Papa Calisto III
Nascido Afonso de Bórgia (31 de Dezembro de 1378 - 6 de agosto de 1458) Foi papa de 8 de abril de 1455 ate a data da sua morte, perto de Xàtiva, Valência, hoje Espanha, mas naquele tempo Reino de Valência, integrado no Reino de Aragão. Foi o Papa que reviu a condenação de Joana d'Arc e reconheceu sua inocência em 1456. Foi tio de outro papa da família Bórgia, Alexandre VI.
O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato, em Roma.
Criação dos Padroados português e espanhol
O Papa Calisto III criou o Padroado, que era um tratado entre a Igreja Católica e os Reinos de Portugal e de Espanha.
A Igreja Católica delegava aos monarcas destes reinos ibéricos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei mandava construir igrejas e era responsável pela sua manutenção), nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa.
Assim, a estrutura do Reino de Portugal e de Espanha tinha não só uma dimensão político-administrativa, mas também religiosa. Com a criação do Padroado, muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Particularmente a Inquisição, que nos Impérios Ibéricos funcionou mais como uma polícia do que a sua função inicial religiosa.
O Padroado português foi muito alterado ao longo dos tempos, mas os seus últimos vestígios foram suprimidos com o Concílio Vaticano II. Por exemplo, até este Concílio, era o Chefe de Estado Português que impunha o barrete cardinalício ao Patriarca de Lisboa.
- Nome de nascimento: Alfonso de Borja
- Nascimento: Valência, Espanha, 31 de Dezembro de 1378
- Eleição: 20 de Abril de 1455
- Fim do pontificado: 6 de agosto de 1458 (79 anos)
- Antecessor: Nicolau V
- Sucessor: Pio II
- Ordem: 210º