O Alfabeto Hebraico

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Oferecemos a seguir as 22 letras do Alfabeto Hebraico para que o leitor vá se familiarizando com elas. Igualmente é demonstrado o valor numérico correspondente a cada letra. No hebraico antigo, as vogais não eram sinalizadas, nem pontuadas, como se faz no presente. Portanto, as palavras escritas só com consoantes podiam ser lidas de várias maneiras, ou com o auxílio de diferentes vogais, aumentando assim seu poder evocativo e semântico em múltiplas valorações e sentidos. As letras têm vinculações também com outros símbolos, muitos deles animais, e de diferente natureza e índole, o que se associa com o alfabeto, a palavra e a metafísica da linguagem.

Recomendamos que se copiem esmeradamente as letras do alfabeto hebraico. Desta maneira não só memorizaremos os nomes das letras, os signos alfabéticos, e suas valorações numéricas, senão que trabalharemos com símbolos sagrados carregados de Idéias e energias mágicas e teúrgicas.

Está claro que se conhecemos o valor esotérico das letras, suas conotações numéricas, e as transposições e permutas a que elas podem dar lugar no contexto das palavras e das orações, a leitura de qualquer texto sagrado –em particular A Bíblia– no qual o alfabeto hebraico se encontre presente, passará a ter outro sentido que o comum, literal e exotérico, e adquirirá um relevo e uma profundidade tanto mais rica quanto mais ampla. E é por estas associações e correspondências entre números e letras, e as relações a que dão lugar, que se produzem iluminações surpreendentes na raiz metafísica da linguagem humana, as quais são chamadas pela Cabala “centelhas divinas”.

O Sefer Yetsirah, ou “Livro das Formações”, é também conhecido pelo nome de “Livro da Criação”, pois ali estão plasmadas as mais antigas concepções cosmogônicas judaicas, que serviram por gerações para fundamentar o pensamento metafísico e esotérico do misticismo hebreu e cristão (especialmente durante a Idade Média e o Renascimento) e da Cabala em particular. Nele se encontram especificamente assinaladas em forma de breve e apertada síntese, determinadas concepções cabalísticas que já fomos oferecendo ao longo desta Introdução, entre elas, a “doutrina” das dez sefiroth, como intermediárias entre o “Santo, bendito seja”, e a Shekhinah (a imanente presença divina, da qual proximamente falaremos), e também a da Criação Universal através das vinte e duas letras do alfabeto hebraico, o que equivale a considerar ao Cosmo inteiro como escritura divina. Essas letras se subdividem em três grupos: as três mães, similares, como já vimos, a ar, água e fogo; as sete duplas ou redobradas, e as doze simples, identificadas posteriormente com os sete planetas e com os doze signos zodiacais, respectivamente.

Três letras mães: Alef, Mem e Shin.

Sete letras duplas (ou redobradas): Beth, Guimel, Daleth, Kaf, , Resh e Taw.

Doze letras simples: , Vav, Zayin, Heth, Teth, Yod, Lambei, Nun, Samekh, Ayin, Tsade e Qof.

Uma idéia nova é a da união das dez sefiroth, cifras, ou números, às vinte e duas letras do alfabeto hebraico, que conjuntamente constituem os trinta e dois caminhos da sabedoria.