificação da Igreja, e, havia ainda os que por interesse secular. Há quem defenda a sua eleição como legítima devido à confusão de então. O certo é que o seu nome consta das listas pontifícias, o seu retrato figura entre os medalhões da basílica de São Paulo, em Roma, e mais tarde, um sucessor de seu nome intitulou-se [[Papa Alexandre VI|Alexandre VI]].<br />
<br />
Filargi era veneziano, nascido na ilha de Cância ou Creta. Mendigo na infância, foi recolhido pela generosidade de um frade franciscano que ficou encantado com seus modos cortezes, seu jeito afável e viu nele grande inteligência e profunda visão crítica. Estudara depois em Oxford e em Paris. Foi arcebispo de Milão. Contava 70 anos de idade, quando o escolheu o conciliábulo de Pisa, onde se haviam reunido 24 cardeais, 4 patriarcas, 180 bispos ou representantes, 4 superiores de prestigiadas Ordens, deputados de 13 prestigiadas Universidades e de inúmeros doutores entre outros notáveis desta época. A sua escolha tinha em mira afastar o Papa Gregório XII e Pedro de Luna, o [[Antipapa Bento XIII]]. Gregório não podia e Pedro de Luna não queria aceitar tal imposição. Houve então a existência de "três papas".<br />
<br />
Alexandre V viveu em boa-fé. Enviou legado a toda a Cristandade, buscando o diálogo, a conciliação e a concórdia. Os cronistas são unânimes em reconhecer que seu desejo de conciliação era sincero: "que houvesse um só rebanho sob um só pastor". Entrou em Roma ovacionado pelos "populares", sendo conduzido pelo rei Luís II de Anjou, pretendente ao Reino de Nápoles. Alexandre fez muitas benesses aos pobres e necessitados. E morreu piedosamente em Bolonha, em 3 de Maio de 1410, talvez, segundo alguns relatos deixados por alguns contemporâneos seus (e, que a história oficial negou-se por prudência a identificar), que tivesse sido vítima de envenenamento por parte de seus partidários desgostosos de sua rectidão. Foi piedosamente sepultado na igreja bolonhesa de São Francisco, num sepulcro muito artístico.<br />
<br />
[[category:Papas]] [[category:Antipapas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_Jo%C3%A3o_XXIII&diff=8698Antipapa João XXIII2010-12-09T17:28:34Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Antipapa_Joao_XXIII.jpg|200px|thumb|right|Antipapa João XXIII]]<br />
'''João XXIII''', Antipapa, de 1410 a 1415, que figura em muitas listas de papas. Baldassare Cossa, seu nome temporal, nasceu em Nápoles, Itália, a cerca de 1370, e, morreu em Florença, em 22 de dezembro de 1419.<br />
<br />
Foi corsário na mocidade, mas depois estudou na Universidade de Bolonha. Entrou no serviço da Igreja Católica durante o pontificado de [[Papa Gregório XII|Gregório XII]] (1406-1415). Cardeal em 1402. Eleito e sagrado em Bolonha, em 1410, para suceder ao antipapa Alexandre V, o primeiro papa cismático eleito em Pisa, de cuja morte seus inúmeros desafetos sempre o acusaram de não ser de todo inocente. Foi sua eleição reconhecida com a adoção do nome de João XXIII, pela França, Inglaterra e parte da Itália e da Alemanha.<br />
<br />
Vários historiadores atribuem sua ascensão ao trono pontifício por influência e ingerência direta do rei Luís II, Duque de Anjou, que buscava a todo custo controlar o poder dos Papas.<br />
<br />
O ano de 1410 apenas refletiu um período particularmente conturbado para a Igreja; um Grande Cisma enchia de dúvidas a toda a Cristandade com o aparecimento de até três papas (o de Roma, os de Avinhão e o de Pisa).<br />
<br />
Levado a Roma pelas armas do rei Ladislau de Nápoles, foi aclamado enfim pelos seus partidários como o pontífice João XXIII, o bispo de Roma, Vigário de Cristo na Terra. Não foi papa legítimo. Seu nome e seu retrato figuram nos catálogos e medalhões, por causa das dúvidas de então. Aliado a Luís II de Anjou, lutou contra o rei da Sicília e opôs-se a Gregório XII, papa legítimo de Roma, e a [[Antipapa Bento XIII|Bento XIII]], antipapa de Avinhão.<br />
<br />
Reuniu um Concílio em Roma, em 1413, no qual condenou os livros de John Wycliffe.<br />
<br />
Em 1414, inaugurou o Concílio de Constança, que de tão solene e grandioso para a Cristandade, contou com a proteção do piedoso imperador Sigismundo. Chegou ao evento, o antipapa João XXIII com magnificente cortejo. Vendo-se, porém, alvo de justas recriminações, fugiu disfarçado. Retratou-se depois de seu erro, submetendo-se à decisão do Concílio de Constança que terminou com o Grande Cisma do Ocidente. Foi deposto e aprisionado no ano seguinte, 1415.<br />
<br />
Libertado em 1418, reconheceu [[Papa Martinho V|Martinho V]] como verdadeiro Papa e, retornando da Alemanha, onde estivera encarcerado desde sua deposição, foi ele nomeado Cardeal-bispo de Frascati e deão do Sacro Colégio.<br />
Baldassare Cossa viveu até o final de seus dias dignamente como Cardeal e morreu em 1419, sendo sepultado com honras em Florença. O Vaticano reconhece sua sucessão por Martinho V em 1417.<br />
<br />
O outro antipapa, Pedro de Luna, que se intitulava Bento XIII, perseverou no cisma, embora o imperador Sigismundo tivesse ido pessoalmente procurá-lo na Espanha para sanar o erro. Morreu em 1424, na sua "Corte pontifícia", nomeando novos "Cardeais".<br />
<br />
[[category:Papas]] [[category:Antipapas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_Jo%C3%A3o_XXIII&diff=8697Antipapa João XXIII2010-12-09T17:27:09Z<p>Rfranzen: Created page with 'Antipapa João XXIII '''João XXIII''', Antipapa, de 1410 a 1415, que figura em muitas listas de papas. Baldassare Cossa, seu n…'</p>
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<div>[[File:Antipapa_Joao_XXIII.jpg|200px|thumb|right|Antipapa João XXIII]]<br />
'''João XXIII''', Antipapa, de 1410 a 1415, que figura em muitas listas de papas. Baldassare Cossa, seu nome temporal, nasceu em Nápoles, Itália, a cerca de 1370, e, morreu em Florença, em 22 de dezembro de 1419.<br />
<br />
Foi corsário na mocidade, mas depois estudou na Universidade de Bolonha. Entrou no serviço da Igreja Católica durante o pontificado de [[Papa Gregório XII|Gregório XII]] (1406-1415). Cardeal em 1402. Eleito e sagrado em Bolonha, em 1410, para suceder ao antipapa Alexandre V, o primeiro papa cismático eleito em Pisa, de cuja morte seus inúmeros desafetos sempre o acusaram de não ser de todo inocente. Foi sua eleição reconhecida com a adoção do nome de João XXIII, pela França, Inglaterra e parte da Itália e da Alemanha.<br />
<br />
Vários historiadores atribuem sua ascensão ao trono pontifício por influência e ingerência direta do rei Luís II, Duque de Anjou, que buscava a todo custo controlar o poder dos Papas.<br />
<br />
O ano de 1410 apenas refletiu um período particularmente conturbado para a Igreja; um Grande Cisma enchia de dúvidas a toda a Cristandade com o aparecimento de até três papas (o de Roma, os de Avinhão e o de Pisa).<br />
<br />
Levado a Roma pelas armas do rei Ladislau de Nápoles, foi aclamado enfim pelos seus partidários como o pontífice João XXIII, o bispo de Roma, Vigário de Cristo na Terra. Não foi papa legítimo. Seu nome e seu retrato figuram nos catálogos e medalhões, por causa das dúvidas de então. Aliado a Luís II de Anjou, lutou contra o rei da Sicília e opôs-se a Gregório XII, papa legítimo de Roma, e a [[Antipapa Bento XIII|Bento XIII]], antipapa de Avinhão.<br />
<br />
Reuniu um Concílio em Roma, em 1413, no qual condenou os livros de John Wycliffe.<br />
<br />
Em 1414, inaugurou o Concílio de Constança, que de tão solene e grandioso para a Cristandade, contou com a proteção do piedoso imperador Sigismundo. Chegou ao evento, o antipapa João XXIII com magnificente cortejo. Vendo-se, porém, alvo de justas recriminações, fugiu disfarçado. Retratou-se depois de seu erro, submetendo-se à decisão do Concílio de Constança que terminou com o Grande Cisma do Ocidente. Foi deposto e aprisionado no ano seguinte, 1415.<br />
<br />
Libertado em 1418, reconheceu [[Papa Martinho V|Martinho V]] como verdadeiro Papa e, retornando da Alemanha, onde estivera encarcerado desde sua deposição, foi ele nomeado Cardeal-bispo de Frascati e deão do Sacro Colégio.<br />
Baldassare Cossa viveu até o final de seus dias dignamente como Cardeal e morreu em 1419, sendo sepultado com honras em Florença. O Vaticano reconhece sua sucessão por Martinho V em 1417.<br />
<br />
O outro antipapa, Pedro de Luna, que se intitulava Bento XIII, perseverou no cisma, embora o imperador Sigismundo tivesse ido pessoalmente procurá-lo na Espanha para sanar o erro. Morreu em 1424, na sua "Corte pontifícia", nomeando novos "Cardeais".</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Antipapa_Joao_XXIII.jpg&diff=8696File:Antipapa Joao XXIII.jpg2010-12-09T17:19:38Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Antipapa_Alexandre_V&diff=8695Antipapa Alexandre V2010-12-09T17:17:58Z<p>Rfranzen: Created page with ''''Alexandre V''' ou Pietro Filargi da Candia, foi um Antipapa que governou a Igreja Católica no biénio 1409-1410 com retidão, merecendo de seus contemporâneos tamanhos elogi…'</p>
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<div>'''Alexandre V''' ou Pietro Filargi da Candia, foi um Antipapa que governou a Igreja Católica no biénio 1409-1410 com retidão, merecendo de seus contemporâneos tamanhos elogios, que ainda hoje inspira admiração em alguns estudiosos que o incluem como "Papa" digno de estudo.<br />
<br />
Alexandre V é por muitos considerado Antipapa. Há quem julgue sua eleição inválida, porque o [[Papa Gregório XII]] era o papa legítimo; há quem julgue sua eleição apenas ilícita, dada às dúvidas que pairavam no ambiente do Cisma e da boa vontade de muitos, que desejavam a necessária e urgente pacificação da Igreja, e, havia ainda os que por interesse secular. Há quem defenda a sua eleição como legítima devido à confusão de então. O certo é que o seu nome consta das listas pontifícias, o seu retrato figura entre os medalhões da basílica de São Paulo, em Roma, e mais tarde, um sucessor de seu nome intitulou-se [[Papa Alexandre VI|Alexandre VI]].<br />
<br />
Filargi era veneziano, nascido na ilha de Cância ou Creta. Mendigo na infância, foi recolhido pela generosidade de um frade franciscano que ficou encantado com seus modos cortezes, seu jeito afável e viu nele grande inteligência e profunda visão crítica. Estudara depois em Oxford e em Paris. Foi arcebispo de Milão. Contava 70 anos de idade, quando o escolheu o conciliábulo de Pisa, onde se haviam reunido 24 cardeais, 4 patriarcas, 180 bispos ou representantes, 4 superiores de prestigiadas Ordens, deputados de 13 prestigiadas Universidades e de inúmeros doutores entre outros notáveis desta época. A sua escolha tinha em mira afastar o Papa Gregório XII e Pedro de Luna, o [[Antipapa Bento XIII]]. Gregório não podia e Pedro de Luna não queria aceitar tal imposição. Houve então a existência de "três papas".<br />
<br />
Alexandre V viveu em boa-fé. Enviou legado a toda a Cristandade, buscando o diálogo, a conciliação e a concórdia. Os cronistas são unânimes em reconhecer que seu desejo de conciliação era sincero: "que houvesse um só rebanho sob um só pastor". Entrou em Roma ovacionado pelos "populares", sendo conduzido pelo rei Luís II de Anjou, pretendente ao Reino de Nápoles. Alexandre fez muitas benesses aos pobres e necessitados. E morreu piedosamente em Bolonha, em 3 de Maio de 1410, talvez, segundo alguns relatos deixados por alguns contemporâneos seus (e, que a história oficial negou-se por prudência a identificar), que tivesse sido vítima de envenenamento por parte de seus partidários desgostosos de sua rectidão. Foi piedosamente sepultado na igreja bolonhesa de São Francisco, num sepulcro muito artístico.<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Alexandre_VI&diff=8694Papa Alexandre VI2010-12-09T17:14:28Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[File:Papa_Alexandre_VI.jpg|200px|thumb|right|Papa Alexandre VI]]<br />
'''Alexandre VI''', nascido (Xàtiva, 1 de Janeiro de 1431 — Roma, 18 de Agosto de 1503) foi papa de 10 de Agosto 1492 até a data da sua morte. Quando chegou à Itália, adotou o nome de Rodrigo Borgia, aportuguesado para Rodrigo Bórgia. O nome de sua família foi elevada à cátedra do Vaticano com a eleição do seu tio materno, Afonso Bórgia, como [[Papa Calisto III]].<br />
Rodrigo Bórgia estudou Direito em Bolonha. Com a nomeação do tio para o papado, foi sucessivamente elevado a cargos de mais qualidade: bispo, cardeal e vice-chanceler da Igreja. Se tornou um grande diplomata após servir à Cúria Romana durante cinco pontificados, adquiriu experiência administrativa, influência e riqueza, mas não grande poder. A partir de 1470 ligou-se a Giovanna (Vanozza) Catanei, de quem nasceram seus filhos bastardos; teve ainda por amante Giulia Farnese, mulher de Orsino Orsini.<br />
<br />
== Elevação ==<br />
Segundo rumores (embora sem nenhuma prova), Rodrigo Bórgia usou sua fortuna para comprar a maior parte dos votos dos cardeais quando se realizou o conclave para definir a sucessão do [[Papa Inocêncio VIII]]. O que ocorreu na verdade, segundo os historiadores, foi o fato de a maioria dos cardeais terem ele como melhor candidato devido às suas aptidões diplomáticas. No conclave houve três candidatos: ele próprio, Ascanio Sforza e Giuliano della Rovere. O conclave que o elegeu compunha-se de apenas 23 cardeais. Reuniram-se em agosto de 1492, na capela apelidada Capela Sistina, por ter sido construída pelo papa Sisto IV, adornada com obras-primas de Botticelli, Pinturicchio, Ghirlandaio e Michelangelo. A eleição foi definida na madrugada de 10 para 11 de agosto. A coroação se deu em 26 de agosto. Rodrigo Bórgia tinha 61 anos, e adotou o nome de Alexandre VI (em latim, Alexander VI).<br />
<br />
== Papado ==<br />
O papado de Alexandre VI começou tranqüilo, mas não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Nomeou Cardeais o seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, os seus sobrinhos Francisco Borgia (cardeal) e Juan Lanzol de Bórgia de Romaní,, o maior, um primo deste último Juan Castellar y de Borgia(it. Giovanni), os seus sobrinhos-neto Juan Lanzol de Bórgia de Romaní, o menor, Pedro Luís de Borgia Lanzol de Romaní e Francisco Lloris y de Borgia e o cunhado do seu filho César, Amanieu d'Albret. César seria posteriormente retratado por Maquiavel em sua obra O príncipe como o ideal do político e governante pragmático.<br />
