Astrologia

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A Astrologia (do grego astron, "astros", "estrelas", "corpos celestes", e logos, "palavra", "estudo") é um grupo de sistemas e tradições que estuda as posições relativas dos corpos celestes e sua sincronicidade com aspectos da personalidade, relações humanas, e outros assuntos mundanos. Um estudante de astrologia pode ser chamado Astrólogo após ter confeccionado pelo menos duas centenas de Mapas Astrais.

Os registros mais antigos sugerem que a Astrologia surgiu no terceiro milênio AC. Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na Astronomia antiga, nos Vedas, na Bíblia, e em várias disciplinas através da história. De fato, até a Era Moderna, astrologia e astronomia eram indistinguíveis, uma vez que o desejo de predizer o futuro por atividades adivinhatórias era uma das motivações principais das observações astronômicas. A Astronomia começou a divergir gradualmente da Astrologia, a partir da Renascença, até o século XVIII. Eventualmente, a Astronomia se distinguiu como uma disciplina científica, constituída do estudo objetivo do Universo, ao passo que a Astrologia passou a ser estudada apenas dentro das Ordens Iniciáticas.

Descrição

Durante séculos a astrologia se baseou na observação de objetos astronômicos e no registro de seus movimentos. Mais recentemente os astrólogos têm usado dados coletados pelos astrônomos e organizados em tabelas chamadas efemérides, que mostram as posições dos corpos celestes em um determinado instante e local.

A ferramenta principal da astrologia é o Mapa Astral (também conhecido como carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superficie, e até tendo o Sol como ponto central. A interpretação do mapa leva em consideração:

Embora a astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que é mais próximo da posição astronômica dos astros no céu, mas seguindo a mesma forma de divisão do céu que o Tropical.

Técnicas astrológicas

A Astrologia Hermética recorre, essencialmente, à interpretação do Mapa Astral do indivíduo (ou entidade) em estudo, e na associação dos significados astrológicos ao contexto da situação apresentada em consulta.

A análise preditiva recorre ainda a algumas técnicas específicas, entre as quais, os Trânsitos (comparação da posição dos planetas, num determinado momento, sobre o Horóscopo Natal do objeto de análise), as Progressões (primárias, secundárias, e terciárias), as Direções de Arco (sendo o Arco Solar o mais utilizado), e o Retorno Solar (cálculo de um novo Horóscopo para o momento do ano em que o Sol passa exatamente em cima do grau em que estava no momento de nascimento da entidade em análise). É importante salientar que os Planetas NÃO exercem influência sobre os fatos que ocorrem em nosso Planta, apenas são utilizados como indicadores para a averiguação destas medições.

Conceitos clássicos

Os Signos

Os Planetas

As Casas

História

Ver artigo principal História da astrologia.

As várias Astrologias

Além da que se chama hoje ocidental, embora pela história acima se possa ver sua origem oriental, são praticadas hoje no mundo todo outras formas de astrologia.

Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa.

A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C.

Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas.

Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres.

Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a astrologia psicológica tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma astrologia transpessoal baseada no trabalho de Roberto Assagioli.

Mais recentemente há um renascimento da astrologia clássica, com grande número de obras da antigüidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim. Esse esforço visa retomar o conhecimento antigo, limpando-o de adendos exóticos que redundaram em concepções simplistas, como acreditar que os Planetas é que influenciam as pessoas.

Astrologia e ciência

A comunidade científica não considera a astrologia uma ciência, embora haja astrólogos como Michel Gauquelin ou Gunter Sachs que já demonstraram correlações estatísticas da astrologia usando o método científico. Um grande número de astrólogos praticantes e de "filósofos da astrologia" a vê como uma arte baseada em conhecimento técnico, conhecimento tradicional e uma concepção sistêmica do universo.

Um dos maiores problemas em adequar a Astrologia ao método científico está no fato de que o Mapa Astral não impede a pessoa de ter seu livre arbítrio, ou seja, o Mapa mostra qual seria a Verdadeira Vontade de um indivíduo, mas nada garante que aquela pessoa estará trilhando o caminho que escolheu antes de encarnar ou utilizando estas energias de maneira altruísta.

O funcionamento da Astrologia

A Astrologia funciona através do que se Carl Gustav Jung chamou de Sincronicidade. As mesmas energias universais responsáveis por todo o mecanismo de gravitação dos corpos celestes e emanações solares fazem com que a cada determinado instante, a Terra seja imantada com uma determinada gama energética, que é representada através de arquétipos (signos).

Como todo o Sistema Solar funciona de maneira harmônica, a cada momento os planetas (que representam simbolicamente as Sephiroth da Kabbalah podem ser utilizados como indicadores de que tipo de irradiação está presente naquele dado momento.

Agrippa (1486-1535) via o universo como o Unus Mundus, onde o que ocorre no mundo celestial chega até o mundo dos fenômenos, intermediado pela esfera dos corpos celestes. Nesta concepção, a relação entre a esfera dos corpos celestes e a esfera humana não é de causalidade, mas de analogia ou sincronicidade.

Astrólogos de orientação biológica procuram a explicação nos ritmos e ciclos biológicos, como os circadianos e lunares. John Addey, astrólogo inglês, realizou vários levantamentos estatísticos em busca da comprovação de conceitos astrológicos, como o de quase mil nonagenários e a relação Sol-Saturno. Descobriu, assim, o significado das relações harmônicas entre períodos cósmicos.

Outra concepção é que a influência se dá através da variedade de raios cósmicos que chegam ao nosso planeta. Ebertin é um dos defensores desta hipótese.

Astrologia e Espiritismo

Verifica-se por vezes uma ligação entre a Astrologia e o Espiritismo, de maneira indireta e especialmente através dos trabalhos realizados pelas entidades e orixás envolvendo dias e horários específicos para trabalhar com determinadas energias em terreiros de Umbanda e Candomblé. Apesar do Astrônomo e Astrólogo Camille Flammarion ter convivido mais de vinte anos ao lado de Allan Kardec, a forte influência católica no Kardecismo aqui no Brasil terminou por afastar estas duas ciências, o que é uma pena pois a validação científica da Astrologia confirma a Reencarnação e o Karma, doutrinas defendidas também pelo espiritismo.

Astrólogos notáveis

  1. 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 SÉGUIER, Jaime de, dir. Dicionário prático ilustrado. Porto: Lello & Irmão, 1973.