Papa Clemente XIII
Clemente XIII nascido Carlo della Torre Rezzonico (Veneza, 7 de março de 1693 - Roma, 2 de fevereiro de 1769). Foi Papa de 6 de julho de 1758 ate a sua morte.
Nasceu em Veneza e era filho do barão João Batista della Torre Rezzonico e de Vitória Barbarigo. No início do pontificado, Clemente XIII escreveu cartas aos soberanos da Europa, empenhados na guerra dos Sete Anos (1756-1763). O novo Papa conseguiu extinguir a velha animosidade entre a sua cidade natal (Florença), e a sede do Papado, Roma. Socorreu o povo na carestia de 1764, acolhendo 14 mil pessoas. Obrigou os latifundiários dos Estados Pontifícios a plantarem suas terras. Mandou velar nos museus as obras artísticas de consideradas por alguns realismo exagerado. Coibiu abusos de copistas inescrupulosos, que se serviam dos Arquivos romanos. Reprovou (1764) o livro em que João Nicolau de Hontheim (Johann Nikolaus von Hontheim), escondido atrás do pseudônimo de Justinus Febronius, atacava a soberania do Papa.
A negação de toda a religião, pregada sob a capa de racionalismo por Voltaire, Rousseau e outros, desencadeou a perseguição aos batalhadores da Igreja, os Jesuítas. Em Portugal o Marquês de Pombal implicou-os num atentado contra o rei Dom José; mandou queimar o Padre Gabriel Malagrida (velho de 72 anos) e expulsou os demais, também do Brasil, onde eram os únicos mestres e a base da instrução. Perseguiam-nos em França o ministro Choiseul e a marquesa de Pompadour; na Espanha o conde Aranda; no reino de Nápoles o ministro Tannucci; no ducado de Parma o chanceler Tissot. Até os cavaleiros de Malta, em sua maioria portugueses, rejeitavam os Jesuítas, apenas defendidos pelo Papa (através da bula Apostolicum pascendi múnus).
Clemente XIII morreu a 2 de Fevereiro de 1769, amargurado pela insistência dos soberanos da família Bourbon, inimigos dos Jesuítas.