O Círculo: Difference between revisions
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Dentre os símbolos fundamentais comuns a todos os povos, o círculo é sem dúvida o mais generalizado e o que aparece mais freqüentemente em todas as manifestações humanas conhecidas. Isto se deve, com efeito, à própria natureza que a forma circular significa, já que tudo na vida e no mundo tende a realizar este movimento, presente tanto nas expressões naturais como nas humanas. Aliás, uma reta, ou sucessão de pontos, que progride indefinidamente, descreve um movimento circular, que a curvatura do espaço faria regressar a seu ponto de origem. Em forma de círculos se expandem as radiações de energia, e esses redemoinhos ou espirais conformam as estruturas de céu e terra, como bem pode observar-se no sideral e no molecular. O círculo, junto com seus símbolos associados é, pois, uma das imagens básicas do conhecimento simbólico e voltaremos uma e outra vez sobre o tema. | Dentre os símbolos fundamentais comuns a todos os povos, o círculo é sem dúvida o mais generalizado e o que aparece mais freqüentemente em todas as manifestações humanas conhecidas. Isto se deve, com efeito, à própria natureza que a forma circular significa, já que tudo na vida e no mundo tende a realizar este movimento, presente tanto nas expressões naturais como nas humanas. Aliás, uma reta, ou sucessão de pontos, que progride indefinidamente, descreve um movimento circular, que a curvatura do espaço faria regressar a seu ponto de origem. Em forma de círculos se expandem as radiações de energia, e esses redemoinhos ou espirais conformam as estruturas de céu e terra, como bem pode observar-se no sideral e no molecular. O círculo, junto com seus símbolos associados é, pois, uma das imagens básicas do conhecimento simbólico e voltaremos uma e outra vez sobre o tema. | ||
Pode-se perceber na figura precedente que não há circunferência sem um ponto interior que a gere, pois ela extrai sua forma, assim a tracemos com compasso ou cordel, de um centro existente previamente. Conjuntamente, circunferência e centro conformam a circularidade. O centro geralmente é invisível, ou tácito, ou se acha outras vezes especificamente assinalado como elemento constitutivo. Este ponto original é o que emana sua energia a todos os pontos da circunferência, que são um reflexo de sua potencialidade num plano definido e limitado. Essas emanações são representadas como irradiações do centro e formas de conexão entre este e a periferia. A mais singela e notável destas figurações é a seguinte: | Pode-se perceber na figura precedente que não há circunferência sem um ponto interior que a gere, pois ela extrai sua forma, assim a tracemos com compasso ou cordel, de um centro existente previamente. Conjuntamente, circunferência e centro conformam a circularidade. O centro geralmente é invisível, ou tácito, ou se acha outras vezes especificamente assinalado como elemento constitutivo. Este ponto original é o que emana sua energia a todos os pontos da circunferência, que são um reflexo de sua potencialidade num plano definido e limitado. Essas emanações são representadas como irradiações do centro e formas de conexão entre este e a periferia. A mais singela e notável destas figurações é a seguinte: | ||
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Este é também o símbolo do quaternário, ou seja, o da maneira “quatripartida” em que se produz toda manifestação. Os exemplos mais claros desta divisão são os quatro pontos cardeais no espaço, as quatro estações do dia ou do ano no tempo, a interação dos elementos que em ordem mutável, configuram a matéria, as quatro idades na vida de um homem, etc. Ou seja, que este número caracteriza a todo o criado. | Este é também o símbolo do quaternário, ou seja, o da maneira “quatripartida” em que se produz toda manifestação. Os exemplos mais claros desta divisão são os quatro pontos cardeais no espaço, as quatro estações do dia ou do ano no tempo, a interação dos elementos que em ordem mutável, configuram a matéria, as quatro idades na vida de um homem, etc. Ou seja, que este número caracteriza a todo o criado. |
Revision as of 21:11, 3 November 2010
Dentre os símbolos fundamentais comuns a todos os povos, o círculo é sem dúvida o mais generalizado e o que aparece mais freqüentemente em todas as manifestações humanas conhecidas. Isto se deve, com efeito, à própria natureza que a forma circular significa, já que tudo na vida e no mundo tende a realizar este movimento, presente tanto nas expressões naturais como nas humanas. Aliás, uma reta, ou sucessão de pontos, que progride indefinidamente, descreve um movimento circular, que a curvatura do espaço faria regressar a seu ponto de origem. Em forma de círculos se expandem as radiações de energia, e esses redemoinhos ou espirais conformam as estruturas de céu e terra, como bem pode observar-se no sideral e no molecular. O círculo, junto com seus símbolos associados é, pois, uma das imagens básicas do conhecimento simbólico e voltaremos uma e outra vez sobre o tema.
Pode-se perceber na figura precedente que não há circunferência sem um ponto interior que a gere, pois ela extrai sua forma, assim a tracemos com compasso ou cordel, de um centro existente previamente. Conjuntamente, circunferência e centro conformam a circularidade. O centro geralmente é invisível, ou tácito, ou se acha outras vezes especificamente assinalado como elemento constitutivo. Este ponto original é o que emana sua energia a todos os pontos da circunferência, que são um reflexo de sua potencialidade num plano definido e limitado. Essas emanações são representadas como irradiações do centro e formas de conexão entre este e a periferia. A mais singela e notável destas figurações é a seguinte:
Este é também o símbolo do quaternário, ou seja, o da maneira “quatripartida” em que se produz toda manifestação. Os exemplos mais claros desta divisão são os quatro pontos cardeais no espaço, as quatro estações do dia ou do ano no tempo, a interação dos elementos que em ordem mutável, configuram a matéria, as quatro idades na vida de um homem, etc. Ou seja, que este número caracteriza a todo o criado.
A cruz é, pois, o símbolo do número quatro em seu aspecto dinâmico e generativo, que recebe sua energia original da quintessência central, do ponto que é a origem da irradiação, e ao que esta tem de voltar necessariamente num espaço curvo.
Advertências:
a) Deve se considerar, da mesma forma, o círculo como uma esfera. Ou seja, adicionar volume, ou tridimensionalidade, às figuras simbólicas planas com as quais iremos trabalhando.
b) Não se tem que se considerar aos símbolos como exteriores a nós, pois se deve ter em conta que a esfera do universo nos envolve. Estamos dentro dela, somos unos com ela.