Grigori Rasputin

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Grigori Rasputin

Grigoriy Yefimovich Rasputin, ocultista russo, nasceu dia 23 de janeiro de 1864 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de dezembro de 1916 aos 52 anos em Petrogrado, atual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia.

Biografia

Ele é um destes personagens históricos que é citado tanto por pesquisadores do ocultismo como por entusiastas da psicologia aplicada. Rasputin, o Monge Louco, foi considerado um devasso para uns, uma benção para outros e um mistério para todos. Toda sua vida esta envolta em uma nevoa de segredos que nos revelam uma figura sombria que soube como ninguém usar da manipulação psicológica e do ocultismo para atingir seus próprios objetivos.

Rasputin foi um diabo consagrado e o mais pecador de todos os santos. Sem dúvida, o mais indulgente de todos os ascetas. Tinha um especial talento para unir o sagrado e o profano sob seu manto negro causando ao mesmo tempo a admiração e o respeito de seguidores e medo e terror em seus adversários. Nascido na aldeia de Rasputje, Sibéria, em 1869, desde muito cedo sempre demonstrou um grandioso fascínio pelo ocultismo e por tudo o que fosse secreto e hermético. Enquanto crescia especializou-se em controle psicológico, técnicas de cura, teologia, leitura corporal, predestinação, ilusionismo, magnetismo, artimanhas teatrais e especialmente hipnose.

A Seita dos Flagelantes

Quando atingiu a maturidade, Rasputin entrou em contato com a Seita dos Flagelantes, um controverso grupo que guardando as devidas particularidades tinha uma visão de mundo, objetivos e práticas muito similares ao dos satanistas de hoje. Esta era uma das muitas seitas eróticas que viviam sob o olhar apreensivo da Igreja Ortodoxa pré-revolução de 1917.

A premissa básica destas seitas era que não há sentido para a salvação se não fossemos pecadores. Seus rituais envolviam a celebração de deuses pagãos seguidos de dança e festividades, mas especialmente conhecidos por sua sensualidade e entrega aos prazeres da carne. A Seita dos Flagelantes ensinava que dentro de cada ser humano brilha uma centelha divina, e que o simples reconhecimento desta essência dentro de cada um era o suficiente para a extinção de todas as amarras impostas ao ser humano. No ritual principal, a coabitação com alguém eleito, (alguém carregado de espírito santo e consciente disso) terminaria por unir a humanidade com a divindade e transformaria todo o pecado antigo em nova virtude.

Além disso, a seita dos Flagelantes argumentava que não haveria qualquer sentido no plano de salvação se os humanos não fossem pecadores desde o princípio. Para eles, quanto mais o homem pecasse, mais Deus iria perdoar e mais Deus seria exaltado como o ser superior e supremo. A princípio estas justificações para as práticas destas seitas parecerá bastante hipócrita para a maioria de nós hoje em dia, mas ao entendermos a mentalidade russa do período, a repressão Czarina e o poderio do clero naqueles tempos, seus argumentos se revelaram na verdade bastante sensatos.

É nessa atmosfera quase controversa que encontramos Grigorig Rasputin, que já casado e com filhos abandonou tudo para tornar-se um peregrino errante. Foi neste período que de cidade em cidade ganhou a fama de homem santo, poderoso mago e perigoso feiticeiro. Quando chegou em São Petersburgo, no ano de 1903, sua fama já estava tão bem construída que rapidamente despertou o interesse da supersticiosa dinastia Romanov.

Utilizando seus conhecimentos em uma mistura de “cura pela fé”, teatro e hipnose, Rasputin podia amenizar os problemas de Alexei, filho primogênito do Czar que era hemofílico. Automaticamente ganhou o título de 'Enviado de Deus' e a confiança e admiração de Alexandra Feodorovna, mãe do garoto, fixando assim com firmeza seus pés sobre o tapete vermelho da aristocracia russa e abandonando de vez seus dias de vadiagem, miséria e peregrinação.

Influência na corte russa

Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.

Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta proteção Rasputin torna a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.

Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajetória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.

Assassinato

A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa à várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.

Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém sua úlcera crônica fê-lo expelir todo o veneno, posteriormente teria sido fuzilado atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e o atiraram inconsciente no rio Neva ele morreu, não pelos ferimentos, nem afogado, mas de frio.

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