Anjos Cabalísticos - Parte I
Olá crianças!
Já estudamos em posts anteriores a respeito da Árvore da Vida, as Dez Sephiroth e suas representações dentro da Psique humana, dos aspectos mais mundanos até os mais divinos dentro de cada um de nós. A partir dos estudos da Kabbalah, os estudiosos antigos chegaram aos 72 chamados “Nomes de Deus” e, derivados destes, os 72 “Malachins”, ou os famigerados Anjos Cabalísticos.
Ateus, crentes e esquisotéricos ficam de mimimi em debates intermináveis para ver se eles existem de verdade ou não (fisicamente falando) mas falta a eles o bom senso para entender que anjos são antropomorfizações (a maioria deles nem sabe o que esta palavra significa) das qualidades inerentes dos seres humanos, tais quais os deuses.
Uma das mais antigas representações em diagrama destes 72 Nomes de Deus foi feito por Athanasius Kircher no texto “Oedipus Aegyptiacus”, e tem sido copiado e macaqueado à exaustão desde então. A maioria dos picaretas e “Angeólogos do Braziu” nem faz a menor ideia do por quê de cada correlação nem da razão pela qual o anjo XYZ é o “protetor da profissão ABC”… simplesmente copiam e colam.
Anjos
A primeira coisa que precisamos verificar é que não são 72 Anjos, mas 81 (como uma certa corda cheia de nós que encontramos em alguns lugares por aí…) que é 9×9. Nove Esferas combinadas com Nove Hierarquias. Cada uma das Hostes Angelicais possui um Príncipe, que é o regente de cada uma destas energias. Neste ensaio, estou modificando a numeração tradicional dos anjos (que está obsoleta) para que fique mais fácil de ser estudada e entendida. No Sistema Mayhem, cada Anjo recebe dois números, correspondentes à combinação de energias das duas esferas à qual ele está subordinado.
Assim, por exemplo, Vehuiah (1.2) representa as emanações de Hochma (2) dentro de Kether (1), Aladiah (2.3) representa as emanações de Binah (3) dentro de Hochma (2) e assim por diante… entendendo o que significa “Kether” e o que significa “Hochma”, você consegue sintetizar a combinação destas duas características e correlacionar com profissões e atributos nas quais estas características são importantes.
E chegamos ao imagético dos Anjos na Pintura e na História da arte, bem como suas representações Renascentistas (por isso Querubins se apresentam como crianças, Tronos com espadas flamejantes nas mãos, Dominações são pintados imersos na natureza, Potências carregam lanças e escudos e assim por diante…). Daí também entendemos o por quê ficou tão fácil para a Igreja Católica substituir os antigos deuses pelos seus santos e anjos: bastava apenas pegar os mesmos arquétipos e substituí-los.
Serafins
A mais sublime de todas é chamada de Seraphins, a mais próxima de Deus. O nome “seraph” deriva do hebreu e significa “queimar completamente”. Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é apenas um ser que “queima”, mas “que se consome” no amor ao Sumo Bem, que é o nosso DEUS Altíssimo.
Na Sagrada Escritura os Santos Anjos Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaias: (Is 6,1-2)
- 1.1 – Metraton (Príncipe: Kether em Kether)
- 1.2 – Vehuiah (Hochma em Kether)
- 1.3 – Jeliel (Binah em Kether)
- 1.4 – Sitael (Chesed em Kether)
- 1.5 – Elemiah (Geburah em Kether)
- 1.6 – Mahasiah (Tiferet em Kether)
- 1.7 – Lelahel (Netzach em Kether)
- 1.8 – Achaiah (Hod em Kether)
- 1.9 – Cahethel (Yesod em Kether)
Querubins
São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo CRIADOR para guardar o caminho da Árvore da Vida (Gn 3,24). Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais citado, aparecendo cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12). Quando Moisés recebeu as prescrições para a construção da Arca da Aliança, onde o SENHOR habitou, o trono Divino foi colocado entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19). Estas considerações atestam que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.
- 2.1 – Raziel (Príncipe: Kether em Hochma)
- 2.2 – Haziel (Hochma em Hochma)
- 2.3 – Aladiah (Binah em Hochma)
- 2.4 – Laoviah (Chesed em Hochma)
- 2.5 – Hahahiah (Geburah em Hochma)
- 2.6 – Yesalel (Tiferet em Hochma)
- 2.7 – Mebahel (Netzach em Hochma)
- 2.8 – Hariel (Hod em Hochma)
- 2.9 – Hekamiah (Yesod em Hochma)
Tronos
Acolhem em si a Grandeza do CRIADOR e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados “Sedes Dei” (Sede de DEUS). Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores o esplendor da Divina Onipotência. Carregam consigo o mesmo tipo de vibração que o Orixá Xangô.