<br />
Em 1494 sofreu tentativa de deposição (por causa de simonia e corrupção) da parte de prelados à frente dos quais aparecia o cardeal Della Rovere, futuro Papa Júlio II. Resistiu, mas continuou a praticar atos imorais, apesar da condenação que lhe dirigiam (entre outros, o padre Girolamo Savonarola).<br />
<br />
Seu pontificado é um paradigma de corrupção papal ocasionada pela invasão secular dentro da Igreja, mais tarde esse fato foi tido como desculpa para a separação dos protestantes. Alexandre VI foi, sem dúvida, um papa corrupto, pouco dado às virtudes cristãs. Teve pelo menos sete filhos, entre os quais César e Lucrécia Bórgia. Lucrécia Bórgia, filha do Papa, com uma beleza exuberante dançava alegremente para os cardeais, foi acusada de ser "filha, esposa e nora" de seu pai pelo satírico Filofila, embora sem comprovações, pois este pertencia aos partidários da família Médici e manifestou o mesmo ódio que esta tinha contra os privilégios que o Alexandre concedera aos Bórgia. Durante seu pontificado, foram decretadas as Bulas Alexandrinas, tratados responsáveis pela divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo. Dentre eles, vale destacar as bulas Inter Coetera, Eximiae Devotionis e Dudum Siquidem. As negociações ibéricas iriam desembocar no famoso Tratado de Tordesilhas que confirmaria a divisão do mundo entre Portugal e Espanha e seria contestado por outros monarcas, dos quais o mais famoso foi Francisco I de Angoulême, rei da França.<br />
<br />
Morreu subitamente, suspeitando-se que tenha sido envenenado por arsênico, adicionado à sua comida em um banquete – o que provocou o enegrecimento do cadáver e o inchaço do mesmo, já dentro do caixão, levando a que alguns assistentes tenham inserido o corpo num caixão maior. Seu funeral foi breve e sem grandes comemorações, tendo sido sepultado com a seguinte epígrafe em seu túmulo em Espanha: "Aqui Jaz Alexandre VI, que foi papa". O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato. Apesar de corrupto e dado às paixões, passou pela cadeira de Pedro, mas deixou a doutrina católica intacta.<br />
<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Rodrigo de Borgia<br />
* '''Nascimento:''' Valência, Espanha, 1 de Janeiro de 1431<br />
* '''Eleição:''' 11 de Agosto de 1492<br />
* '''Fim do pontificado:''' 18 de agosto de 1503 (72 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Inocêncio VIII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Pio III]]<br />
* '''Ordem:''' 215º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Inoc%C3%AAncio_VIII&diff=8693Papa Inocêncio VIII2010-12-09T17:14:16Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Inocencio_VIII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VIII]]<br />
'''Papa Inocêncio VIII''', nascido Giovanni Battista Cybo (Génova, 25 de Julho de 1432 - Roma, 25 de Julho de 1492) foi Papa de 12 de Setembro de 1484 até a data da sua morte. Foi Também a primeira pessoa a receber uma transfusão de sangue (embora com insucesso).<br />
<br />
Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.<br />
<br />
Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do 'crime de feitiçaria' .<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Giovanni Battista Cibo<br />
* '''Nascimento:''' Génova, Itália, 25 de Julho de 1432<br />
* '''Eleição:''' 29 de Agosto de 1484<br />
* '''Fim do pontificado:''' 25 de julho de 1492 (60 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Sisto IV]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Alexandre VI]]<br />
* '''Ordem:''' 214º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Sisto_IV&diff=8692Papa Sisto IV2010-12-09T17:14:06Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Sisto_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Sisto IV]]<br />
'''Papa Sisto IV''' nascido Francesco Della Rovere, OFM (Albisola, 21 de Julho de 1414 - Roma, 12 de Agosto de 1484) foi Papa de 9 de Agosto de 1471 até a data da sua morte. Figura importante da Renascença, é principalmente lembrado por ter estabelecido a Inquisição Espanhola e ordenado a construção da Capela Sistina na qual uma equipe de artistas se reuniu para produzir uma obra-prima (o teto pintado por Michelangelo Buonarroti foi adicionado posteriormente).<br />
<br />
Nasceu numa modesta família em Albisola, perto de Savona, na Ligúria. Juntou-se à Ordem Franciscana, e as suas qualidades intelectuais revelaram-se enquanto estudava filosofia e teologia na Universidade de Pavia. Leccionou em várias universidades de Itália. Tornado Ministro Geral da Ordem Franciscana em 1464 e nomeado pelo Papa Paulo II Cardeal.<br />
<br />
Sisto IV era tio de Giuliano della Rovere, futuro Papa Júlio II, seu pontificado corresponde a uma época de expansão territorial dos Estados Papais. Sisto IV consentiu a Inquisição espanhola e escreveu uma bula em 1478 estabelecendo-a em Sevilha, sob pressão política do Rei Fernando I de Aragão, que ameaçou retirar o seu apoio militar na Sicília. Mesmo assim, Sisto protestou sobre o protocolo e prerrogativas jurisdicionais, e ficou insatisfeito pelos excessos da Inquisição, tomando medidas a condenar os mais flagrantes abusos em 1482. Quanto a assuntos eclesiásticos, Sisto IV instituiu a festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Anulou em 1478 os decretos reformistas do Concílio de Constança.<br />
<br />
Em 1481 Sisto IV fez a Bula Æterni regis, na qual, garantia a Portugal todas as terras descobertas e a serem descobertas ao sul das Ilhas Canárias na África.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Francesco della Rovere<br />
* '''Nascimento:''' Savona, Itália, 21 de Julho de 1414<br />
* '''Eleição:''' 9 de Agosto de 1471<br />
* '''Fim do pontificado:''' 12 de agosto de 1484 (70 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Paulo II]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Inocêncio VIII]]<br />
* '''Ordem:''' 213º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Paulo_II&diff=8691Papa Paulo II2010-12-09T17:14:00Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Paulo_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Paulo II]]<br />
'''Paulo II''' nascido Pietro Barbo (Veneza, 23 de Fevereiro de 1417 - Roma, 26 de Julho de 1471) foi Papa entre 30 de Agosto de 1464 e a data da sua morte.<br />
<br />
Sobrinho do [[Papa Eugênio IV]], adere à carreira eclesiástica quando da eleição do tio, em 1431. As suas promoções foram rápidas: Cardeal em 1440 e eleito Papa por unanimidade em 30 de Agosto de 1464, sucedendo ao [[Papa Pio II]].<br />
<br />
O seu juramento obrigava-o a abolir o nepotismo na Cúria Romana, incentivando a moralidade, a combater os turcos e a convocar um concílio ecuménico nos primeiros três anos do pontificado, o que não ocorreu.<br />
<br />
Sua morte foi causada pela quantidade exagerada de joias que usava nos dedos, que com o tempo muito frio lhe causou uma pneumonia.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Pietro Barbo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 23 de Fevereiro de 1418<br />
* '''Eleição:''' 30 de Agosto de 1464<br />
* '''Fim do pontificado:''' 26 de julho de 1471 (53 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Pio II]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Sisto IV]]<br />
* '''Ordem:''' 212º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Pio_II&diff=8690Papa Pio II2010-12-09T17:13:52Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Pio_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Pio II]]<br />
'''Pio II''', nascido Enea Silvio Piccolomini (em latim: Aeneas Sylvius; Corsignano, 18 de outubro de 1405 – 14 de agosto de 1464) foi papa de 19 de agosto de 1458 até sua morte, seis anos depois. Nascido em Corsignano, na Itália, no território sienês de uma família nobre, porém em decadência, também é um intelectual autor de diversas obras, como a história de sua vida, intitulada Comentários, a única autobiografia já feita por um papa.<br />
<br />
Eleito Papa, providenciou a reurbanização de sua cidade natal, Corsignano, que passou doravante a chamar-se Pienza, tirando o seu nome de Pio.<br />
<br />
Teve um sobrinho que também foi papa, [[Papa Pio III|Pio III]], assim como um dos descendentes de seu irmão ([[Papa Bento XIII|Bento XIII]]).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Enea Silvo Piccolomini<br />
* '''Nascimento:''' Siena, Itália, 18 de Outubro de 1405<br />
* '''Eleição:''' 19 de Agosto de 1458<br />
* '''Fim do pontificado:''' 14 de agosto de 1464 (58 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Calisto III]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Paulo II]]<br />
* '''Ordem:''' 211º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Calisto_III&diff=8689Papa Calisto III2010-12-09T17:13:46Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Calisto_III.jpg|200px|thumb|right|Papa Calisto III]]<br />
Nascido Afonso de Bórgia (31 de Dezembro de 1378 - 6 de agosto de 1458) Foi papa de 8 de abril de 1455 ate a data da sua morte, perto de Xàtiva, Valência, hoje Espanha, mas naquele tempo Reino de Valência, integrado no Reino de Aragão. Foi o Papa que reviu a condenação de Joana d'Arc e reconheceu sua inocência em 1456. Foi tio de outro papa da família Bórgia, [[Papa Alexandre VI|Alexandre VI]].<br />
<br />
O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato, em Roma.<br />
<br />
== Criação dos Padroados português e espanhol ==<br />
O Papa Calisto III criou o Padroado, que era um tratado entre a Igreja Católica e os Reinos de Portugal e de Espanha.<br />
<br />
A Igreja Católica delegava aos monarcas destes reinos ibéricos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei mandava construir igrejas e era responsável pela sua manutenção), nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa.<br />
<br />
Assim, a estrutura do Reino de Portugal e de Espanha tinha não só uma dimensão político-administrativa, mas também religiosa. Com a criação do Padroado, muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Particularmente a Inquisição, que nos Impérios Ibéricos funcionou mais como uma polícia do que a sua função inicial religiosa.<br />
<br />
O Padroado português foi muito alterado ao longo dos tempos, mas os seus últimos vestígios foram suprimidos com o Concílio Vaticano II. Por exemplo, até este Concílio, era o Chefe de Estado Português que impunha o barrete cardinalício ao Patriarca de Lisboa.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Alfonso de Borja<br />
* '''Nascimento:''' Valência, Espanha, 31 de Dezembro de 1378<br />
* '''Eleição:''' 20 de Abril de 1455<br />
* '''Fim do pontificado:''' 6 de agosto de 1458 (79 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Nicolau V]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Pio II]]<br />
* '''Ordem:''' 210º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Nicolau_V&diff=8688Papa Nicolau V2010-12-09T17:13:38Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Nicolau_V.jpg|200px|thumb|right|Papa Nicolau V]]<br />
O '''Papa Nicolau V''' nascido Tommaso Parentucelli (15 de novembro de 1397 - 24 de março de 1455) foi Papa de 6 de março de 1447 até à data da sua morte. Em 1450, censura, em epístola expedida de Roma, o rei Afonso V de Portugal, pela forma de enterramento desonroso dada ao corpo de seu tio Pedro, Duque de Coimbra, morto no recontro de Alfarrobeira. Sepultado em Alverca e, depois, na igreja Santa Maria do Castelo, em Abrantes, o corpo do Infante D. Pedro só em 1455 viria a ser transladado para o mosteiro da Batalha.<br />
<br />
O Papa Nicolau V concedeu, em 1453, aos franciscanos, a incorporação dos estudos de Teologia, do seu convento, na Universidade de Lisboa. E, por bula de 1454, concedeu ao Infante D. Henrique o monopólio das expedições marítimas. Deve-se-lhe, também, a bula "Romanus Pontifex" (1455), que reconheceu aos reis de Portugal a posse das terras e mares já descobertos ou a descobrir. Tal documento representa o conhecimento, por direito internacional, do espírito de cruzada dos descobrimentos henriquinos.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Tommaso Parentucelli<br />
* '''Nascimento:''' Sardenha, Itália, 15 de Novembro de 1397<br />
* '''Eleição:''' 6 de Março de 1447<br />
* '''Fim do pontificado:''' 24 de março de 1455 (57 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Eugênio IV]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Calisto III]]<br />
* '''Ordem:''' 209º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Eug%C3%AAnio_IV&diff=8687Papa Eugênio IV2010-12-09T17:13:31Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[image:Papa_Eugenio_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Eugênio IV]]<br />
O '''Papa Eugênio IV''', OSA, (Veneza, 1383 – Roma, 23 de fevereiro de 1447), nascido Gabriele Condulmer, foi Papa de 3 de março de 1431 até à data da sua morte.<br />
<br />
== Biografia ==<br />
Homem severo e de índole "feroz como um tigre", era temido pela sua ampla correção e pela "justa palavra". Morreu vítima de envenenamento. A tradição atribui a este pontífice a instituição de ampla distribuição da Hóstia consagrada na casa dos enfermos graves. Nascido em Veneza, eleito em 3 de Março de 1431 como sucessor de [[Papa Martinho V|Martinho V]] (1417-1431), que decretou a reunificação com a Igreja Oriental. Descendente de uma nobre família de Veneza era sobrinho de [[Papa Gregório XII|Gregório XII]]. Eleito, proclamou o 17.º Concílio Ecumênico em Basileia. Depois de sofrer pressões para dissolver o Concílio de Basileia (1431), fugiu de Roma (1434), após a proclamação da República, assina a bula Rex Regnum em 8 de Setembro de 1436 um dos documentos que incentivaram o tráfico de escravos e transferiu-o para Ferrara (1437) e mais tarde para Florença, onde foi decretada a reunificação com a Igreja oriental. Declarando a supremacia do papa sobre os concílios, os adversários e os padres conciliares elegeram (1439) o [[Antipapa Félix V]], Amadeu VIII de Sabóia, o último verdadeiro antipapa da história. Graças ao apoio de Afonso de Aragão, investido por ele para o Reino de Nápoles, pôde retornar a Roma (1443), após nove anos de ausência. O 208º Papa morreu em 23 de fevereiro de 1447 em Roma, e foi sucedido por [[Papa Nicolau V|Nicolau V]] (1447-1455).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Gabriele Condulearo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1385<br />
