A Astrologia de Nebulosabar

From Wiki
Jump to navigationJump to search

Antes de ler este post, você precisa ir até o blog Nebulosa Bar e ler o texto que o Newton Gonzales publicou. Separei as perguntas que ele fez e achei mais prático responder em um post do que na sessão de comentários, pois ficaria muito extenso.

Em seu post, ele alega que sempre pensou que fosse do “signo de câncer” (sic) mas que recentemente ele descobriu que era, na verdade de “gêmeos”. Consultou uma “astróloga” (entre áspas) e as respostas que obteve dela foram as mais estapafurdicas possíveis, que variam desde “sóis espirituais” a “mudanças das constelações”… Ele coloca, a seguir, diversas perguntas bastante pertinentes a respeito da Astrologia. Vou tentar respondê-las e, se vocês ficarem com mais dúvidas, podem perguntar nos comentários:

i) Suponha então que os traços psicológicos de uma pessoa são moldados por um campo de força cuja natureza não pode ser medida por meios materiais. As características desse conjunto de campos de força dependem da posição relativa entre planetas específicos e a Terra, na hora do nascimento do indivíduo. Porém, nas últimas décadas descobriram-se mais astros dentro de nosso sistema solar, alguns maiores até mesmo que Plutão (Eris, por exemplo) Alguns deles inclusive têm órbitas menores ao redor do Sol, passando bem mais perto de nós que Urano ou Netuno. Esses astros recém descobertos então devem causar alguma interferência astrológica. Por que, no entanto, eles nunca são — e nunca foram — citados nos mapas astrais?

@MDD – Bem… os traços psicológicos NÃO são moldados pelos planetas. Nunca foram. Cada pessoa tem seus traços psicológicos e os planetas estão lá em cima, fazendo suas órbitas. A relação entre estes dois fatos não está na terceira dimensão. No grau de consciência que estamos aqui na Terra, podemos ser representados psicologicamente por dez esferas (sephiroth), cada uma mapeando um aspecto de nossa personalidade (mental, emocional e espiritual). Cada um destes aspectos de nosso mapa pode ser correlacionado a um dos Planetas (os sete primeiro, que podem ser vistos a olho nu, diretamente ligados às virtudes e defeitos da Alquimia também) e os trans-saturnianos. Portanto, temos dez sephiroth: (lua, mercúrio, vênus, sol, marte, júpiter, saturno, urano, netuno e plutão) e fim. Toda a infindável gama de maluquices astrológicas (ofiúco, lilith, ceres, xena, sputnik, etc etc etc) foram inventadas por gente sem nenhum embasamento iniciático que geralmente querem apenas vender livros para incautos que acreditam em previsões de jornal.

ii) Por que os astros influenciam nossa personalidade somente no nascimento, e não na concepção, que é quando passamos a ser considerados existentes?

@MDD – Porque na concepção não significa necessariamente que você vá vingar. Concepção é um ritual que começa no coito e termina apenas na sala de parto. E a consagração de um objeto (ou criança, no caso), só é feita após a finalização do ritual. Ou seja, só somos considerados “existentes” no momento em que respiramos pelos nossos próprios aparelhos, independentes de nossas mães.

iii) Por que os astros não nos influenciam alguns minutos antes de nascermos? A única diferença entre o antes e depois do parto, é que o bebê adquire oxigênio pelos pulmões e não mais pelo cordão umbilical. O campo de força emanado dos astros só passa a nos afetar quando estamos com os pulmões cheios? Ou precisamos estar fora do ventre, pois nossas mães funcionam como uma blindagem anti-planetária?

@MDD – As respostas estão nas duas questões acima. Não há “forças emanando” dos astros. Muito menos “blindagem anti-planetária”.

iv) Estima-se que a consciência no feto surge por volta do sexto mês de gestação. Isto quer dizer que antes de nascer, o bebê possuia uma ausência completa de personalidade?

