Papa João XXII

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Papa João XXII

João XXII 197º papa

Nome de nascimento Jacques d'Euse Nascimento Cahors, França, 1249 Eleição 7 de setembro de 1316 Fim do pontificado 4 de dezembro de 1334 Antecessor Clemente V Sucessor Bento XII


O Papa João XXII, nascido Jacques d'Euse (Cahors, 1249 — Avinhão, 4 de dezembro de 1334), era o filho de um sapateiro em Cahors. Estudou Medicina em Montpellier e Direito em Paris.

O período de dois anos de sede vacante entre a morte de Papa Clemente V em 1314 e a eleição de Papa João XXII em 1316 deveu-se às desavenças extremas entre os cardeais, os quais estavam divididos em duas facções. Depois de dois anos, Filipe V de França finalmente articulou a realização de um conclave com vinte e três cardeais em Lyon e, através de um engodo, prendeu os cardeais em uma igreja até que a eleição estivesse concluída. Os cardeais então elegeram-no como Papa, sendo coroado em Lyon. Este Papa decidiu que a residência papal seria em Avinhão e não em Roma.

Papa João XXII envolveu-se em movimentos políticos e religiosos de muitos países europeus, com o objetivo de promover os interesses da Igreja, tornando-se um Papa muito controverso em seu tempo.

Antes da eleição de João XXII, decorreu uma disputa pela coroa imperial entre Luís IV da Baviera e seu oponente Frederico I da Áustria. João XXII foi neutro a princípio, mas em 1323, quando Luís IV venceu a disputa e tornou-se o Santo Imperador Romano, os partidos Guelfo (papal) e Gibelino (imperial) iniciaram uma disputa muito séria. Esta foi parcialmente causada pelas aclamações extremas da autoridade de João XXII sobre o Império e parcialmente pelo apoio por Luís IV aos Franciscanos espirituais, os quais João XXII havia condenado por sua insistência na pobreza evangélica. Luís IV tinha assistência de Marsilius de Pádua, e mais tarde do monge britânico William de Ockham. Luís IV invadiu a Itália, entrou em Roma e designou Pietro Rainalducci como o Antipapa Nicolau V, em 1328. O projeto foi um fiasco, e a superioridade dos Gelfos em Roma foi mais tarde restaurada. Ainda assim, Luís IV tinha silenciado as aclamações de autoridade do Papa, e este permaneceu o restante de sua vida em Avinhão.

Foi um excelente administrador e fez uma reorganização muito eficiente da Igreja.

Referências culturais

Papa João XXII é severamente criticado no livro O Nome da Rosa, de Umberto Eco, retratado pela personagem principal Guilherme de Baskerville e pelos frades menores como um herege sagaz.

Linha

Precedido por Papa Clemente V

Sucedido por Papa Benedito XII