* '''Eleição:''' 3 de Março de 1431<br />
* '''Fim do pontificado:''' 23 de Fevereiro de 1447<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Martinho V]]<br />
* '''Sucessor:''' [[ Papa Nicolau V]]<br />
* '''Ordem:''' 208º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Martinho_V&diff=8686Papa Martinho V2010-12-09T17:13:24Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[image:Papa-Martinho-V.jpg|200px|thumb|right|Papa Martinho V]]<br />
'''Martinho V''' (Otto de Colonna, 1368 - 20 de Fevereiro de 1431, pontificado entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja. Eleito de harmonia com os cânones do Concílio de Constança, ficou condicionado pelas respectivas conclusões, em contraste com os seus desígnios de soberania pontifícia não colegial. Além disso, aquela época foi agitada pela persistência de [[Benedito XIII|Antipapa Benedito XIII]] e do sucessor deste, [[Clemente VIII|Antipapa Clemente VIII]], os papas refugiados em Peñíscola, no leste da Espanha, que mantiveram, até à abdicação deste último, algumas dioceses de Aragão e do Sul da França sob a sua directa influência. Além disso, cinco anos depois da dissolução do Concílio de Constança, Martinho V foi obrigado a convocar outro concílio, em Pavia, que teve escassas reuniões devido a uma epidemia. Por isso, convocou outro, em Basileia, sete anos mais tarde, onde não pôde comparecer porque faleceu de apoplexia a seguir à respectiva convocatória.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Oddo Colonna<br />
* '''Nascimento:''' Roma, Itália, 1368<br />
* '''Eleição:''' 11 de Novembro de 1417<br />
* '''Fim do pontificado:''' 20 de Fevereiro de 1431<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Eugénio IV]]<br />
* '''Ordem:''' 207º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Greg%C3%B3rio_XII&diff=8685Papa Gregório XII2010-12-09T17:13:02Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[image:Papa-Gregorio-XII.jpg|200px|thumb|right|Papa Gregório XII]]<br />
<br />
O '''Papa Gregório XII''', nome de baptismo Angelo Correr, nasceu em Veneza. Patriarca latino de Constantinopla, foi eleito Papa no dia 30 de novembro de 1406. Com mais de oitenta anos de idade, foi coroado no dia 19 de dezembro do mesmo ano. Fisicamente muito magro e alto, somente "pele e ossos" segundo crónicas da época, assumiu o espírito ascético e conciliatório com relação aos problemas da Igreja Católica, principalmente com Bento XIII, o antipapa que residia em Avignon.<br />
<br />
== A tentativa de resolver o cisma ==<br />
Decidido a resolver o problema do cisma encarou-o de forma sincera, declarando inclusive a idéia de abdicar a Cátedra de São Pedro se isso resultasse em paz definitiva. Declarou-se pronto a imitar a mãe que em presença do rei Salomão preferia entregar o próprio filho em mãos estrangeiras do que vê-lo morrer, Gregório XII conquistou o coração do clero internacional e de diversos soberanos, colocando o antipapa na parede. Este, sem poder se esquivar de tal vontade, decidiu-se favorável ao encontro com Gregório na cidade italiana de Savona.<br />
<br />
A idéia de abdicar resultou em uma rápida reação da família de Correr, muitos deles já devidamente instalados nos diversos postos de comando da administração da igreja. O nepotismo então reagiu firmemente a essa ameaça. Gregório XII então cedeu aos apelos da família. A opinião publica na época ficou horrorizada com a atitude dos parentes do Papa, insultando-os inclusive com cartas "a Satanás", endereçadas ao Arcebispo de Ragusa. Apesar do insucesso, [[Papa Bento XIII|Bento XIII]] se viu sob assédio em Avignon do rei francês. Consegue fugir para Aragão em 1408, e, emitindo uma bula, convoca um concílio para Perpignan. Em Paris, o rei decidiu então concorrer com ambos os Papas e decretou um outro Concilio, reunindo os cardeais dos dois líderes católicos, a Pisa em marco de 1409. A convocação se deu por meio de sete cardeais rebelados de Gregório XII porque este havia nomeado dois sobrinhos como cardeais. Unindo-se aos rebeldes um grupo de cardeais de Avignon, reunidos em Livorno. A idèia era reunir os dois Papas e - fosse o caso - força-los a renunciar ou então depô-los. Gregório XII reage com firmeza aos rebeldes, e após uma primeira tentativa de aproximação e perdão, anunciando um novo Concílio em uma cidade do Veneto para esclarecer os fatos. Nao obtendo sucesso,acabou por nomear dez novos cardeais e excomungou os rebeldes. Dado a reação da opinião publica romana, decidi por partir a uma região mais segura aos seus interesses, se mudando para Rimini em 1409.<br />
<br />
Estava formada uma enorme confusão no seio da Igreja. Com tais acontecimentos, o primeiro Concílio, em Perpignan (anunciado por Bento XIII) começou de fato, com a presença de 120 prelados e diversos soberanos que estavam tomando partido de um ou de outro. O rei Roberto do Palatinado Renano apoiava Gregório, porque via no Concílio de Pisa a influência poderosa do Rei da França. Ladislau de Nápoles, como titular de "defensor da Igreja de Roma", também se apoderou da cidade deixada pelo Papa e anunciou ser contra o Concílio desejado pelo rei francês. Nesse clima de tamanha confusão iniciou-se o Concílio de Pisa em 25 de março de 1409, com a presença de 10 cardeais fiéis a Bento XIII, 14 cardeais fiéis a Gregório XII, 4 patriarcas, 80 bispos, 27 abades e diversos doutores de Teologia e Direito Canónico, além de vários prelados que abandonaram Perpignan. Como presidente do Concílio foi nomeado o cardeal de Poitiers, Guy de Maillesec.<br />
<br />
No primeiro dia foram chamados os dois Papas, esperados até o dia 30 de março e como não se apresentaram, foram declarados ausentes. Gregório XII foi defendido pelo rei alemão Roberto do Palatinado Renano, declarando ser ilegítimo um Concílio não anunciado pelo Papa e que qualquer ação em matéria de renuncia do Papa seria portanto ilegal. Ignorado, o Concílio se declarou ecuménico e reuniu definitivamente os presentes que recusaram a obediência tanto a Gregório como a Bento.<br />
<br />
A 5 de Junho o Patriarca de Alexandria leu a sentença que decretava Pedro de Luna (Bento XIII) e Gregório XII retirados do cargo de líderes da Igreja Romana como cismáticos, considerando a sede vacante. Dez dias depois, os 24 cardeais entraram em conclave e elegeram por unanimidade o Bispo de Milão, Pietro Filargo, como novo Papa, sendo consagrado na Catedral de Pisa em 7 de julho e assumindo o nome de [[Antipapa Alexandre V|Alexandre V]].<br />
<br />
Com intenção de prosseguir os trabalhos para afrontar a reforma aos problemas imensos da Igreja, não teve sucesso. Os prelados estavam esgotados de discussões. Concluiu-se os trabalhos e anunciou-se um novo Concílio especifico para 1412. O caos na Igreja não diminuiu com a conclusão do Conclave de Pisa. Ao contrário, aumentaram. Teólogos, doutores de Direito Canónico, já diziam que tal Concílio era uma farsa, sem fundamento jurídico e para piorar a situação havia 3 papas no comando a Igreja: Gregório XII (que representava a Itália, Alemanha e o norte da Europa), Bento XIII (que representava a Escócia, Espanha Sardenha, Córsega e parte da França) e Alexandre V (com a maior parte das Ordens Religiosas decididas a fazer uma inteira reforma na Igreja).<br />
<br />
Gregório XII não ficou todo esse tempo assistindo os fatos. Como prometido, iniciou os trabalhos no seu Concilio na cidade de Cividale del Friuli (perto de Aquileia) e no dia 22 de Julho declarou como legítimos apenas os pontífices sediados a Roma. A partir de Urbano VI até ele próprio. Todos os demais eram declarados antipapas - de [[Papa Clemente VII|Clemente VII]] até Bento XIII e, é claro, Alexandre V. Deixou claro que estava ainda disposto a abdicar ao trono de São Pedro, desde que os outros dois fizessem o mesmo e todas as correntes do pensamento da Igreja se reunissem em um único colégio, e fosse eleito um novo Papa, com aprovação de ao menos dois terços dos cardeais das três correntes de pensamento. Procurou apoio dos reis da Alemanha (Roberto), de Ladislau (Nápoles) e Segismundo (Hungria) para que promovessem um plano de paz permanente e dentro da sua própria idéia. Entretanto mais um problema explodiu nas mãos de Gregório.<br />
<br />
A "Sereníssima República de Veneza", com os Patriarcas de Aquileia e Veneza se proclamaram obedientes a Alexandre V e tentaram prender Gregório XII. Este conseguiu fugir disfarçado, enquanto seu funcionário - usando as roupas de Gregório - foi feito prisioneiro. Conseguiu chegar a Gaeta sob proteção do rei Ladislau de Nápoles.<br />
<br />
Roma, nesse meio tempo, era controlada por Luis d'Angio, reconhecido como rei de Nápoles pelo Concilio de Pisa, contra Ladislau. Assim, na primavera de 1410, Alexandre V pôde entrar em Roma aclamado como o verdadeiro Pontífice Romano diretamente do povo da cidade. Breve, porém, foi sua permanência. Aqueles que comandavam de fato o Concílio de Pisa, liderados pelo Cardeal napolitano Baldassarre Cossa, responsável pela região de Bolonha pelo próprio Alexandre V já tramava para a substituição de Alexandre. Chamado a Bolonha, Alexandre V morre no dia 5 de maio, provavelmente envenenado pelo cardeal Cossa, que rapidamente reuniu um novo conclave e no dia 25 do mesmo mês nomeou a si mesmo Papa, com o nome de [[Antipapa João XXIII|João XXIII]] - nome depois cancelado e renascido somente no século XX - e já no ano seguinte tomou posse da cátedra romana.<br />
<br />
Gregório XII já não imaginava mais poder voltar a Roma. Para seu azar, Roberto, rei da Alemanha morreu logo depois da coroação de João XXIII e Ladislau, receoso de Luís D'Angio, tratou com o ex-cardeal Cossa para te-lo ao seu lado contra Luís. Com isso, Ladislau renunciou seu apoio a Gregório XII e apoiou João XXIII, eleito segundo ele "por inspiração divina". A Roma, João XXIII prosseguia com seus projetos de transformar o Vaticano em uma fortaleza. Construiu a famosa passagem elevada que liga o Vaticano ao Castelo de Santo Ângelo, hoje conhecida como "Passetto", provavelmente restaurada pelo Papa Alexandre VI. Mas para sua surpresa, chegava da Alemanha noticias sobre um novo pretendente a coroa do Sacro Império Romano Germânico: Segismundo, um dos diversos príncipes alemães que declarava intolerável para a cristandade a situação existente, com três pontífices sendo que nenhum dos três tinha qualquer autoridade de fato. Como consequência, Ladislau rompe com João XXIII, que fugiu para Florença, enquanto o rei de Nápoles saqueava Roma. Em 30 de outubro de 1413, Segismundo convocou todo o mundo religioso católico, príncipes, soberanos, em um novo Concílio Ecuménico que seria aberto a Konstanz (no sul da Alemanha, na fronteira com a Suíça) em 1 de Abril de 1414. Convidados também foram os três Papas reinantes, com o propósito de resolver de vez a situação e acabar com o cisma religioso, acabar com as novas heresias e reformar a instituição da igreja. João XXIII aceitou a proposta e assumiu a convocação, para "legalizar" o ato, anunciando-o como uma continuação do Concílio de Pisa. Gregório XII e Bento XIII recusaram participar. João XXIII, contente com a reação dos outros dois papas, obteve de Segismundo a sua garantia de proteção a sua vida e entrou na cidade do concilio triunfalmente no dia 28 de outubro de 1414. Além dele, representantes de toda Europa cristã, em um total de mais de 1800 eclesiásticos, teólogos, bispos, arcebispos, patriarcas e cardeais além dos representantes dos reinos interessados. Presidiu ao Concílio João XXIII. Segismundo, coroado Imperador do Sacro Império Romano Germânico em Aachen no dia 8 de novembro, chegou na véspera do Natal.<br />
<br />
A maior inovação foi dividir o concílio nas cinco regiões mais importantes para a Igreja: Itália, Alemanha, França, Castela e Inglaterra, cada uma liderada por um bispo. Outra inovação foi o direito de voto a todos os presentes, laicos inclusive, em um novo conceito de democratização da Igreja. Com isso a autoridade era de todo o concilio e não apenas do Papa (ou de um deles…) sendo negado o direito divino de soberania papal. Foi um duro golpe ao poder da Igreja romana e pôs em jogo o futuro do papado. Apesar de tudo, Gregório XII enviou seu representante na pessoa de Giovanni Domici de Ragusa, anunciando que estava pronto a renunciar se os outros dois papas fizessem o mesmo. Pediu também que fosse retirada a presidência do Concílio a João XXIII. A assembleia do concilio aceitou a proposta de Gregório XII e João XXIII recitou sua parte no "teatro": em 2 de março de 1415 foi o protagonista principal. Se ajoelhou em frente ao altar e jurou ser seu único objetivo a paz na Igreja e o fim do cisma. Teatralmente perfeito, tem nos seus bastidores sua razão de ser: já se começava a circular vozes difamadoras contra ele e o antipapa João XXIII já não se sentia tão seguro de seu poder. O Grão-Duque da Áustria então o ajudou a fugir e se refugiou na cidade de Sciaffusa, denunciando as intrigas e os preconceitos do concilio e a violação das prerrogativas papais. Para confirmar a regra, nova confusão e somente com a inteligência de Segismundo e do cardeal Pierre d'Ailly evitou-se a dissolução do concílio. Chegou-se a conclusão que os três papas deveriam renunciar por livre vontade ou seriam forçados a isso. A começar de João XXIII, cujo destino foi selado pelo regente de Nuremberg que o recolheu de Sciaffusa e o levou para uma cidade próxima do concilio. No dia 29 de maio foi retirado seu título de Papa, declarado culpado pela situação e posto em prisão. João XXIII implorou perdão e Segismundo o entregou ao conde do Palatinado Renano, que o manteve sob custódia. Se manteve prisioneiro dos príncipes alemães até que o novo Papa, Martinho V não o soltasse, o perdoasse e o nomeasse Cardeal-Bispo de Tuscolo, onde morreu em 1420.<br />
