O Martinismo: Difference between revisions
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Nos faz meditar, profundamente, o brado de alerta de uma das maiores inteligências contemporâneas, a do filósofo francês Jean François Revel, que no discurso intitulado “Elogio da virtude”, proferiu na Academia Francesa de Letras, na sessão de encerramento do ano de 1998, perante as mais destacadas figuras representativas do mundo cultural e científico da Europa, finalizou-o, assustadoramente, com as seguintes palavras : “… Para além de todos os limites até agora conhecidos, o século 20 foi o século do vício. Nossa civilização democrática não se perpetuará e não se estenderá, se no século 21 não for o século da VIRTUDE”. | Nos faz meditar, profundamente, o brado de alerta de uma das maiores inteligências contemporâneas, a do filósofo francês Jean François Revel, que no discurso intitulado “Elogio da virtude”, proferiu na Academia Francesa de Letras, na sessão de encerramento do ano de 1998, perante as mais destacadas figuras representativas do mundo cultural e científico da Europa, finalizou-o, assustadoramente, com as seguintes palavras : “… Para além de todos os limites até agora conhecidos, o século 20 foi o século do vício. Nossa civilização democrática não se perpetuará e não se estenderá, se no século 21 não for o século da VIRTUDE”. |
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deldebbio | 26 de fevereiro de 2009
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Nos faz meditar, profundamente, o brado de alerta de uma das maiores inteligências contemporâneas, a do filósofo francês Jean François Revel, que no discurso intitulado “Elogio da virtude”, proferiu na Academia Francesa de Letras, na sessão de encerramento do ano de 1998, perante as mais destacadas figuras representativas do mundo cultural e científico da Europa, finalizou-o, assustadoramente, com as seguintes palavras : “… Para além de todos os limites até agora conhecidos, o século 20 foi o século do vício. Nossa civilização democrática não se perpetuará e não se estenderá, se no século 21 não for o século da VIRTUDE”.
Mas o que é virtude …
Platão a chama de ciência do bem. Aristóteles, o hábito de dirigir a nossa conduta pela inteligência; os estóicos, a disposição da alma que, durante todo o decurso da vida, está de acordo consigo mesma; Malebranche, o amor da ordem; Kant, a força moral pela qual obedecemos às ordens da razão.
Comparando todas estas definições, vê-se que a virtude implica essencialmente duas condições : o conhecimento do dever e uma disposição firme e constante de praticá-lo.
Os antigos reuniam toda a Moral em quatro virtudes, que denominaram de virtudes cardeais, isto é, preeminentes ou principais, em torno das quais giram todas as outras ou das quais dependem as outras. Estas qualidades viris (virtutem) eram : Sabedoria,Coragem, Justiça e Temperança. Foram posteriormente classificadas como : Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça.
Após esses esclarecimentos iniciais, os Martinistas, em razão de sua condição de buscadores da verdade, no caminho ascendente em direção ao Grande Arquiteto do Universo, praticam e cultuam a Virtude, combatendo, como se fossem inimigos mortais, a hipocrisia e a traição, defendendo a Virtude e a Inocência, contra a violência, o engano e a calúnia.
Lutam ardorosamente e sem desfalecer jamais nesta empresa, em favor da Liberdade, do Direito e da Livre Manifestação do Pensamento e da Palavra; defendem a Sabedoria contra a superstição; tem por principio o Amor aos semelhantes, por base a Ordem e por fim o Progresso .
As sete virtudes que devem praticar : Sinceridade, Paciência, Coragem, Prudência, Justiça, Tolerância e Devotamento.
O Martinista tem como premissa de vida, o Amor ao Grande Arquiteto do Universo, e o Amor ao seu próximo.
O Amor Martinista é, com efeito, muito mais do que uma virtude de ordem moral, é o Amor no sentido cristão, como dele falam São João e São Paulo, realização do conhecimento, participação direta do Absoluto.
A fé e a Caridade, unindo-se a todos os homens na comunhão do Amor, procuram tudo o que pode contribuir para a reabilitação da humanidade.
O mal desaparecerá sobre a Terra, uma vez que a humanidade seja remunerada pela lei do Amor, uma vez que todos os homens se amem a si mesmos, graças à propagação pelo Martinismo das doutrinas de Fé, Esperança, de Caridade e de Amor fraternais que constituem a Verdade.
O Martinista tem a mais ampla visão relativamente aos seus deveres para com os seus semelhantes. O seu Amor por eles aumenta porque sabe que é somente pelo Amor que a humanidade poderá aniquilar as tiranias, destruir as intolerâncias e fazer desaparecer os fanáticos, sejam eles de ordem política ou religiosa.
A lei do dever induz a prática do Bem; fazer o Bem é dever do Martinista e ele deve ser praticado sem visar recompensa nem futura nem imediata.
Para o Martinista o dever deve ser cumprido porque é o dever; ele não se limita aos bens materiais; o auxilio em forma de bens perecíveis; mas o apoio de todo irmão deve a seu irmão, que é um imperativo absoluto; não se pode fazer parcialmente um bem; ele é completo e total.
Esse, também, foi o espírito da Cavalaria; e se no passado, tantos nobres como plebeus, leigos e religiosos, deram a sua própria vida pelo ideal da prática do Bem, merecem seguimento. Finalmente os Martinistas são os Cavaleiros do século 21, que devem praticar e difundir as virtudes morais, para que todos tenham a oportunidade de, seguindo o caminho do meio, talvez, neste novo Milênio, se aproximar do Absoluto.
Pelo irmão Sarih SI, no fantástico site Hermanubis.