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− | + | — Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá. | |
− | efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é | ||
− | obra do homem e | ||
− | Para crer | + | '''Comentário de Kardec:''' ''Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.'' |
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− | ==5. Que | + | ==5. Que conseqüência podemos tirar do sentimento intuitivo, que todos os homens trazem consigo, da existência de Deus?== |
− | + | — Que Deus existe; pois de onde lhes virá esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? E uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa. | |
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− | ==6. O sentimento íntimo | + | ==6. O sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, não seria o efeito da educação e o produto de idéias adquiridas?== |
− | + | — Se assim fosse, por que os vossos selvagens também teriam esse sentimento ? | |
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− | Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse | + | '''Comentário de Kardec:''' ''Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções cientificas. senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento.'' |
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− | Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas | + | '''Comentário de Kardec:''' ''Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma causa.'' |
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− | ==8. Que | + | ==8. Que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso?== |
− | + | — Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o acaso? Nada! | |
− | considerar o acaso um ser inteligente? E, | ||
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− | A harmonia | + | '''Comentário de Kardec:''' ''A harmonia que regula as forças do universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.'' |
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− | causa primária | + | '''Comentário de Kardec:''' ''Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade.'' |
− | Humanidade. | + | ''Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana esta inteligência tem também uma causa e, quanto maior for a sua realização maior deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe.'' |
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==Capítulo I== | ==Capítulo I== |
Latest revision as of 22:23, 19 November 2010
4. Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
— Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.
Comentário de Kardec: Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
5. Que conseqüência podemos tirar do sentimento intuitivo, que todos os homens trazem consigo, da existência de Deus?
— Que Deus existe; pois de onde lhes virá esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? E uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
6. O sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, não seria o efeito da educação e o produto de idéias adquiridas?
— Se assim fosse, por que os vossos selvagens também teriam esse sentimento ?
Comentário de Kardec: Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções cientificas. senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento.
7. Poderíamos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?
— Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? E sempre necessária uma causa primária.
Comentário de Kardec: Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma causa.
8. Que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso?
— Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o acaso? Nada!
Comentário de Kardec: A harmonia que regula as forças do universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.
9. Onde se pode ver, na causa primária, uma inteligência suprema, superior a todas as outras?
— Tendes um provérbio que diz o seguinte: pela obra se conhece o autor. Pois bem: vede a obra e procurai o autor! É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite fora de si, e é por isso que se considera um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!
Comentário de Kardec: Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade. Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana esta inteligência tem também uma causa e, quanto maior for a sua realização maior deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe.
Capítulo I
I – Deus e O Infinito, II – Provas da Existência de Deus, III – Atributos da Divindade, IV – Panteísmo