<br />
Depois de João XXII, era a vez de Gregório XII. Correr se comportou com muita dignidade. Em 15 de junho de 1416 encarregou seu amigo e protetor Carlo Malatesta de comunicar a assembleia que espontaneamente abdicava ao papado, e para oficializar de fato o concilio - pois era ele o único Papa de fato - o declarou aberto naquele dia, por ele mesmo, através de seu representante, o Cardeal Dominici e legitimava os atos do concilio como legais. Dai por diante não haveria mais contestações quanto a legitimidade do Concílio de Constança. No dia 4 de julho, Carlo Malatesta apresentou então a carta de renúncia de Gregório XII e, em reconhecimento pela dignidade mostrada pelo Papa, o concílio o convidava a assumir o posto de bispo da cidade do Porto a a representação pontifícia da região italiana do Marche. Gregório XII então agradeceu a assembléia em uma carta onde assinou com seu nome de batismo: "Angelo, Cardeal e Bispo". Morreu na cidade de Recanati em 18 de outubro de 1417 e foi sepultado na catedral daquela cidade.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Angelo Correr<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1327<br />
* '''Eleição:''' 30 de Novembro de 1406<br />
* '''Fim do pontificado:''' 4 de Julho de 1415<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Inocêncio VII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Martinho V]]<br />
* '''Ordem:''' 206º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Inoc%C3%AAncio_VII&diff=8684Papa Inocêncio VII2010-12-09T17:12:51Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[image:Papa_Inocencio_VII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VII]]<br />
<br />
O '''Papa Inocêncio VII''' (1336 - 6 de Novembro 1406), nascido Cosimo de' Migliorati, foi Papa da Igreja Católica entre 1404 e a sua morte. O seu pontificado foi disputado pelo [[Antipapa Benedito XIII]], o seu rival de Avinhão durante o Grande Cisma do Ocidente.<br />
<br />
Cosimo de' Migliorati nasceu numa família modesta da região de Abruzzi, em Itália. Enquanto jovem, distinguiu-se no estudo da lei canónica na Universidade de Pádua e chamou a atenção do seu mestre que o introduziu em Roma. O [[Papa Urbano VI]] trouxe-o para a Cúria Romana e encarregou-o da colecta de impostos da Igreja em Inglaterra. Após dez anos no estrangeiro, regressou a Roma e foi nomeado Bispo de Bolonha e Arcebispo de Ravena em 1387.<br />
O [[Papa Bonifácio IX]] elevou-o a Cardeal e encarregou-o de missões diplomáticas delicadas. Em 1404 foi eleito Papa por unanimidade num conclave a que atenderam apenas oito cardeais, escolhendo o nome de Inocêncio VII. A notícia da sua elevação ao papado foi recebida com motins em Roma, apenas debelados graças à intervenção do Rei Ladislau de Nápoles. Em troca Ladislau exigiu a promessa de Inocêncio de que os seus interesses em Nápoles seriam protegido qualquer que fosse o desenlace do Cisma do Ocidente. O seu pontificado foi marcado por convulsões sociais e oposição política. Quando morreu de repente em 1406, suspeitou-se de envenenamento, uma acusação nunca provada.<br />
<br />
* '''Nome de Nascimento:''' Cosimo Gentile de' Migliorati<br />
* '''Nascimento:''' Sulmona, Itália, 1336<br />
* '''Início do Pontificado:''' 17 de Outubro de 1404<br />
* '''Fim do Pontificado:''' 6 de Novembro de 1406<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Bonifácio IX]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Ordem:''' 205º Papa<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Alexandre_VI&diff=8683Papa Alexandre VI2010-12-09T17:12:20Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Alexandre VI '''Alexandre VI''', nascido (Xàtiva, 1 de Janeiro de 1431 — Roma, 18 de Agosto de 1503) foi papa de 10 de Ag…'</p>
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<div>[[File:Papa_Alexandre_VI.jpg|200px|thumb|right|Papa Alexandre VI]]<br />
'''Alexandre VI''', nascido (Xàtiva, 1 de Janeiro de 1431 — Roma, 18 de Agosto de 1503) foi papa de 10 de Agosto 1492 até a data da sua morte. Quando chegou à Itália, adotou o nome de Rodrigo Borgia, aportuguesado para Rodrigo Bórgia. O nome de sua família foi elevada à cátedra do Vaticano com a eleição do seu tio materno, Afonso Bórgia, como [[Papa Calisto III]].<br />
Rodrigo Bórgia estudou Direito em Bolonha. Com a nomeação do tio para o papado, foi sucessivamente elevado a cargos de mais qualidade: bispo, cardeal e vice-chanceler da Igreja. Se tornou um grande diplomata após servir à Cúria Romana durante cinco pontificados, adquiriu experiência administrativa, influência e riqueza, mas não grande poder. A partir de 1470 ligou-se a Giovanna (Vanozza) Catanei, de quem nasceram seus filhos bastardos; teve ainda por amante Giulia Farnese, mulher de Orsino Orsini.<br />
<br />
== Elevação ==<br />
Segundo rumores (embora sem nenhuma prova), Rodrigo Bórgia usou sua fortuna para comprar a maior parte dos votos dos cardeais quando se realizou o conclave para definir a sucessão do [[Papa Inocêncio VIII]]. O que ocorreu na verdade, segundo os historiadores, foi o fato de a maioria dos cardeais terem ele como melhor candidato devido às suas aptidões diplomáticas. No conclave houve três candidatos: ele próprio, Ascanio Sforza e Giuliano della Rovere. O conclave que o elegeu compunha-se de apenas 23 cardeais. Reuniram-se em agosto de 1492, na capela apelidada Capela Sistina, por ter sido construída pelo papa Sisto IV, adornada com obras-primas de Botticelli, Pinturicchio, Ghirlandaio e Michelangelo. A eleição foi definida na madrugada de 10 para 11 de agosto. A coroação se deu em 26 de agosto. Rodrigo Bórgia tinha 61 anos, e adotou o nome de Alexandre VI (em latim, Alexander VI).<br />
<br />
== Papado ==<br />
O papado de Alexandre VI começou tranqüilo, mas não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Nomeou Cardeais o seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, os seus sobrinhos Francisco Borgia (cardeal) e Juan Lanzol de Bórgia de Romaní,, o maior, um primo deste último Juan Castellar y de Borgia(it. Giovanni), os seus sobrinhos-neto Juan Lanzol de Bórgia de Romaní, o menor, Pedro Luís de Borgia Lanzol de Romaní e Francisco Lloris y de Borgia e o cunhado do seu filho César, Amanieu d'Albret. César seria posteriormente retratado por Maquiavel em sua obra O príncipe como o ideal do político e governante pragmático.<br />
<br />
Em 1494 sofreu tentativa de deposição (por causa de simonia e corrupção) da parte de prelados à frente dos quais aparecia o cardeal Della Rovere, futuro Papa Júlio II. Resistiu, mas continuou a praticar atos imorais, apesar da condenação que lhe dirigiam (entre outros, o padre Girolamo Savonarola).<br />
<br />
Seu pontificado é um paradigma de corrupção papal ocasionada pela invasão secular dentro da Igreja, mais tarde esse fato foi tido como desculpa para a separação dos protestantes. Alexandre VI foi, sem dúvida, um papa corrupto, pouco dado às virtudes cristãs. Teve pelo menos sete filhos, entre os quais César e Lucrécia Bórgia. Lucrécia Bórgia, filha do Papa, com uma beleza exuberante dançava alegremente para os cardeais, foi acusada de ser "filha, esposa e nora" de seu pai pelo satírico Filofila, embora sem comprovações, pois este pertencia aos partidários da família Médici e manifestou o mesmo ódio que esta tinha contra os privilégios que o Alexandre concedera aos Bórgia. Durante seu pontificado, foram decretadas as Bulas Alexandrinas, tratados responsáveis pela divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo. Dentre eles, vale destacar as bulas Inter Coetera, Eximiae Devotionis e Dudum Siquidem. As negociações ibéricas iriam desembocar no famoso Tratado de Tordesilhas que confirmaria a divisão do mundo entre Portugal e Espanha e seria contestado por outros monarcas, dos quais o mais famoso foi Francisco I de Angoulême, rei da França.<br />
<br />
Morreu subitamente, suspeitando-se que tenha sido envenenado por arsênico, adicionado à sua comida em um banquete – o que provocou o enegrecimento do cadáver e o inchaço do mesmo, já dentro do caixão, levando a que alguns assistentes tenham inserido o corpo num caixão maior. Seu funeral foi breve e sem grandes comemorações, tendo sido sepultado com a seguinte epígrafe em seu túmulo em Espanha: "Aqui Jaz Alexandre VI, que foi papa". O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato. Apesar de corrupto e dado às paixões, passou pela cadeira de Pedro, mas deixou a doutrina católica intacta.<br />
<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Rodrigo de Borgia<br />
* '''Nascimento:''' Valência, Espanha, 1 de Janeiro de 1431<br />
* '''Eleição:''' 11 de Agosto de 1492<br />
* '''Fim do pontificado:''' 18 de agosto de 1503 (72 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Inocêncio VIII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Pio III]]<br />
* '''Ordem:''' 215º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Alexandre_VI.jpg&diff=8682File:Papa Alexandre VI.jpg2010-12-09T17:06:30Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Inoc%C3%AAncio_VIII&diff=8681Papa Inocêncio VIII2010-12-09T17:05:21Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Inocencio_VIII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VIII]]<br />
'''Papa Inocêncio VIII''', nascido Giovanni Battista Cybo (Génova, 25 de Julho de 1432 - Roma, 25 de Julho de 1492) foi Papa de 12 de Setembro de 1484 até a data da sua morte. Foi Também a primeira pessoa a receber uma transfusão de sangue (embora com insucesso).<br />
<br />
Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.<br />
<br />
Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do 'crime de feitiçaria' .<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Giovanni Battista Cibo<br />
* '''Nascimento:''' Génova, Itália, 25 de Julho de 1432<br />
* '''Eleição:''' 29 de Agosto de 1484<br />
* '''Fim do pontificado:''' 25 de julho de 1492 (60 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Sisto IV]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Alexandre VI]]<br />
* '''Ordem:''' 214º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Inoc%C3%AAncio_VIII&diff=8680Papa Inocêncio VIII2010-12-09T17:04:53Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Inocêncio VIII '''Papa Inocêncio VIII''', nascido Giovanni Battista Cybo (Génova, 25 de Julho de 1432 - Roma, 25 de Jul…'</p>
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<div>[[File:Papa_Inocencio_VIII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VIII]]<br />
'''Papa Inocêncio VIII''', nascido Giovanni Battista Cybo (Génova, 25 de Julho de 1432 - Roma, 25 de Julho de 1492) foi Papa de 12 de Setembro de 1484 até a data da sua morte. Foi Também a primeira pessoa a receber uma transfusão de sangue (embora com insucesso).<br />
<br />
Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.<br />
<br />
Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do 'crime de feitiçaria' .<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Giovanni Battista Cibo<br />
* '''Nascimento:''' Génova, Itália, 25 de Julho de 1432<br />
* '''Eleição:''' 29 de Agosto de 1484<br />
* '''Fim do pontificado:''' 25 de julho de 1492 (60 anos)<br />
* '''Antecessor:''' Sisto IV<br />
* '''Sucessor:''' Alexandre VI<br />
* '''Ordem:''' 214º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Inocencio_VIII.jpg&diff=8679File:Papa Inocencio VIII.jpg2010-12-09T17:01:35Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Sisto_IV&diff=8678Papa Sisto IV2010-12-09T17:00:21Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Sisto_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Sisto IV]]<br />
'''Papa Sisto IV''' nascido Francesco Della Rovere, OFM (Albisola, 21 de Julho de 1414 - Roma, 12 de Agosto de 1484) foi Papa de 9 de Agosto de 1471 até a data da sua morte. Figura importante da Renascença, é principalmente lembrado por ter estabelecido a Inquisição Espanhola e ordenado a construção da Capela Sistina na qual uma equipe de artistas se reuniu para produzir uma obra-prima (o teto pintado por Michelangelo Buonarroti foi adicionado posteriormente).<br />
<br />
Nasceu numa modesta família em Albisola, perto de Savona, na Ligúria. Juntou-se à Ordem Franciscana, e as suas qualidades intelectuais revelaram-se enquanto estudava filosofia e teologia na Universidade de Pavia. Leccionou em várias universidades de Itália. Tornado Ministro Geral da Ordem Franciscana em 1464 e nomeado pelo Papa Paulo II Cardeal.<br />
<br />
Sisto IV era tio de Giuliano della Rovere, futuro Papa Júlio II, seu pontificado corresponde a uma época de expansão territorial dos Estados Papais. Sisto IV consentiu a Inquisição espanhola e escreveu uma bula em 1478 estabelecendo-a em Sevilha, sob pressão política do Rei Fernando I de Aragão, que ameaçou retirar o seu apoio militar na Sicília. Mesmo assim, Sisto protestou sobre o protocolo e prerrogativas jurisdicionais, e ficou insatisfeito pelos excessos da Inquisição, tomando medidas a condenar os mais flagrantes abusos em 1482. Quanto a assuntos eclesiásticos, Sisto IV instituiu a festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Anulou em 1478 os decretos reformistas do Concílio de Constança.<br />
<br />
Em 1481 Sisto IV fez a Bula Æterni regis, na qual, garantia a Portugal todas as terras descobertas e a serem descobertas ao sul das Ilhas Canárias na África.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Francesco della Rovere<br />
* '''Nascimento:''' Savona, Itália, 21 de Julho de 1414<br />
* '''Eleição:''' 9 de Agosto de 1471<br />
* '''Fim do pontificado:''' 12 de agosto de 1484 (70 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Paulo II]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Inocêncio VIII]]<br />
