Por quê eu odeio jornalistas

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Fiquei sabendo agora por uma leitora do Twitter que saiu um texto meu na revista da Cultura falando sobre RPG. Ela estava reclamando que eu teria dito que o RPG influenciou o livro “Senhor dos Anéis” (claro, daquele jeito ridiculo e histérico dos desocupados do twitter). Óbvio que eu nunca teria dito tal sandice, mas ela passou o link e realmente estava lá:


http://www2.livrariacultura.com.br/culturanews/rc36/index2.asp?page=materia4

Fui olhar no email que mandei a entrevista e vejam o que encontrei:

P: Você saberia me explicar a origem do RPG? Em que ano surgiu e para que finalidade?

@MDD – Surgiu em 1974, de uma variação dos wargames (jogos de batalhas de miniaturas). Um dia, um jogador chamado Gary Gygax pensou em uma estratégia para dominar um castelo que envolvia mandar um espião sozinho através das defesas para abrir o portao por dentro. Como o wargame nao possuia regras para lidar com UM personagem (ou pequeno grupo), apenas exércitos, desenvolveram um sistema de regras que possibilitaria este tipo de aventura. Mais tarde, com o sucesso do livro “Senhor dos Aneis”, o cenário de fantasia medieval rapidamente se transformou no principal tema dos jogos, com elfos, anoes, guerreiros, magos e dragões.

P: Como você mesmo mencionou, existem diversas modalidades de RPG. Poderia explicar as principais?

@MDD – RPG de mesa, o tradicional, onde o jogo se passa na imaginação das pessoas, o Live Action, que é uma modalidade de teatro de improviso, e os RPGs eletronicos como World of Warcraft, tibia e Ragnarok.

P: Você é inventor de métodos de RPG? Como os criou?

@MDD – Sou. O sistema Daemon e o RPGQuest sao de minha autoria. Eu os inventei em conjunto com o engenheiro Norson Botrel porque precisavamos de um sistema de regras para dar suporte ao cenário que desenvolvemos. Ele foi baseado em porcentagens e é considerado um dos sistemas mais praticos e simples de ser aprender e jogar. O RPGQuest foi desenvolvido para usar apenas dados de 6 lados, pois iria ser vendido em bancas de jornal em todo o país.

E vejam agora como ficou na revista:

O MUNDO É UM JOGO DE RPG O role playing game (RPG) surgiu em 1974, de uma variação dos wargames (jogos de batalhas de miniaturas). O inventor foi Gary Gygax, que criou um sistema relativamente simples se comparado com os jogos de interpretação atuais. O que o criador de Dungeons & Dragons, o primeiro jogo, não poderia prever é que o RPG teria tanta capacidade de evoluir e influenciar. O arquiteto, escritor e designer de jogos Marcelo Del Debbio explica que, atualmente, existem três modalidades: de mesa; o tradicional, em que o jogo se desenrola na imaginação das pessoas; o live action, que é uma modalidade de teatro de improviso; e os RPGs eletrônicos, como World of Warcraft, Tibia e Ragnarok. Além dos jogos propriamente ditos, o repertório do RPG também influenciou os games e o cinema. “Desde sua origem, o RPG esteve totalmente imerso na cultura nerd e influenciou livros como Senhor dos anéis e Entrevista com o vampiro”, conta. Marcelo, que é autor de mais de 40 livros de RPG e inventor de métodos de jogo, também aponta outras vantagens: “Estimula a leitura, a imaginação, a oratória, a construção de histórias, a estratégia e o planejamento, além de servir como dinâmica de grupo”. Por esses motivos, os jogos também podem ser aplicados para fins didáticos. “O RPGQuest, por exemplo, é usado em escolas para treinar contas de somar, subtrair, dividir e multiplicar com crianças em fase pré-escolar. O aluno fica entretido e não percebe que, ao longo de uma tarde de jogo, fará de 300 a 400 contas de cabeça”, explica. E não é apenas em educação ou entretenimento que o recurso está presente. Já existe uma espécie de gincana envolvendo aspectos lúdicos e de atividade social, semelhante ao RPG, aplicada em empresas. “Desenvolvi um sistema que foi usado algumas vezes para treinamento de grupos”, diz Marcelo. Por isso que eu só participo de programas ao vivo. Quando os retardados fanboys virem a matéria, vocês acham que eles vão encher o saco do jornalista ou o meu saco? Esse tipo de coisa me irrita muito, porque nunca falam de RPG na grande mídia, e quando falam, SEMPRE tem alguma distorção ou erro…

PS: Eu sei que tem muitos leitores que são jornalistas e blogueiros, e que existem jornalistas sérios… mas eles são como astrólogos, políticos ou advogados… os 95% de porcaria é que fazem a má fama do grupo…,