@MDD – Até o terceiro mês de gravidez, o feto é um “parasita da mãe”. Não tem absolutamente nenhuma ligação externa espiritualmente falando. Do terceiro ao sexto mês, as egrégoras nas quais os pais e familiares estão ligados fazem os preparativos para a vinda da nova criatura. Do sexto ao nono mês, o espírito já está escolhido e “reservado” para aquele feto, mas não fica “dentro da mãe” (mesmo porque dois corpos continuam não podendo ocupar o mesmo lugar no espaço na mesma dimensão! E a mãe TAMBÉM possui um espírito). A nova criatura faz a fusão com o corpo no momento do nascimento, quando a criança respira pela primeira vez. E NÃO, ela NÃO sofre nenhuma “influencia dos astros” !!! Ela nasce e os astros estão lá longe, no universo…

v) Por que gêmeos univitelinos, que nascem na mesma hora, têm personalidades diferentes?

@MDD – Porque mapas astrais idênticos não significam mesma personalidade, apenas que as pessoas possuem as mesmas características. Por exemplo, duas pessoas que possuam “mercúrio em gêmeos” possuem uma facilidade natural para manipular palavras. Mas, olhando para um mapa, não temos como saber se ela é uma repórter ganhadora do Pulitzer ou uma velha fofoqueira. São exemplos muito simplórios. A explicação mais elaborada levaria algumas dezenas de páginas, mas estamos fazendo um estudo com as irmãs gêmeas de um dos leitores, então é só acompanhar os posts que falaremos muito sobre isso por aqui.

ix) As colônias interplanetárias poderão ser uma realidade no futuro. Um dia o ser humano habitará outros planetas. Suponhemos que um indivíduo tenha nascido em Marte. Tal planeta deixaria de entrar em seu mapa astral e, por conseqüência da localização, a Terra passaria a ter alguma influência astrológica sobre o indivíduo?

@MDD – Curioso que eu estava discutindo isso com um anjo caído na semana passada. Eu perguntei a ele justamente como se calcularia um mapa astral de alguém nascido em Marte. A resposta para isso tem de ser dividida em dois aspectos: a primeira é um nativo de Marte, que não está no mesmo Plano Físico que nós e, portanto, nem possui os mesmos sentidos físicos que os terráqueos. Como Marte possui duas luas, ao invés de Yesod (intuição), talvez eles têm algum tipo de sentido extra que nós não possuímos, ou talvez duas vertentes distintas do que chamamos de intuição… me senti um cientista do século XVIII conversando com o Einstein sobre fissão nuclear… ou como um cego tentando entender como funciona a cor amarela. O outro ponto seria um terráqueo (ou pessoa que está na mesma faixa vibratória que nós) levada para Marte. Neste caso, os ângulos dos planetas no Mapa Astral dele teriam de ser totalmente recalibrados para refletirem a posição geométrica dos astros a partir da posição de Marte. E levaria-se em conta a posição de Phobos e Deimos. O resultado disso? ninguém sabe. Talvez um novo grau de consciência…

vi) Se uma criança nascer em uma maternidade localizada em outro sistema solar, quais astros passarão a influenciar o indivíduo na hora do nascimento? Os que estão próximos à Terra, berço de sua raça, ou os planetas deste outro sistema solar?

@MDD – provavelmente estará subordinado aos engenheiros de karma de outro sistema extra-solar.

vii) E se este mesmo sistema solar possuir somente um planeta: aquele no qual o indivíduo nasceu? Ele terá uma personalidade regida somente pelo signo solar?

@MDD – É uma pergunta impossível de ser respondida. Aqui entramos em questões totalmente no campo da suposição… é a mesma coisa que eu te perguntar “e se uma criança nascesse na superfície de marte? a gravidade diferente afetaria como o parto? ela seria mais alta? mais magra? Como se desenvolveria uma criança que nascesse e vivesse toda a sua vida em gravidade zero? ela teria ossos moles?” e por ai vai… são perguntas inteligentes e pertinentes, mas só podemos fazer conjecturas teóricas.

viii) E se nascermos em uma nave no espaço sideral, fora do alcance de quaisquer sóis ou planetas? Haverá uma ausência completa de personalidade, assim como o feto na visão da astrologia?

@MDD – Mesma resposta que acima, ou seja, não há resposta. Mas, frustrando todos os que botam fé demais na ciência, eu acredito que o ser humano nunca colocará os pés fora do sistema solar (não estou falando de máquinas, mas de viagens tripuladas).

x) Plutão possui uma órbita excêntrica, permanecendo ora distante, ora um pouco mais próximo de nós. Contudo, os astrólogos afirmam que a distância dos astros em relação à Terra não interfere: sua influência sobre nós é constante, independente de quão longe um astro pode estar. Se isto for verdade, por que outros planetas da nossa galáxia não têm efeito sobre nós?