* '''Ordem:''' 213º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Sisto_IV&diff=8677Papa Sisto IV2010-12-09T17:00:01Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Sisto IV '''Papa Sisto IV''' nascido Francesco Della Rovere, OFM (Albisola, 21 de Julho de 1414 - Roma, 12 de Agosto de 1484) fo…'</p>
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<div>[[File:Papa_Sisto_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Sisto IV]]<br />
'''Papa Sisto IV''' nascido Francesco Della Rovere, OFM (Albisola, 21 de Julho de 1414 - Roma, 12 de Agosto de 1484) foi Papa de 9 de Agosto de 1471 até a data da sua morte. Figura importante da Renascença, é principalmente lembrado por ter estabelecido a Inquisição Espanhola e ordenado a construção da Capela Sistina na qual uma equipe de artistas se reuniu para produzir uma obra-prima (o teto pintado por Michelangelo Buonarroti foi adicionado posteriormente).<br />
<br />
Nasceu numa modesta família em Albisola, perto de Savona, na Ligúria. Juntou-se à Ordem Franciscana, e as suas qualidades intelectuais revelaram-se enquanto estudava filosofia e teologia na Universidade de Pavia. Leccionou em várias universidades de Itália. Tornado Ministro Geral da Ordem Franciscana em 1464 e nomeado pelo Papa Paulo II Cardeal.<br />
<br />
Sisto IV era tio de Giuliano della Rovere, futuro Papa Júlio II, seu pontificado corresponde a uma época de expansão territorial dos Estados Papais. Sisto IV consentiu a Inquisição espanhola e escreveu uma bula em 1478 estabelecendo-a em Sevilha, sob pressão política do Rei Fernando I de Aragão, que ameaçou retirar o seu apoio militar na Sicília. Mesmo assim, Sisto protestou sobre o protocolo e prerrogativas jurisdicionais, e ficou insatisfeito pelos excessos da Inquisição, tomando medidas a condenar os mais flagrantes abusos em 1482. Quanto a assuntos eclesiásticos, Sisto IV instituiu a festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Anulou em 1478 os decretos reformistas do Concílio de Constança.<br />
<br />
Em 1481 Sisto IV fez a Bula Æterni regis, na qual, garantia a Portugal todas as terras descobertas e a serem descobertas ao sul das Ilhas Canárias na África.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Francesco della Rovere<br />
* '''Nascimento:''' Savona, Itália, 21 de Julho de 1414<br />
* '''Eleição:''' 9 de Agosto de 1471<br />
* '''Fim do pontificado:''' 12 de agosto de 1484 (70 anos)<br />
* '''Antecessor:''' Paulo II<br />
* '''Sucessor:''' Inocêncio VIII<br />
* '''Ordem:''' 213º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Sisto_IV.jpg&diff=8676File:Papa Sisto IV.jpg2010-12-09T16:56:44Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Paulo_II&diff=8675Papa Paulo II2010-12-09T16:55:13Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Paulo_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Paulo II]]<br />
'''Paulo II''' nascido Pietro Barbo (Veneza, 23 de Fevereiro de 1417 - Roma, 26 de Julho de 1471) foi Papa entre 30 de Agosto de 1464 e a data da sua morte.<br />
<br />
Sobrinho do [[Papa Eugênio IV]], adere à carreira eclesiástica quando da eleição do tio, em 1431. As suas promoções foram rápidas: Cardeal em 1440 e eleito Papa por unanimidade em 30 de Agosto de 1464, sucedendo ao [[Papa Pio II]].<br />
<br />
O seu juramento obrigava-o a abolir o nepotismo na Cúria Romana, incentivando a moralidade, a combater os turcos e a convocar um concílio ecuménico nos primeiros três anos do pontificado, o que não ocorreu.<br />
<br />
Sua morte foi causada pela quantidade exagerada de joias que usava nos dedos, que com o tempo muito frio lhe causou uma pneumonia.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Pietro Barbo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 23 de Fevereiro de 1418<br />
* '''Eleição:''' 30 de Agosto de 1464<br />
* '''Fim do pontificado:''' 26 de julho de 1471 (53 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Pio II]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Sisto IV]]<br />
* '''Ordem:''' 212º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Paulo_II&diff=8674Papa Paulo II2010-12-09T16:53:22Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Paulo II '''Paulo II''' nascido Pietro Barbo (Veneza, 23 de Fevereiro de 1417 - Roma, 26 de Julho de 1471) foi Papa entre 30 de …'</p>
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<div>[[File:Papa_Paulo_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Paulo II]]<br />
'''Paulo II''' nascido Pietro Barbo (Veneza, 23 de Fevereiro de 1417 - Roma, 26 de Julho de 1471) foi Papa entre 30 de Agosto de 1464 e a data da sua morte.<br />
<br />
Sobrinho do [[Papa Eugênio IV]], adere à carreira eclesiástica quando da eleição do tio, em 1431. As suas promoções foram rápidas: Cardeal em 1440 e eleito Papa por unanimidade em 30 de Agosto de 1464, sucedendo ao [[Papa Pio II]].<br />
<br />
O seu juramento obrigava-o a abolir o nepotismo na Cúria Romana, incentivando a moralidade, a combater os turcos e a convocar um concílio ecuménico nos primeiros três anos do pontificado, o que não ocorreu.<br />
<br />
Sua morte foi causada pela quantidade exagerada de joias que usava nos dedos, que com o tempo muito frio lhe causou uma pneumonia.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Pietro Barbo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 23 de Fevereiro de 1418<br />
* '''Eleição:''' 30 de Agosto de 1464<br />
* '''Fim do pontificado:''' 26 de julho de 1471 (53 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Pio II]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Sisto IV]]<br />
* '''Ordem:''' 212º<br />
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[[categoryta ]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Paulo_II.jpg&diff=8673File:Papa Paulo II.jpg2010-12-09T16:52:48Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Pio_II&diff=8672Papa Pio II2010-12-09T16:46:09Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[File:Papa_Pio_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Pio II]]<br />
'''Pio II''', nascido Enea Silvio Piccolomini (em latim: Aeneas Sylvius; Corsignano, 18 de outubro de 1405 – 14 de agosto de 1464) foi papa de 19 de agosto de 1458 até sua morte, seis anos depois. Nascido em Corsignano, na Itália, no território sienês de uma família nobre, porém em decadência, também é um intelectual autor de diversas obras, como a história de sua vida, intitulada Comentários, a única autobiografia já feita por um papa.<br />
<br />
Eleito Papa, providenciou a reurbanização de sua cidade natal, Corsignano, que passou doravante a chamar-se Pienza, tirando o seu nome de Pio.<br />
<br />
Teve um sobrinho que também foi papa, [[Papa Pio III|Pio III]], assim como um dos descendentes de seu irmão ([[Papa Bento XIII|Bento XIII]]).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Enea Silvo Piccolomini<br />
* '''Nascimento:''' Siena, Itália, 18 de Outubro de 1405<br />
* '''Eleição:''' 19 de Agosto de 1458<br />
* '''Fim do pontificado:''' 14 de agosto de 1464 (58 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Calisto III]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Paulo II]]<br />
* '''Ordem:''' 211º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Calisto_III&diff=8671Papa Calisto III2010-12-09T16:45:44Z<p>Rfranzen: </p>
<hr />
<div>[[File:Papa_Calisto_III.jpg|200px|thumb|right|Papa Calisto III]]<br />
Nascido Afonso de Bórgia (31 de Dezembro de 1378 - 6 de agosto de 1458) Foi papa de 8 de abril de 1455 ate a data da sua morte, perto de Xàtiva, Valência, hoje Espanha, mas naquele tempo Reino de Valência, integrado no Reino de Aragão. Foi o Papa que reviu a condenação de Joana d'Arc e reconheceu sua inocência em 1456. Foi tio de outro papa da família Bórgia, [[Papa Alexandre VI|Alexandre VI]].<br />
<br />
O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato, em Roma.<br />
<br />
== Criação dos Padroados português e espanhol ==<br />
O Papa Calisto III criou o Padroado, que era um tratado entre a Igreja Católica e os Reinos de Portugal e de Espanha.<br />
<br />
A Igreja Católica delegava aos monarcas destes reinos ibéricos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei mandava construir igrejas e era responsável pela sua manutenção), nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa.<br />
<br />
Assim, a estrutura do Reino de Portugal e de Espanha tinha não só uma dimensão político-administrativa, mas também religiosa. Com a criação do Padroado, muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Particularmente a Inquisição, que nos Impérios Ibéricos funcionou mais como uma polícia do que a sua função inicial religiosa.<br />
<br />
O Padroado português foi muito alterado ao longo dos tempos, mas os seus últimos vestígios foram suprimidos com o Concílio Vaticano II. Por exemplo, até este Concílio, era o Chefe de Estado Português que impunha o barrete cardinalício ao Patriarca de Lisboa.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Alfonso de Borja<br />
* '''Nascimento:''' Valência, Espanha, 31 de Dezembro de 1378<br />
* '''Eleição:''' 20 de Abril de 1455<br />
* '''Fim do pontificado:''' 6 de agosto de 1458 (79 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Nicolau V]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Pio II]]<br />
* '''Ordem:''' 210º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Pio_II&diff=8670Papa Pio II2010-12-09T16:45:10Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Pio II '''Pio II''', nascido Enea Silvio Piccolomini (em latim: Aeneas Sylvius; Corsignano, 18 de outubro de 1405 – 14 de agosto…'</p>
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<div>[[File:Papa_Pio_II.jpg|200px|thumb|right|Papa Pio II]]<br />
'''Pio II''', nascido Enea Silvio Piccolomini (em latim: Aeneas Sylvius; Corsignano, 18 de outubro de 1405 – 14 de agosto de 1464) foi papa de 19 de agosto de 1458 até sua morte, seis anos depois. Nascido em Corsignano, na Itália, no território sienês de uma família nobre, porém em decadência, também é um intelectual autor de diversas obras, como a história de sua vida, intitulada Comentários, a única autobiografia já feita por um papa.<br />
<br />
Eleito Papa, providenciou a reurbanização de sua cidade natal, Corsignano, que passou doravante a chamar-se Pienza, tirando o seu nome de Pio.<br />
<br />
Teve um sobrinho que também foi papa, [[Papa Pio III|Pio III]], assim como um dos descendentes de seu irmão ([[Papa Bento XIII|Bento XIII]]).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Enea Silvo Piccolomini<br />
* '''Nascimento:''' Siena, Itália, 18 de Outubro de 1405<br />
* '''Eleição:''' 19 de Agosto de 1458<br />
* '''Fim do pontificado:''' 14 de agosto de 1464 (58 anos)<br />
* '''Antecessor:''' Calisto III<br />
* '''Sucessor:''' Paulo II<br />
* '''Ordem:''' 211º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Pio_II.jpg&diff=8669File:Papa Pio II.jpg2010-12-09T16:44:36Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Calisto_III&diff=8668Papa Calisto III2010-12-09T16:36:56Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Calisto III Nascido Afonso de Bórgia (31 de Dezembro de 1378 - 6 de agosto de 1458) Foi papa de 8 de abril de 1455 ate a dat…'</p>
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<div>[[File:Papa_Calisto_III.jpg|200px|thumb|right|Papa Calisto III]]<br />
Nascido Afonso de Bórgia (31 de Dezembro de 1378 - 6 de agosto de 1458) Foi papa de 8 de abril de 1455 ate a data da sua morte, perto de Xàtiva, Valência, hoje Espanha, mas naquele tempo Reino de Valência, integrado no Reino de Aragão. Foi o Papa que reviu a condenação de Joana d'Arc e reconheceu sua inocência em 1456. Foi tio de outro papa da família Bórgia, [[Papa Alexandre VI|Alexandre VI]].<br />
<br />
O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato, em Roma.<br />
<br />
== Criação dos Padroados português e espanhol ==<br />
O Papa Calisto III criou o Padroado, que era um tratado entre a Igreja Católica e os Reinos de Portugal e de Espanha.<br />
<br />
A Igreja Católica delegava aos monarcas destes reinos ibéricos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei mandava construir igrejas e era responsável pela sua manutenção), nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa.<br />
<br />
Assim, a estrutura do Reino de Portugal e de Espanha tinha não só uma dimensão político-administrativa, mas também religiosa. Com a criação do Padroado, muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Particularmente a Inquisição, que nos Impérios Ibéricos funcionou mais como uma polícia do que a sua função inicial religiosa.<br />
<br />
O Padroado português foi muito alterado ao longo dos tempos, mas os seus últimos vestígios foram suprimidos com o Concílio Vaticano II. Por exemplo, até este Concílio, era o Chefe de Estado Português que impunha o barrete cardinalício ao Patriarca de Lisboa.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Alfonso de Borja<br />
* '''Nascimento:''' Valência, Espanha, 31 de Dezembro de 1378<br />
* '''Eleição:''' 20 de Abril de 1455<br />
* '''Fim do pontificado:''' 6 de agosto de 1458 (79 anos)<br />
* '''Antecessor:''' Nicolau V<br />
* '''Sucessor:''' Pio II<br />
* '''Ordem:''' 210º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Calisto_III.jpg&diff=8667File:Papa Calisto III.jpg2010-12-09T16:36:15Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Greg%C3%B3rio_XII&diff=8666Papa Gregório XII2010-12-09T16:26:19Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[image:Papa-Gregorio-XII.jpg|200px|thumb|right|Papa Gregório XII]]<br />
<br />
O '''Papa Gregório XII''', nome de baptismo Angelo Correr, nasceu em Veneza. Patriarca latino de Constantinopla, foi eleito Papa no dia 30 de novembro de 1406. Com mais de oitenta anos de idade, foi coroado no dia 19 de dezembro do mesmo ano. Fisicamente muito magro e alto, somente "pele e ossos" segundo crónicas da época, assumiu o espírito ascético e conciliatório com relação aos problemas da Igreja Católica, principalmente com Bento XIII, o antipapa que residia em Avignon.<br />
<br />
