Touro (astrologia)
Touro é o segundo signo astrológico do zodíaco, situado entre Áries/Carneiro e Gêmeos e associado à constelação de Taurus. Seu símbolo é um boi. Forma com Virgem e Capricórnio a triplicidade dos signos da Terra. É também um dos quatro signos fixos, juntamente com Leão, Escorpião e Aquário.
Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os taurinos são as pessoas nascidas entre 21 de Abril e 20 de Maio.
Constelação de Taurus
Osíris era um deus da vegetação do Egito e aparecia com uma cabeça de touro. No Egito, quando o touro sagrado morria, colocavam-lhe um disco de ouro entre os chifres (símbolo do sol, a força da vida) e era pranteado e mumificado.
O voltear dos toureiros de hoje, entre os chifres do touro, lembra a dança em honra ao animal. Zeus apaixonou-se por Europa, que brincava na praia. Transformou-se num belo touro branco e aproximou-se ajoelhando-se aos pés dela. Europa não resistiu e trepou em cima do touro, que a transportou pelo mar até a Ilha de Creta, onde a fecundou. Na constelação de Touro só aparece a sua parte dianteira, porque o resto ficou submerso no mar.
Mais tarde, em Creta, Europa deu à luz ao futuro rei Minos; como rei tinha um belo rebanho de touros dedicados a Poseidon e disse-lhe que se o deus o fizesse rei dos Mares – símbolo da conquista marítima – ele lhe daria seu animal mais belo. Então Creta floresceu, tornando-se uma ilha forte, mas Minos era avarento e cobiçoso, não queria se desfazer daquilo que possuía e menos ainda, das melhores. Por isso resolveu enganar Poseidon oferecendo-lhe um touro de segunda categoria. Poseidon se aborreceu e pediu ajuda a Afrodite para vingar-se.
Minos era casado com Pasifae e sua mulher apaixonou-se por um belo touro branco. Pasifae pediu ajuda a Dédalo, um arquiteto que vivia na corte, patrocinado pelo rei. Dédalo vendeu-se, colaborando contra seu benfeitor em troca de bens materiais, construindo uma espécie de vaca para Pasifae se disfarçar e poder se unir ao touro. Dessa união nasceu o Minotauro, um monstro metade homem, metade touro.
O Minotauro representa o ser humano consumido pelos seus desejos e o conflito entre o lado humano e o bestial, existente em todos nós. O monstro precisava ser preso e o rei mandou Dédalo construir-lhe uma prisão: o labirinto.
O labirinto foi, na verdade, um palácio complicado na Ilha de Creta, a fim de que não fosse invadido e, também, um mosaico desenhado no chão onde se dançava em honra dos deuses da fertilidade. Até hoje, ambos existem em Creta. Então, o Minotauro, preso no labirinto, exigia carne humana de atenienses, para comer de 9 em 9 anos. Representa o homem obcecado pelo seu apetite devorador e que nada lhe contém.
Teseu, herdeiro do trono de Atenas, resolve ir dominar o Minotauro. Encontra Ariadne, filha do rei Minos que se apaixona pelo herói, e dá-lhe um novelo de linha, a fim de que pudesse entrar no labirinto sem se perder.
O novelo simboliza um plano e um propósito que os taurinos devem ter para não entrarem cegamente numa empreitada de longo alcance. O labirinto é o emaranhado de desejos e sensações físicas e materiais do ser humano. Teseu mata o Minotauro e volta para sua terra, abandonando Ariadne. Minos fica furioso e prende Dédalo dentro do labirinto criado por ele, significando isso o artista aprisionado pela sua obra porque fez concessões, criando conforme a exigência do seu patrocinador e sacrificando a independência da sua criatividade.