Guillaume de Chartres

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Brasão de Guillaume De Chartres

Guillaume De Chartres (11?? - 1218)

Mestre da Ordem de 1210 à 1218.

Biografia

Originário de Champagne, Guillaume De Chartres entrou para a Ordem quando era muito jovem. Ele foi admitido no Preceptório de Sours, localizado próximo à Chartres.

A trajetória de De Chartres na Ordem, antes de sua eleição como Mestre, é um tanto desconhecida. O que se sabe é que ele foi eleito Mestre no começo de 1210, algum tempo após a morte de Philippe De Plessis no final de 1209. O primeiro ato oficial de De Chartres veio em seu primeiro ano como Mestre, quando foi convocado a auxiliar na coroação de Jean De Brienne como o novo Rei de Jerusalém. Isso era, com certeza, só um título honorífico para De Brienne, já que Saladino controlava a cidade desde 1187.

Em 1211, o conflito com o Rei da Armênia terminou e os Templários retornaram à sua fortaleza. No começo de seu período como Mestre, De Chartres construiu a fortaleza de Chateau-Pelerin (Athlit), na estrada entre Cesaree e Haifa. De acordo com as Crônicas, essa fortaleza causou mais danos aos Muçulmanos, do que todo o exército combatente.

Além da construção da fortaleza, Guillaume De Chartres também se ocupou com os problemas da Reconquista na Península Ibérica. Ele enviou vários reforços e equipamentos para essa área. Em 1212, os Templários participaram vitoriosamente na batalha de Las Navas De Tolosa. Essa batalha marcou um importante passo na Reconquista.

Em 1217, os Templários participaram na batalha e cerco de Alcazar na Segóvia. Nessa época a influência Templária no Reino da Espanha atingiu seu ápice. Reis e grandes Lordes ofereceram vários domínios e fortalezas para a Ordem, tais como a cidade de Tortosa (Sul da Catalunha) e o castelo de Azuda (Sudda).

Outros eventos de 1217 incluíam a partida dos exércitos da Quinta Cruzada para as Terras Santas. Além disso, Jean De Brienne (Rei de Jerusalém), Andre II (Rei da Hungria), e Pelage (o delegado pontífice), decidiram invadir o Egito pelo mar, começando por Damiette. Contra seu julgamento e opinião, Guillaume De Chartres foi obrigado a acompanhar essa conquista. O cerco da cidade de Damiette durou dezoito meses. Durante esse tempo, todas as investidas falharam. Para complicar mais a situação, o conflito entre Pelage e Jean De Brienne referente ao comando do exército, permitiu aos Muçulmanos o envio de um exército de reforços à Damiette. Guillaume De Chartres encabeçou o exército Templário conforme iam confrontar esses reforços, numa tentativa de salvar as tropas Cristãs de um grande desastre.

Guillaume De Chartres morreu em frente à Damiette em Agosto de 1218, não nas mãos dos Muçulmanos, mas sim por conta de uma praga que se espalhava pelos exércitos Francos.