== A tentativa de resolver o cisma ==<br />
Decidido a resolver o problema do cisma encarou-o de forma sincera, declarando inclusive a idéia de abdicar a Cátedra de São Pedro se isso resultasse em paz definitiva. Declarou-se pronto a imitar a mãe que em presença do rei Salomão preferia entregar o próprio filho em mãos estrangeiras do que vê-lo morrer, Gregório XII conquistou o coração do clero internacional e de diversos soberanos, colocando o antipapa na parede. Este, sem poder se esquivar de tal vontade, decidiu-se favorável ao encontro com Gregório na cidade italiana de Savona.<br />
<br />
A idéia de abdicar resultou em uma rápida reação da família de Correr, muitos deles já devidamente instalados nos diversos postos de comando da administração da igreja. O nepotismo então reagiu firmemente a essa ameaça. Gregório XII então cedeu aos apelos da família. A opinião publica na época ficou horrorizada com a atitude dos parentes do Papa, insultando-os inclusive com cartas "a Satanás", endereçadas ao Arcebispo de Ragusa. Apesar do insucesso, [[Papa Bento XIII|Bento XIII]] se viu sob assédio em Avignon do rei francês. Consegue fugir para Aragão em 1408, e, emitindo uma bula, convoca um concílio para Perpignan. Em Paris, o rei decidiu então concorrer com ambos os Papas e decretou um outro Concilio, reunindo os cardeais dos dois líderes católicos, a Pisa em marco de 1409. A convocação se deu por meio de sete cardeais rebelados de Gregório XII porque este havia nomeado dois sobrinhos como cardeais. Unindo-se aos rebeldes um grupo de cardeais de Avignon, reunidos em Livorno. A idèia era reunir os dois Papas e - fosse o caso - força-los a renunciar ou então depô-los. Gregório XII reage com firmeza aos rebeldes, e após uma primeira tentativa de aproximação e perdão, anunciando um novo Concílio em uma cidade do Veneto para esclarecer os fatos. Nao obtendo sucesso,acabou por nomear dez novos cardeais e excomungou os rebeldes. Dado a reação da opinião publica romana, decidi por partir a uma região mais segura aos seus interesses, se mudando para Rimini em 1409.<br />
<br />
Estava formada uma enorme confusão no seio da Igreja. Com tais acontecimentos, o primeiro Concílio, em Perpignan (anunciado por Bento XIII) começou de fato, com a presença de 120 prelados e diversos soberanos que estavam tomando partido de um ou de outro. O rei Roberto do Palatinado Renano apoiava Gregório, porque via no Concílio de Pisa a influência poderosa do Rei da França. Ladislau de Nápoles, como titular de "defensor da Igreja de Roma", também se apoderou da cidade deixada pelo Papa e anunciou ser contra o Concílio desejado pelo rei francês. Nesse clima de tamanha confusão iniciou-se o Concílio de Pisa em 25 de março de 1409, com a presença de 10 cardeais fiéis a Bento XIII, 14 cardeais fiéis a Gregório XII, 4 patriarcas, 80 bispos, 27 abades e diversos doutores de Teologia e Direito Canónico, além de vários prelados que abandonaram Perpignan. Como presidente do Concílio foi nomeado o cardeal de Poitiers, Guy de Maillesec.<br />
<br />
No primeiro dia foram chamados os dois Papas, esperados até o dia 30 de março e como não se apresentaram, foram declarados ausentes. Gregório XII foi defendido pelo rei alemão Roberto do Palatinado Renano, declarando ser ilegítimo um Concílio não anunciado pelo Papa e que qualquer ação em matéria de renuncia do Papa seria portanto ilegal. Ignorado, o Concílio se declarou ecuménico e reuniu definitivamente os presentes que recusaram a obediência tanto a Gregório como a Bento.<br />
<br />
A 5 de Junho o Patriarca de Alexandria leu a sentença que decretava Pedro de Luna (Bento XIII) e Gregório XII retirados do cargo de líderes da Igreja Romana como cismáticos, considerando a sede vacante. Dez dias depois, os 24 cardeais entraram em conclave e elegeram por unanimidade o Bispo de Milão, Pietro Filargo, como novo Papa, sendo consagrado na Catedral de Pisa em 7 de julho e assumindo o nome de [[Antipapa Alexandre V|Alexandre V]].<br />
<br />
Com intenção de prosseguir os trabalhos para afrontar a reforma aos problemas imensos da Igreja, não teve sucesso. Os prelados estavam esgotados de discussões. Concluiu-se os trabalhos e anunciou-se um novo Concílio especifico para 1412. O caos na Igreja não diminuiu com a conclusão do Conclave de Pisa. Ao contrário, aumentaram. Teólogos, doutores de Direito Canónico, já diziam que tal Concílio era uma farsa, sem fundamento jurídico e para piorar a situação havia 3 papas no comando a Igreja: Gregório XII (que representava a Itália, Alemanha e o norte da Europa), Bento XIII (que representava a Escócia, Espanha Sardenha, Córsega e parte da França) e Alexandre V (com a maior parte das Ordens Religiosas decididas a fazer uma inteira reforma na Igreja).<br />
<br />
Gregório XII não ficou todo esse tempo assistindo os fatos. Como prometido, iniciou os trabalhos no seu Concilio na cidade de Cividale del Friuli (perto de Aquileia) e no dia 22 de Julho declarou como legítimos apenas os pontífices sediados a Roma. A partir de Urbano VI até ele próprio. Todos os demais eram declarados antipapas - de [[Papa Clemente VII|Clemente VII]] até Bento XIII e, é claro, Alexandre V. Deixou claro que estava ainda disposto a abdicar ao trono de São Pedro, desde que os outros dois fizessem o mesmo e todas as correntes do pensamento da Igreja se reunissem em um único colégio, e fosse eleito um novo Papa, com aprovação de ao menos dois terços dos cardeais das três correntes de pensamento. Procurou apoio dos reis da Alemanha (Roberto), de Ladislau (Nápoles) e Segismundo (Hungria) para que promovessem um plano de paz permanente e dentro da sua própria idéia. Entretanto mais um problema explodiu nas mãos de Gregório.<br />
<br />
A "Sereníssima República de Veneza", com os Patriarcas de Aquileia e Veneza se proclamaram obedientes a Alexandre V e tentaram prender Gregório XII. Este conseguiu fugir disfarçado, enquanto seu funcionário - usando as roupas de Gregório - foi feito prisioneiro. Conseguiu chegar a Gaeta sob proteção do rei Ladislau de Nápoles.<br />
<br />
Roma, nesse meio tempo, era controlada por Luis d'Angio, reconhecido como rei de Nápoles pelo Concilio de Pisa, contra Ladislau. Assim, na primavera de 1410, Alexandre V pôde entrar em Roma aclamado como o verdadeiro Pontífice Romano diretamente do povo da cidade. Breve, porém, foi sua permanência. Aqueles que comandavam de fato o Concílio de Pisa, liderados pelo Cardeal napolitano Baldassarre Cossa, responsável pela região de Bolonha pelo próprio Alexandre V já tramava para a substituição de Alexandre. Chamado a Bolonha, Alexandre V morre no dia 5 de maio, provavelmente envenenado pelo cardeal Cossa, que rapidamente reuniu um novo conclave e no dia 25 do mesmo mês nomeou a si mesmo Papa, com o nome de [[Antipapa João XXIII|João XXIII]] - nome depois cancelado e renascido somente no século XX - e já no ano seguinte tomou posse da cátedra romana.<br />
<br />
Gregório XII já não imaginava mais poder voltar a Roma. Para seu azar, Roberto, rei da Alemanha morreu logo depois da coroação de João XXIII e Ladislau, receoso de Luís D'Angio, tratou com o ex-cardeal Cossa para te-lo ao seu lado contra Luís. Com isso, Ladislau renunciou seu apoio a Gregório XII e apoiou João XXIII, eleito segundo ele "por inspiração divina". A Roma, João XXIII prosseguia com seus projetos de transformar o Vaticano em uma fortaleza. Construiu a famosa passagem elevada que liga o Vaticano ao Castelo de Santo Ângelo, hoje conhecida como "Passetto", provavelmente restaurada pelo Papa Alexandre VI. Mas para sua surpresa, chegava da Alemanha noticias sobre um novo pretendente a coroa do Sacro Império Romano Germânico: Segismundo, um dos diversos príncipes alemães que declarava intolerável para a cristandade a situação existente, com três pontífices sendo que nenhum dos três tinha qualquer autoridade de fato. Como consequência, Ladislau rompe com João XXIII, que fugiu para Florença, enquanto o rei de Nápoles saqueava Roma. Em 30 de outubro de 1413, Segismundo convocou todo o mundo religioso católico, príncipes, soberanos, em um novo Concílio Ecuménico que seria aberto a Konstanz (no sul da Alemanha, na fronteira com a Suíça) em 1 de Abril de 1414. Convidados também foram os três Papas reinantes, com o propósito de resolver de vez a situação e acabar com o cisma religioso, acabar com as novas heresias e reformar a instituição da igreja. João XXIII aceitou a proposta e assumiu a convocação, para "legalizar" o ato, anunciando-o como uma continuação do Concílio de Pisa. Gregório XII e Bento XIII recusaram participar. João XXIII, contente com a reação dos outros dois papas, obteve de Segismundo a sua garantia de proteção a sua vida e entrou na cidade do concilio triunfalmente no dia 28 de outubro de 1414. Além dele, representantes de toda Europa cristã, em um total de mais de 1800 eclesiásticos, teólogos, bispos, arcebispos, patriarcas e cardeais além dos representantes dos reinos interessados. Presidiu ao Concílio João XXIII. Segismundo, coroado Imperador do Sacro Império Romano Germânico em Aachen no dia 8 de novembro, chegou na véspera do Natal.<br />
<br />
A maior inovação foi dividir o concílio nas cinco regiões mais importantes para a Igreja: Itália, Alemanha, França, Castela e Inglaterra, cada uma liderada por um bispo. Outra inovação foi o direito de voto a todos os presentes, laicos inclusive, em um novo conceito de democratização da Igreja. Com isso a autoridade era de todo o concilio e não apenas do Papa (ou de um deles…) sendo negado o direito divino de soberania papal. Foi um duro golpe ao poder da Igreja romana e pôs em jogo o futuro do papado. Apesar de tudo, Gregório XII enviou seu representante na pessoa de Giovanni Domici de Ragusa, anunciando que estava pronto a renunciar se os outros dois papas fizessem o mesmo. Pediu também que fosse retirada a presidência do Concílio a João XXIII. A assembleia do concilio aceitou a proposta de Gregório XII e João XXIII recitou sua parte no "teatro": em 2 de março de 1415 foi o protagonista principal. Se ajoelhou em frente ao altar e jurou ser seu único objetivo a paz na Igreja e o fim do cisma. Teatralmente perfeito, tem nos seus bastidores sua razão de ser: já se começava a circular vozes difamadoras contra ele e o antipapa João XXIII já não se sentia tão seguro de seu poder. O Grão-Duque da Áustria então o ajudou a fugir e se refugiou na cidade de Sciaffusa, denunciando as intrigas e os preconceitos do concilio e a violação das prerrogativas papais. Para confirmar a regra, nova confusão e somente com a inteligência de Segismundo e do cardeal Pierre d'Ailly evitou-se a dissolução do concílio. Chegou-se a conclusão que os três papas deveriam renunciar por livre vontade ou seriam forçados a isso. A começar de João XXIII, cujo destino foi selado pelo regente de Nuremberg que o recolheu de Sciaffusa e o levou para uma cidade próxima do concilio. No dia 29 de maio foi retirado seu título de Papa, declarado culpado pela situação e posto em prisão. João XXIII implorou perdão e Segismundo o entregou ao conde do Palatinado Renano, que o manteve sob custódia. Se manteve prisioneiro dos príncipes alemães até que o novo Papa, Martinho V não o soltasse, o perdoasse e o nomeasse Cardeal-Bispo de Tuscolo, onde morreu em 1420.<br />
<br />
Depois de João XXII, era a vez de Gregório XII. Correr se comportou com muita dignidade. Em 15 de junho de 1416 encarregou seu amigo e protetor Carlo Malatesta de comunicar a assembleia que espontaneamente abdicava ao papado, e para oficializar de fato o concilio - pois era ele o único Papa de fato - o declarou aberto naquele dia, por ele mesmo, através de seu representante, o Cardeal Dominici e legitimava os atos do concilio como legais. Dai por diante não haveria mais contestações quanto a legitimidade do Concílio de Constança. No dia 4 de julho, Carlo Malatesta apresentou então a carta de renúncia de Gregório XII e, em reconhecimento pela dignidade mostrada pelo Papa, o concílio o convidava a assumir o posto de bispo da cidade do Porto a a representação pontifícia da região italiana do Marche. Gregório XII então agradeceu a assembléia em uma carta onde assinou com seu nome de batismo: "Angelo, Cardeal e Bispo". Morreu na cidade de Recanati em 18 de outubro de 1417 e foi sepultado na catedral daquela cidade.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Angelo Correr<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1327<br />
* '''Eleição:''' 30 de Novembro de 1406<br />
* '''Fim do pontificado:''' 4 de Julho de 1415<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Inocêncio VII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Martinho V]]<br />
* '''Ordem:''' 206º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Nicolau_V&diff=8665Papa Nicolau V2010-12-09T16:25:00Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Nicolau V O '''Papa Nicolau V''' nascido Tommaso Parentucelli (15 de novembro de 1397 - 24 de março de 1455) foi Papa de 6 de …'</p>
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<div>[[File:Papa_Nicolau_V.jpg|200px|thumb|right|Papa Nicolau V]]<br />
O '''Papa Nicolau V''' nascido Tommaso Parentucelli (15 de novembro de 1397 - 24 de março de 1455) foi Papa de 6 de março de 1447 até à data da sua morte. Em 1450, censura, em epístola expedida de Roma, o rei Afonso V de Portugal, pela forma de enterramento desonroso dada ao corpo de seu tio Pedro, Duque de Coimbra, morto no recontro de Alfarrobeira. Sepultado em Alverca e, depois, na igreja Santa Maria do Castelo, em Abrantes, o corpo do Infante D. Pedro só em 1455 viria a ser transladado para o mosteiro da Batalha.<br />
<br />
O Papa Nicolau V concedeu, em 1453, aos franciscanos, a incorporação dos estudos de Teologia, do seu convento, na Universidade de Lisboa. E, por bula de 1454, concedeu ao Infante D. Henrique o monopólio das expedições marítimas. Deve-se-lhe, também, a bula "Romanus Pontifex" (1455), que reconheceu aos reis de Portugal a posse das terras e mares já descobertos ou a descobrir. Tal documento representa o conhecimento, por direito internacional, do espírito de cruzada dos descobrimentos henriquinos.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Tommaso Parentucelli<br />