@MDD – mesma resposta lá de cima… Porque não há nem nunca houve “influencia” dos planetas. O que se calcula na Astrologia Hermética é a geometria entre as projeções dos Planetas no circulo zodiacal. Constelações, estrelas, deuses, animais e afins são apenas recursos usados para se explicar sentimentos com o vocabulário reduzido de cada cultura.

xi) Se nossa Lua nos afeta, porque as luas dos outros planetas do sistema solar também não o fazem?

@MDD – Mesma resposta acima. Não há “afetação” planetária na Astrologia.

xii) Apenas a raça humana está sob influência dos astros, ou outros animais também são influenciados? Se sim, por que filhotes da mesma ninhada, que nasceram praticamente ao mesmo tempo, têm personalidades tão distintas?

@MDD – Eles sofrem correlação também, mas em um estágio muito inferior ao do ser humano. Estão mais influenciados pela projeção da parsonalidade de seus donos, ou do alfa, do que dos “astros”.

xiii) Tomemos os animais ovíparos. A personalidade astrológica seria definida no momento em que o indivíduo passa pela cloaca da mãe ou na primeira rachadura da casca do ovo em que se encontra?

@MDD – Ovíparos são primitivos demais para terem qualquer tipo de personalidade ou influência. No caso de ninhadas ou vários ovos, ou cardumes, ou mesmo colméias ou formigueiros, o que existe é o que chamamos de “alma grupo”, ou seja, o peixe não é uma consciência, mas o cardume todo é. O formigueiro é uma consciência, a colméia, e todas as tartaruguinhas de uma ninhada (está correto “ninhada de tartarugas?!?). conforme os animais sobem na escala evolutiva, sua consciência se torna cada vez mais individual e, portanto, está mais sujeita às leis de Karma.

xiv) A boa maioria dos astrólogos acredita na existência do espírito — eu, pelo menos, não conheço nenhum astrólogo que seja convicto do contrário. Acredita-se também que o espírito não reencarna imediatamente, permanecendo em recuperação em um mundo civilizado extra-planar onde seria, inclusive, possível interagir com outros espíritos desencarnados.

@MDD – Ok. Me too.

Um espírito desencarnado mantém a personalidade traçada pelos planetas em relação à Terra, ou ele se livra completamente de suas emoções? — alguns casos violentos, e outros até engraçados de incorporações mediúnicas me levam a crer que não.

@MDD – Sim e não. Assim que você morre, você continua no seu perispírito (a segunda “casca”), que mantém toda a sua personalidade (claro, dependendo do seu grau de consciência e evolução espiritual). Como os fantasmas de filmes como “sexto sentido” e outros. Com o tempo, seu atmã vai se desprendendo cada vez mais do Ego e retornando a Planos mais sutis ainda (deixando para trás os chamados “cascões”) mas ai entramos em diversas vertentes filosóficas diferentes, com muitas variações do que pode acontecer “do outro lado”, dependendo do tempo que você passará astralmente, do seu clã de afinidades, etc… Quando você for designado para descer para a carne novamente, escolherão uma mãe adequada para você, de acordo com zilhões de critérios kármicos, e quando a mãe adequada completar aproximadamente 3 meses de gestação, você vai passar os próximos 6 meses na fase transitória, na qual terá todas as lembranças da casca anterior apagada… e nasce novamente, tal qual o mito da fênix, em nova casca sujeita a nova personalidade. Seu atmã é o mesmo, mas revestido das características que você vai precisar para evoluir na sua próxima etapa de aprendizado.

Claro que você sempre poderia falar “mas eu não acredito em espíritos e chakras não existem”. Ficando preso apenas na 3a dimensão, realmente não tenho como explicar nenhuma relação de “causa e efeito” entre as posições planetárias e nossas personalidades. Neste caso, apenas a experiência empírica vai (ou não) te convencer. Examinando 10, 20, 50, 100 (ou 1.000 mapas, como fez Fernando Pessoa) você vai perceber que tem algo realmente estranho acontecendo (supondo que você continue sem acreditar em nada espiritual)… Mas podemos fazer uma brincadeira. Me passe sua data de nascimento completa (dia, mês, ano, horário e local), eu faço o seu mapa e depois você me diz o que acha da Astrologia Hermética. Topa?