I – O Nada – A Vida Futura: Difference between revisions
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— Já o dissemos: antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual. (Ver item 393.) | — Já o dissemos: antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual. (Ver item 393.) | ||
'''Comentário de Kardec:''' ''Em todos os tempos, o homem se preocupou com o futuro de além-túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante fatal? A pergunta é grave, pois não se trata de alguns anos mas da eternidade. Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se preocupa com a situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com a que teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?'' | |||
'''Comentário de Kardec''' ''Em todos os tempos, o homem se preocupou com o futuro de além-túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante fatal? A pergunta é grave, pois não se trata de alguns anos mas da eternidade. Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se preocupa com a situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com a que teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?'' | |||
''A idéia do nada tem algo que repugna à razão. O homem mais despreocupado nesta vida, chegado o momento supremo, pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente fica na expectativa.'' | ''A idéia do nada tem algo que repugna à razão. O homem mais despreocupado nesta vida, chegado o momento supremo, pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente fica na expectativa.'' | ||
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''A vida futura implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se no oceano do infinito? As conseqüências disso para nós seriam as mesmas do nada.'' | ''A vida futura implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se no oceano do infinito? As conseqüências disso para nós seriam as mesmas do nada.'' | ||
==Capítulo II== | |||
[[I – O Nada – A Vida Futura]], [[II – Intuição das Penas e dos Gozos Futuros]], [[III – Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas]], [[IV – Natureza das Penas e Gozos Futuros]], [[ V – Penas Temporais]], [[VI – Expiação e Arrependimento]], [[VII – Duração das Penas Futuras]], [[VIII – Ressurreição da Carne]], [[IX – Paraíso, Inferno, Purgatório, Paraíso Perdido]] | |||
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Latest revision as of 00:09, 20 November 2010
958. Por que o homem repele instintivamente o nada?
— Porque o nada não existe.
959. De onde vem para o homem o sentimento instintivo da vida futura?
— Já o dissemos: antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual. (Ver item 393.)
Comentário de Kardec: Em todos os tempos, o homem se preocupou com o futuro de além-túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante fatal? A pergunta é grave, pois não se trata de alguns anos mas da eternidade. Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se preocupa com a situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com a que teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?
A idéia do nada tem algo que repugna à razão. O homem mais despreocupado nesta vida, chegado o momento supremo, pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente fica na expectativa.
Crer em Deus sem admitir a vida futura seria um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor está no foro íntimo de todos os homens e Deus não o pôs ali em vão.
A vida futura implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se no oceano do infinito? As conseqüências disso para nós seriam as mesmas do nada.
Capítulo II
I – O Nada – A Vida Futura, II – Intuição das Penas e dos Gozos Futuros, III – Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas, IV – Natureza das Penas e Gozos Futuros, V – Penas Temporais, VI – Expiação e Arrependimento, VII – Duração das Penas Futuras, VIII – Ressurreição da Carne, IX – Paraíso, Inferno, Purgatório, Paraíso Perdido