* '''Nascimento:''' Sardenha, Itália, 15 de Novembro de 1397<br />
* '''Eleição:''' 6 de Março de 1447<br />
* '''Fim do pontificado:''' 24 de março de 1455 (57 anos)<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Eugênio IV]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Calisto III]]<br />
* '''Ordem:''' 209º<br />
<br />
[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Nicolau_V.jpg&diff=8664File:Papa Nicolau V.jpg2010-12-09T16:21:48Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[image:Papa_Eugenio_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Eugênio IV]]<br />
O '''Papa Eugênio IV''', OSA, (Veneza, 1383 – Roma, 23 de fevereiro de 1447), nascido Gabriele Condulmer, foi Papa de 3 de março de 1431 até à data da sua morte.<br />
<br />
== Biografia ==<br />
Homem severo e de índole "feroz como um tigre", era temido pela sua ampla correção e pela "justa palavra". Morreu vítima de envenenamento. A tradição atribui a este pontífice a instituição de ampla distribuição da Hóstia consagrada na casa dos enfermos graves. Nascido em Veneza, eleito em 3 de Março de 1431 como sucessor de [[Papa Martinho V|Martinho V]] (1417-1431), que decretou a reunificação com a Igreja Oriental. Descendente de uma nobre família de Veneza era sobrinho de [[Papa Gregório XII|Gregório XII]]. Eleito, proclamou o 17.º Concílio Ecumênico em Basileia. Depois de sofrer pressões para dissolver o Concílio de Basileia (1431), fugiu de Roma (1434), após a proclamação da República, assina a bula Rex Regnum em 8 de Setembro de 1436 um dos documentos que incentivaram o tráfico de escravos e transferiu-o para Ferrara (1437) e mais tarde para Florença, onde foi decretada a reunificação com a Igreja oriental. Declarando a supremacia do papa sobre os concílios, os adversários e os padres conciliares elegeram (1439) o [[Antipapa Félix V]], Amadeu VIII de Sabóia, o último verdadeiro antipapa da história. Graças ao apoio de Afonso de Aragão, investido por ele para o Reino de Nápoles, pôde retornar a Roma (1443), após nove anos de ausência. O 208º Papa morreu em 23 de fevereiro de 1447 em Roma, e foi sucedido por [[Papa Nicolau V|Nicolau V]] (1447-1455).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Gabriele Condulearo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1385<br />
* '''Eleição:''' 3 de Março de 1431<br />
* '''Fim do pontificado:''' 23 de Fevereiro de 1447<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Martinho V]]<br />
* '''Sucessor:''' [[ Papa Nicolau V]]<br />
* '''Ordem:''' 208º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Eug%C3%AAnio_IV&diff=8662Papa Eugênio IV2010-12-09T16:14:44Z<p>Rfranzen: Created page with 'Papa Eugênio IV O '''Papa Eugênio IV''', OSA, (Veneza, 1383 – Roma, 23 de fevereiro de 1447), nascido Gabriele Condulmer, foi …'</p>
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<div>[[image:Papa_Eugenio_IV.jpg|200px|thumb|right|Papa Eugênio IV]]<br />
O '''Papa Eugênio IV''', OSA, (Veneza, 1383 – Roma, 23 de fevereiro de 1447), nascido Gabriele Condulmer, foi Papa de 3 de março de 1431 até à data da sua morte.<br />
<br />
== Biografia ==<br />
Homem severo e de índole "feroz como um tigre", era temido pela sua ampla correção e pela "justa palavra". Morreu vítima de envenenamento. A tradição atribui a este pontífice a instituição de ampla distribuição da Hóstia consagrada na casa dos enfermos graves. Nascido em Veneza, eleito em 3 de Março de 1431 como sucessor de [[Papa Martinho V|Martinho V]] (1417-1431), que decretou a reunificação com a Igreja Oriental. Descendente de uma nobre família de Veneza era sobrinho de [[Papa Gregório XII|Gregório XII]]. Eleito, proclamou o 17.º Concílio Ecumênico em Basileia. Depois de sofrer pressões para dissolver o Concílio de Basileia (1431), fugiu de Roma (1434), após a proclamação da República, assina a bula Rex Regnum em 8 de Setembro de 1436 um dos documentos que incentivaram o tráfico de escravos e transferiu-o para Ferrara (1437) e mais tarde para Florença, onde foi decretada a reunificação com a Igreja oriental. Declarando a supremacia do papa sobre os concílios, os adversários e os padres conciliares elegeram (1439) o [[Antipapa Félix V]], Amadeu VIII de Sabóia, o último verdadeiro antipapa da história. Graças ao apoio de Afonso de Aragão, investido por ele para o Reino de Nápoles, pôde retornar a Roma (1443), após nove anos de ausência. O 208º Papa morreu em 23 de fevereiro de 1447 em Roma, e foi sucedido por [[Papa Nicolau V|Nicolau V]] (1447-1455).<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Gabriele Condulearo<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1385<br />
* '''Eleição:''' 3 de Março de 1431<br />
* '''Fim do pontificado:''' 23 de Fevereiro de 1447<br />
* '''Antecessor:''' Martinho V<br />
* '''Sucessor:''' Nicolau V<br />
* '''Ordem:''' 208º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa_Eugenio_IV.jpg&diff=8661File:Papa Eugenio IV.jpg2010-12-09T16:12:03Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Martinho_V&diff=8655Papa Martinho V2010-12-09T16:04:45Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[image:Papa-Martinho-V.jpg|200px|thumb|right|Papa Martinho V]]<br />
'''Martinho V''' (Otto de Colonna, 1368 - 20 de Fevereiro de 1431, pontificado entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja. Eleito de harmonia com os cânones do Concílio de Constança, ficou condicionado pelas respectivas conclusões, em contraste com os seus desígnios de soberania pontifícia não colegial. Além disso, aquela época foi agitada pela persistência de [[Benedito XIII|Antipapa Benedito XIII]] e do sucessor deste, [[Clemente VIII|Antipapa Clemente VIII]], os papas refugiados em Peñíscola, no leste da Espanha, que mantiveram, até à abdicação deste último, algumas dioceses de Aragão e do Sul da França sob a sua directa influência. Além disso, cinco anos depois da dissolução do Concílio de Constança, Martinho V foi obrigado a convocar outro concílio, em Pavia, que teve escassas reuniões devido a uma epidemia. Por isso, convocou outro, em Basileia, sete anos mais tarde, onde não pôde comparecer porque faleceu de apoplexia a seguir à respectiva convocatória.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Oddo Colonna<br />
* '''Nascimento:''' Roma, Itália, 1368<br />
* '''Eleição:''' 11 de Novembro de 1417<br />
* '''Fim do pontificado:''' 20 de Fevereiro de 1431<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Eugénio IV]]<br />
* '''Ordem:''' 207º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Martinho_V&diff=8654Papa Martinho V2010-12-09T16:04:02Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[image:Papa_Inocencio_VII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VII]]<br />
'''Martinho V''' (Otto de Colonna, 1368 - 20 de Fevereiro de 1431, pontificado entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja. Eleito de harmonia com os cânones do Concílio de Constança, ficou condicionado pelas respectivas conclusões, em contraste com os seus desígnios de soberania pontifícia não colegial. Além disso, aquela época foi agitada pela persistência de [[Benedito XIII|Antipapa Benedito XIII]] e do sucessor deste, [[Clemente VIII|Antipapa Clemente VIII]], os papas refugiados em Peñíscola, no leste da Espanha, que mantiveram, até à abdicação deste último, algumas dioceses de Aragão e do Sul da França sob a sua directa influência. Além disso, cinco anos depois da dissolução do Concílio de Constança, Martinho V foi obrigado a convocar outro concílio, em Pavia, que teve escassas reuniões devido a uma epidemia. Por isso, convocou outro, em Basileia, sete anos mais tarde, onde não pôde comparecer porque faleceu de apoplexia a seguir à respectiva convocatória.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Oddo Colonna<br />
* '''Nascimento:''' Roma, Itália, 1368<br />
* '''Eleição:''' 11 de Novembro de 1417<br />
* '''Fim do pontificado:''' 20 de Fevereiro de 1431<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Eugénio IV]]<br />
* '''Ordem:''' 207º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=File:Papa-Martinho-V.jpg&diff=8653File:Papa-Martinho-V.jpg2010-12-09T15:59:33Z<p>Rfranzen: </p>
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<div></div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Martinho_V&diff=8652Papa Martinho V2010-12-09T15:58:17Z<p>Rfranzen: Created page with ''''Martinho V''' (Otto de Colonna, 1368 - 20 de Fevereiro de 1431, pontificado entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja. Eleito de ha…'</p>
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<div>'''Martinho V''' (Otto de Colonna, 1368 - 20 de Fevereiro de 1431, pontificado entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja. Eleito de harmonia com os cânones do Concílio de Constança, ficou condicionado pelas respectivas conclusões, em contraste com os seus desígnios de soberania pontifícia não colegial. Além disso, aquela época foi agitada pela persistência de [[Benedito XIII|Antipapa Benedito XIII]] e do sucessor deste, [[Clemente VIII|Antipapa Clemente VIII]], os papas refugiados em Peñíscola, no leste da Espanha, que mantiveram, até à abdicação deste último, algumas dioceses de Aragão e do Sul da França sob a sua directa influência. Além disso, cinco anos depois da dissolução do Concílio de Constança, Martinho V foi obrigado a convocar outro concílio, em Pavia, que teve escassas reuniões devido a uma epidemia. Por isso, convocou outro, em Basileia, sete anos mais tarde, onde não pôde comparecer porque faleceu de apoplexia a seguir à respectiva convocatória.<br />
<br />
* '''Nome de nascimento:''' Oddo Colonna<br />
* '''Nascimento:''' Roma, Itália, 1368<br />
* '''Eleição:''' 11 de Novembro de 1417<br />
* '''Fim do pontificado:''' 20 de Fevereiro de 1431<br />
* '''Antecessor:''' Gregório XII<br />
* '''Sucessor:''' Eugénio IV<br />
* '''Ordem:''' 207º<br />
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[[category:Papas]]</div>Rfranzenhttps://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Papa_Inoc%C3%AAncio_VII&diff=8651Papa Inocêncio VII2010-12-09T15:46:56Z<p>Rfranzen: </p>
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<div>[[image:Papa_Inocencio_VII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VII]]<br />
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O '''Papa Inocêncio VII''' (1336 - 6 de Novembro 1406), nascido Cosimo de' Migliorati, foi Papa da Igreja Católica entre 1404 e a sua morte. O seu pontificado foi disputado pelo [[Antipapa Benedito XIII]], o seu rival de Avinhão durante o Grande Cisma do Ocidente.<br />
<br />
Cosimo de' Migliorati nasceu numa família modesta da região de Abruzzi, em Itália. Enquanto jovem, distinguiu-se no estudo da lei canónica na Universidade de Pádua e chamou a atenção do seu mestre que o introduziu em Roma. O [[Papa Urbano VI]] trouxe-o para a Cúria Romana e encarregou-o da colecta de impostos da Igreja em Inglaterra. Após dez anos no estrangeiro, regressou a Roma e foi nomeado Bispo de Bolonha e Arcebispo de Ravena em 1387.<br />
O [[Papa Bonifácio IX]] elevou-o a Cardeal e encarregou-o de missões diplomáticas delicadas. Em 1404 foi eleito Papa por unanimidade num conclave a que atenderam apenas oito cardeais, escolhendo o nome de Inocêncio VII. A notícia da sua elevação ao papado foi recebida com motins em Roma, apenas debelados graças à intervenção do Rei Ladislau de Nápoles. Em troca Ladislau exigiu a promessa de Inocêncio de que os seus interesses em Nápoles seriam protegido qualquer que fosse o desenlace do Cisma do Ocidente. O seu pontificado foi marcado por convulsões sociais e oposição política. Quando morreu de repente em 1406, suspeitou-se de envenenamento, uma acusação nunca provada.<br />
<br />
* '''Nome de Nascimento:''' Cosimo Gentile de' Migliorati<br />
* '''Nascimento:''' Sulmona, Itália, 1336<br />
* '''Início do Pontificado:''' 17 de Outubro de 1404<br />
* '''Fim do Pontificado:''' 6 de Novembro de 1406<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Bonifácio IX]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Ordem:''' 205º<br />
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<div>[[image:Papa_Inocencio_VII.jpg|200px|thumb|right|Papa Inocêncio VII]]<br />
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O '''Papa Inocêncio VII''' (1336 - 6 de Novembro 1406), nascido Cosimo de' Migliorati, foi Papa da Igreja Católica entre 1404 e a sua morte. O seu pontificado foi disputado pelo [[Antipapa Benedito XIII]], o seu rival de Avinhão durante o Grande Cisma do Ocidente.<br />
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Cosimo de' Migliorati nasceu numa família modesta da região de Abruzzi, em Itália. Enquanto jovem, distinguiu-se no estudo da lei canónica na Universidade de Pádua e chamou a atenção do seu mestre que o introduziu em Roma. O [[Papa Urbano VI]] trouxe-o para a Cúria Romana e encarregou-o da colecta de impostos da Igreja em Inglaterra. Após dez anos no estrangeiro, regressou a Roma e foi nomeado Bispo de Bolonha e Arcebispo de Ravena em 1387.<br />
O [[Papa Bonifácio IX]] elevou-o a Cardeal e encarregou-o de missões diplomáticas delicadas. Em 1404 foi eleito Papa por unanimidade num conclave a que atenderam apenas oito cardeais, escolhendo o nome de Inocêncio VII. A notícia da sua elevação ao papado foi recebida com motins em Roma, apenas debelados graças à intervenção do Rei Ladislau de Nápoles. Em troca Ladislau exigiu a promessa de Inocêncio de que os seus interesses em Nápoles seriam protegido qualquer que fosse o desenlace do Cisma do Ocidente. O seu pontificado foi marcado por convulsões sociais e oposição política. Quando morreu de repente em 1406, suspeitou-se de envenenamento, uma acusação nunca provada.<br />
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* '''Nome de Nascimento:''' Cosimo Gentile de' Migliorati<br />
* '''Nascimento:''' Sulmona, Itália, 1336<br />
* '''Início do Pontificado:''' 17 de Outubro de 1404<br />
