Marquês de Sade - Mapa Astral

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Marquês de Sade

Donatien Alphonse François de Sade, o marquês de Sade, (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.

Além de escritor e dramaturgo, foi também filósofo de ideias originais, baseadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Lido enquanto teoria filosófica, “o romance de Sade oferece um sistema de pensamento que desafia a concepção de mundo proposta pelos dois principais campos filosóficos no contexto da França pré-republicana: o religioso e o racionalista”. Sade era adepto do ateísmo e era caracterizado por fazer apologia ao crime (já que enfrentar a religião na época era um crime) e a afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos – na concepção moderna do termo. Em suas obras, Sade, como livre pensador, usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana.

Mapa Astral

O Mapa de Donatien possui Sol e Júpiter em Gêmeos; Lua em Virgem (seu Planeta mais forte, com 7 aspectações fortes); Vênus, Saturno, Netuno e Caput Draconis em Câncer (Casas 8 e 9); Ascendente e Plutão em Escorpião. Em um resumo, uma pessoa muito comunicativa e com facilidade para trabalhar com palavras e emoções, que ao longo da vida vai aprofundando-as cada vez mais para, ao final do processo, tomar conta da emoção dos que estão ao seu redor. Win?

As Oitavas altas e baixas de Câncer Câncer é um signo que geralmente os leigos consideram o “signo da mãe”, por conta das baixas manifestações emocionais da humanidade como um todo. Câncer, ou água Cardinal (as emoçoes voltadas para o espírito) representa energias que entendemos como tomar conta das emoções dos outros… mas isto se aplica desde as enfermeiras de uma unidade de UTI pré-natal, babás, médicos pediatras, maestros, poetas, fabulistas e mães/pais corujas até serial killers pedófilos… para um leigo, podem parecer coisas completamente díspares, mas se entendermos a Astrologia como matemática da psique, a única diferença é o sinal positivo ou negativo destas atitudes: todos os casos acima “conduzem o emocional do outro à sua vontade”. Tanto o bebê ou enfermo quanto a vítima do serial killer estão com suas vidas nas mãos do protagonista… o maestro conduz as emoções da pessoa através da música, para a alegria ou para a tristeza.

Com Mercúrio em Touro e Lua em Virgem (na casa 10, da disciplina), não é de se espantar em nada que Sade tenha sido um ateu materialista dogmático, lutando com cada fagulha de seu ser contra a Igreja. Some-se a isso uma facilidade enorme de lidar com as palavras e emoções e o sarcasmo do conjunto sendo influenciado por Escorpião. Sua aspectação mais forte, Urano em Capricórnio e Caput Draconis em Câncer, foi pervertida do “abraça e protege” para “amarra e bate”… matematicamente, não estão tão distantes assim: Vemos todos os dias nos jornais pessoas desequilibradas “matando por amor” ou “batendo para ensinar” (se quiser dar um passo maior pro Abismo, tem também os “estupros corretivos em lésbicas” ou “surras corretivas em gays” pregadas pelos doentes evangélicos, que são oitavas fundo-do-poço das energias completamente desfiguradas da oposição Câncer/Capricórnio (cuidar/proteger).

Com Marte em Áries, se Donatien fosse um sujeito religioso, daria um belo Inquisidor, mas estava do outro lado da balança e usou sua facilidade em escrever/trabalhar as palavras para chocar. Em suas obras, Sade usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava, ao contrário de várias obras acerca da moralidade – como por exemplo o “Princípios da Moral e Legislação” de Jeremy Bentham- uma moralidade baseada em princípios contrários ao que os “bons costumes” da época aceitavam; moralidade essa que mostrava homens que sentiam prazer na dor dos demais e outras cenas, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade. Em seu romance “120 Dias de Sodoma”, por exemplo, nobres devassos abusam de crianças raptadas encerrados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, com coprofagia, mutilações e assassinatos – verdadeiro mergulho nos infernos.