* '''Fim do Pontificado:''' 6 de Novembro de 1406<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Bonifácio IX]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Gregório XII]]<br />
* '''Ordem:''' 205<br />
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<div>[[image:Papa-Gregorio-XII.jpg|200px|thumb|right|Papa Gregório XII]]<br />
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O '''Papa Gregório XII''', nome de baptismo Angelo Correr, nasceu em Veneza. Patriarca latino de Constantinopla, foi eleito Papa no dia 30 de novembro de 1406. Com mais de oitenta anos de idade, foi coroado no dia 19 de dezembro do mesmo ano. Fisicamente muito magro e alto, somente "pele e ossos" segundo crónicas da época, assumiu o espírito ascético e conciliatório com relação aos problemas da Igreja Católica, principalmente com Bento XIII, o antipapa que residia em Avignon.<br />
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== A tentativa de resolver o cisma ==<br />
Decidido a resolver o problema do cisma encarou-o de forma sincera, declarando inclusive a idéia de abdicar a Cátedra de São Pedro se isso resultasse em paz definitiva. Declarou-se pronto a imitar a mãe que em presença do rei Salomão preferia entregar o próprio filho em mãos estrangeiras do que vê-lo morrer, Gregório XII conquistou o coração do clero internacional e de diversos soberanos, colocando o antipapa na parede. Este, sem poder se esquivar de tal vontade, decidiu-se favorável ao encontro com Gregório na cidade italiana de Savona.<br />
<br />
A idéia de abdicar resultou em uma rápida reação da família de Correr, muitos deles já devidamente instalados nos diversos postos de comando da administração da igreja. O nepotismo então reagiu firmemente a essa ameaça. Gregório XII então cedeu aos apelos da família. A opinião publica na época ficou horrorizada com a atitude dos parentes do Papa, insultando-os inclusive com cartas "a Satanás", endereçadas ao Arcebispo de Ragusa. Apesar do insucesso, [[Bento XIII|Papa Bento XIII]] se viu sob assédio em Avignon do rei francês. Consegue fugir para Aragão em 1408, e, emitindo uma bula, convoca um concílio para Perpignan. Em Paris, o rei decidiu então concorrer com ambos os Papas e decretou um outro Concilio, reunindo os cardeais dos dois líderes católicos, a Pisa em marco de 1409. A convocação se deu por meio de sete cardeais rebelados de Gregório XII porque este havia nomeado dois sobrinhos como cardeais. Unindo-se aos rebeldes um grupo de cardeais de Avignon, reunidos em Livorno. A idèia era reunir os dois Papas e - fosse o caso - força-los a renunciar ou então depô-los. Gregório XII reage com firmeza aos rebeldes, e após uma primeira tentativa de aproximação e perdão, anunciando um novo Concílio em uma cidade do Veneto para esclarecer os fatos. Nao obtendo sucesso,acabou por nomear dez novos cardeais e excomungou os rebeldes. Dado a reação da opinião publica romana, decidi por partir a uma região mais segura aos seus interesses, se mudando para Rimini em 1409.<br />
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Estava formada uma enorme confusão no seio da Igreja. Com tais acontecimentos, o primeiro Concílio, em Perpignan (anunciado por Bento XIII) começou de fato, com a presença de 120 prelados e diversos soberanos que estavam tomando partido de um ou de outro. O rei Roberto do Palatinado Renano apoiava Gregório, porque via no Concílio de Pisa a influência poderosa do Rei da França. Ladislau de Nápoles, como titular de "defensor da Igreja de Roma", também se apoderou da cidade deixada pelo Papa e anunciou ser contra o Concílio desejado pelo rei francês. Nesse clima de tamanha confusão iniciou-se o Concílio de Pisa em 25 de março de 1409, com a presença de 10 cardeais fiéis a Bento XIII, 14 cardeais fiéis a Gregório XII, 4 patriarcas, 80 bispos, 27 abades e diversos doutores de Teologia e Direito Canónico, além de vários prelados que abandonaram Perpignan. Como presidente do Concílio foi nomeado o cardeal de Poitiers, Guy de Maillesec.<br />
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No primeiro dia foram chamados os dois Papas, esperados até o dia 30 de março e como não se apresentaram, foram declarados ausentes. Gregório XII foi defendido pelo rei alemão Roberto do Palatinado Renano, declarando ser ilegítimo um Concílio não anunciado pelo Papa e que qualquer ação em matéria de renuncia do Papa seria portanto ilegal. Ignorado, o Concílio se declarou ecuménico e reuniu definitivamente os presentes que recusaram a obediência tanto a Gregório como a Bento.<br />
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A 5 de Junho o Patriarca de Alexandria leu a sentença que decretava Pedro de Luna (Bento XIII) e Gregório XII retirados do cargo de líderes da Igreja Romana como cismáticos, considerando a sede vacante. Dez dias depois, os 24 cardeais entraram em conclave e elegeram por unanimidade o Bispo de Milão, Pietro Filargo, como novo Papa, sendo consagrado na Catedral de Pisa em 7 de julho e assumindo o nome de [[Alexandre V|Antipapa Alexandre V]].<br />
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Com intenção de prosseguir os trabalhos para afrontar a reforma aos problemas imensos da Igreja, não teve sucesso. Os prelados estavam esgotados de discussões. Concluiu-se os trabalhos e anunciou-se um novo Concílio especifico para 1412. O caos na Igreja não diminuiu com a conclusão do Conclave de Pisa. Ao contrário, aumentaram. Teólogos, doutores de Direito Canónico, já diziam que tal Concílio era uma farsa, sem fundamento jurídico e para piorar a situação havia 3 papas no comando a Igreja: Gregório XII (que representava a Itália, Alemanha e o norte da Europa), Bento XIII (que representava a Escócia, Espanha Sardenha, Córsega e parte da França) e Alexandre V (com a maior parte das Ordens Religiosas decididas a fazer uma inteira reforma na Igreja).<br />
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Gregório XII não ficou todo esse tempo assistindo os fatos. Como prometido, iniciou os trabalhos no seu Concilio na cidade de Cividale del Friuli (perto de Aquileia) e no dia 22 de Julho declarou como legítimos apenas os pontífices sediados a Roma. A partir de Urbano VI até ele próprio. Todos os demais eram declarados antipapas - de [[Clemente VII|Papa Clemente VII]] até Bento XIII e, é claro, Alexandre V. Deixou claro que estava ainda disposto a abdicar ao trono de São Pedro, desde que os outros dois fizessem o mesmo e todas as correntes do pensamento da Igreja se reunissem em um único colégio, e fosse eleito um novo Papa, com aprovação de ao menos dois terços dos cardeais das três correntes de pensamento. Procurou apoio dos reis da Alemanha (Roberto), de Ladislau (Nápoles) e Segismundo (Hungria) para que promovessem um plano de paz permanente e dentro da sua própria idéia. Entretanto mais um problema explodiu nas mãos de Gregório.<br />
<br />
A "Sereníssima República de Veneza", com os Patriarcas de Aquileia e Veneza se proclamaram obedientes a Alexandre V e tentaram prender Gregório XII. Este conseguiu fugir disfarçado, enquanto seu funcionário - usando as roupas de Gregório - foi feito prisioneiro. Conseguiu chegar a Gaeta sob proteção do rei Ladislau de Nápoles.<br />
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Roma, nesse meio tempo, era controlada por Luis d'Angio, reconhecido como rei de Nápoles pelo Concilio de Pisa, contra Ladislau. Assim, na primavera de 1410, Alexandre V pôde entrar em Roma aclamado como o verdadeiro Pontífice Romano diretamente do povo da cidade. Breve, porém, foi sua permanência. Aqueles que comandavam de fato o Concílio de Pisa, liderados pelo Cardeal napolitano Baldassarre Cossa, responsável pela região de Bolonha pelo próprio Alexandre V já tramava para a substituição de Alexandre. Chamado a Bolonha, Alexandre V morre no dia 5 de maio, provavelmente envenenado pelo cardeal Cossa, que rapidamente reuniu um novo conclave e no dia 25 do mesmo mês nomeou a si mesmo Papa, com o nome de [[João XXIII| Antipapa João XXIII]] - nome depois cancelado e renascido somente no século XX - e já no ano seguinte tomou posse da cátedra romana.<br />
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Gregório XII já não imaginava mais poder voltar a Roma. Para seu azar, Roberto, rei da Alemanha morreu logo depois da coroação de João XXIII e Ladislau, receoso de Luís D'Angio, tratou com o ex-cardeal Cossa para te-lo ao seu lado contra Luís. Com isso, Ladislau renunciou seu apoio a Gregório XII e apoiou João XXIII, eleito segundo ele "por inspiração divina". A Roma, João XXIII prosseguia com seus projetos de transformar o Vaticano em uma fortaleza. Construiu a famosa passagem elevada que liga o Vaticano ao Castelo de Santo Ângelo, hoje conhecida como "Passetto", provavelmente restaurada pelo Papa Alexandre VI. Mas para sua surpresa, chegava da Alemanha noticias sobre um novo pretendente a coroa do Sacro Império Romano Germânico: Segismundo, um dos diversos príncipes alemães que declarava intolerável para a cristandade a situação existente, com três pontífices sendo que nenhum dos três tinha qualquer autoridade de fato. Como consequência, Ladislau rompe com João XXIII, que fugiu para Florença, enquanto o rei de Nápoles saqueava Roma. Em 30 de outubro de 1413, Segismundo convocou todo o mundo religioso católico, príncipes, soberanos, em um novo Concílio Ecuménico que seria aberto a Konstanz (no sul da Alemanha, na fronteira com a Suíça) em 1 de Abril de 1414. Convidados também foram os três Papas reinantes, com o propósito de resolver de vez a situação e acabar com o cisma religioso, acabar com as novas heresias e reformar a instituição da igreja. João XXIII aceitou a proposta e assumiu a convocação, para "legalizar" o ato, anunciando-o como uma continuação do Concílio de Pisa. Gregório XII e Bento XIII recusaram participar. João XXIII, contente com a reação dos outros dois papas, obteve de Segismundo a sua garantia de proteção a sua vida e entrou na cidade do concilio triunfalmente no dia 28 de outubro de 1414. Além dele, representantes de toda Europa cristã, em um total de mais de 1800 eclesiásticos, teólogos, bispos, arcebispos, patriarcas e cardeais além dos representantes dos reinos interessados. Presidiu ao Concílio João XXIII. Segismundo, coroado Imperador do Sacro Império Romano Germânico em Aachen no dia 8 de novembro, chegou na véspera do Natal.<br />
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A maior inovação foi dividir o concílio nas cinco regiões mais importantes para a Igreja: Itália, Alemanha, França, Castela e Inglaterra, cada uma liderada por um bispo. Outra inovação foi o direito de voto a todos os presentes, laicos inclusive, em um novo conceito de democratização da Igreja. Com isso a autoridade era de todo o concilio e não apenas do Papa (ou de um deles…) sendo negado o direito divino de soberania papal. Foi um duro golpe ao poder da Igreja romana e pôs em jogo o futuro do papado. Apesar de tudo, Gregório XII enviou seu representante na pessoa de Giovanni Domici de Ragusa, anunciando que estava pronto a renunciar se os outros dois papas fizessem o mesmo. Pediu também que fosse retirada a presidência do Concílio a João XXIII. A assembleia do concilio aceitou a proposta de Gregório XII e João XXIII recitou sua parte no "teatro": em 2 de março de 1415 foi o protagonista principal. Se ajoelhou em frente ao altar e jurou ser seu único objetivo a paz na Igreja e o fim do cisma. Teatralmente perfeito, tem nos seus bastidores sua razão de ser: já se começava a circular vozes difamadoras contra ele e o antipapa João XXIII já não se sentia tão seguro de seu poder. O Grão-Duque da Áustria então o ajudou a fugir e se refugiou na cidade de Sciaffusa, denunciando as intrigas e os preconceitos do concilio e a violação das prerrogativas papais. Para confirmar a regra, nova confusão e somente com a inteligência de Segismundo e do cardeal Pierre d'Ailly evitou-se a dissolução do concílio. Chegou-se a conclusão que os três papas deveriam renunciar por livre vontade ou seriam forçados a isso. A começar de João XXIII, cujo destino foi selado pelo regente de Nuremberg que o recolheu de Sciaffusa e o levou para uma cidade próxima do concilio. No dia 29 de maio foi retirado seu título de Papa, declarado culpado pela situação e posto em prisão. João XXIII implorou perdão e Segismundo o entregou ao conde do Palatinado Renano, que o manteve sob custódia. Se manteve prisioneiro dos príncipes alemães até que o novo Papa, Martinho V não o soltasse, o perdoasse e o nomeasse Cardeal-Bispo de Tuscolo, onde morreu em 1420.<br />
<br />
Depois de João XXII, era a vez de Gregório XII. Correr se comportou com muita dignidade. Em 15 de junho de 1416 encarregou seu amigo e protetor Carlo Malatesta de comunicar a assembleia que espontaneamente abdicava ao papado, e para oficializar de fato o concilio - pois era ele o único Papa de fato - o declarou aberto naquele dia, por ele mesmo, através de seu representante, o Cardeal Dominici e legitimava os atos do concilio como legais. Dai por diante não haveria mais contestações quanto a legitimidade do Concílio de Constança. No dia 4 de julho, Carlo Malatesta apresentou então a carta de renúncia de Gregório XII e, em reconhecimento pela dignidade mostrada pelo Papa, o concílio o convidava a assumir o posto de bispo da cidade do Porto a a representação pontifícia da região italiana do Marche. Gregório XII então agradeceu a assembléia em uma carta onde assinou com seu nome de batismo: "Angelo, Cardeal e Bispo". Morreu na cidade de Recanati em 18 de outubro de 1417 e foi sepultado na catedral daquela cidade.<br />
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* '''Nome de nascimento:''' Angelo Correr<br />
* '''Nascimento:''' Veneza, Itália, 1327<br />
* '''Eleição:''' 30 de Novembro de 1406<br />
* '''Fim do pontificado:''' 4 de Julho de 1415<br />
* '''Antecessor:''' [[Papa Inocêncio VII]]<br />
* '''Sucessor:''' [[Papa Martinho V]]<br />
* '''Ordem:''' 206º<br />
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