Reiki

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Kanjis Rei e Ki

Reiki é uma terapia baseada na canalização da "energia vital universal" através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural, seja ele emocional, físico ou espiritual, podendo eliminar doenças e promover saúde.

A energia Reiki é apolar, ou seja, não é positiva nem negativa, podendo assumir a polaridade que o paciente precisa. Além disso, ela destroi os bloqueios energéticos que impedem a livre circulação de energia no corpo (o que geralmente causa as doenças). Ela não provém do terapeuta, sendo que este não fica exaurido mesmo após várias seções de cura.

Simbolismo

O Kanji

A palavra japonesa Reiki significa a união da energia não-manifestada com a energia manifestada ou energia da matéria física: “O que está em cima é como o que está embaixo”. Destarte, Rei é a energia cósmica ou divina, que fica além das camadas mais densas da Terra e Ki corresponde à energia manifesta na matéria densa e por conseqüência, no homem. Se quem tivesse decodificado o Reiki fosse outra pessoa senão Mikao Usui, de origem japonesa, uma pessoa de outra nacionalidade, certamente teria dado um nome diferente, mas com o mesmo significado ou significado semelhante.

Para explorar mais este entendimento, pense que Rei é a sabedoria sutil que está em todas as coisas, animadas ou inanimada. Em nível do humano, Rei atua como energia harmonizadora, nutritiva, curativa, orientadora e elucidativa, conforme a necessidade da situação do ser humano naquele momento e em todos os tempos, independente de se conhecer o Reiki ou não. É a energia que reina no Universo e atua sobre todas as coisas. Ki, por sua vez, é a energia que anima todas as coisas vivas e está fluindo em todos os seres vivos, incluindo minerais, vegetais, animais e seres humanos.

História

A história que contam

O fundador do Reiki é Mikao Usui, sacerdote cristão, professor e reitor de uma pequena universidade cristã em Kyoto (Japão), a Doshima University.

Um dia, durante uma discussão com um grupo de seminaristas que concluíam sua formação, foi perguntado a Mikao Usui se ele acreditava literalmente na Bíblia. Quando respondeu que sim, seus estudantes o lembraram das curas promovidas por Cristo. Queriam saber por que não existiam no mundo de hoje, outros curadores da mesma maneira que Cristo agia, já que Ele dissera aos apóstolos para “curarem os doentes e levantarem os mortos”: se isso é verdade, ensine-nos os métodos, questionaram os alunos; queremos saber como aquelas curas poderiam ser realizadas hoje também. Disseram a ele que não era suficiente eles acreditarem, queriam ver como Jesus realizava a cura, com os seus próprios olhos. Mikao Usui não podia dar as respostas às dúvidas procedentes dos estudantes porque não as possuía, porém, não podia ficar sem respostas, nem para si, nem para os estudantes. Usui não tinha como ensinar a fórmula da harmonização do corpo tal como Jesus transmitira a seus discípulos: ele simplesmente tinha fé nas escrituras. Mikao Usui permaneceu calado, pois pela tradição japonesa ele tinha sido ultrajado em sua honra como professor e reitor em virtude de não ter respondido às perguntas de seus discípulos.

Nesse dia, pediu demissão de suas funções e determinou-se a encontrar as respostas para esse grande mistério. Como a maioria dos seus professores haviam sido missionários americanos e os estados unidos eram um país predominantemente cristão, ele decidiu iniciar seus estudos na Universidade de Chicago, no seminário teológico, facilitado pelo intercâmbio cultural da dinastia Meiji.

Em 1898, Mikao viajou para os EUA onde estudou Teologia, cristianismo e a Bíblia e após sete anos de estudos doutorou-se em Teologia. Estudou línguas antigas para ler as antigas escrituras, inclusive o chinês e sânscrito, a mais antiga língua indiana. Depois desse longo período de estudos, não encontrando suas respostas, decidiu que deveria continuar suas pesquisas em algum outro lugar.

Naquele momento, atinou para o fato de que Gautama Buda (620 – 543 a.C.) também era conhecido por suas curas em cegos, em doenças como a tuberculose, a lepra, entre outras e resolveu, assim, retornar ao Japão a fim de pesquisar mais sobre as curas realizadas por Buda, na esperança de achar a chave da cura.

A base do budismo ficava em Nara, porém, em Kyoto, havia cerca de 880 templos e mosteiros, e até um templo Zen que possuía a maior biblioteca budista do Japão, onde poderia pesquisar as escritas nos Sutras sobre as curas de Buda.

Durante 7 anos, Mikao Usui peregrinou à procura das Antigas escrituras nas bibliotecas e de monastério em monastério. Entretanto, toda vez que se aproximavam abades budistas, dirigia-se a eles e perguntava se tinham conhecimento de alguma fórmula sobre as curas realizadas por Buda, tendo sempre recebido a resposta que, naquele momento, estavam muito ocupados com a cura do espírito para poder se preocupar com a cura do corpo. depois de muitas tentativas, chegou a um monastério Zen e, pela primeira vez, foi encorajado por um velho abade que concordou que poderia ser possível curar o corpo como Buda já havia feito; e, ainda, que se havia sido possível uma vez, haveria a possibilidade de se descobrir novamente a fórmula da cura. Mas, informou-lhe que por muitos séculos, toda a concentração havia sido feita na cura do espírito.

Mikao decidiu que ia estudar os Sutras no Tibete, e já que dominava bem o sânscrito, viajou para a índia, e em uma de suas pesquisas num antigo manuscrito de um discípulo anônimo de Buda, em sânscrito, encontrou os 4 símbolos sagrados da fórmula usada por Buda para curar.

Os Sutras, escritos há a mais de 2.500 anos, acionavam uma energia poderosíssima que poderia levar a um ilimitado poder de cura; no entanto, uma simples fórmula, sem as explicações de como usar, e a devida capacidade de ativação, não lhe traziam a habilidade de curar.

Em 1908, no Japão, Mikao decidiu empreender um período de jejum e meditação de vinte e um dias, como faziam os antigos mestres, a fim de purificar-se para receber uma visão que o esclarecesse. Deixou então o mosteiro, e retirou-se no Monte Kurama, a montanha sagrada, localizada a aproximadamente 25km de Kyoto, levando os Sutras encontrados por ele no Tibete e, apenas, um cantil de pele de cabra com água e vinte e uma pedras que lhe serviram de calendário, lançando a cada dia uma pedra. Enquanto os dias passavam, Mikao, em absoluto jejum, sentado próximo a um pinheiro, ouvindo o som de um riacho, passou a meditar, orar, entoar cânticos, ler os Sutras e pedir ao Criador que lhe desse o discernimento necessário para o uso dos símbolos.

O jejum e a meditação ampliaram as fronteiras de sua consciência, e na madrugada do vigésimo primeiro dia, Mikao teve uma visão, onde vislumbrou uma intensa luz branca que o golpeou de frente, projetando-o para fora do corpo e, sentindo a consciência profunda em comunicação com o seu “Eu” mental, ao abrir totalmente sua consciência, pôde ele ver muitas luzes em formas de bolhas coloridas contendo em seu interior, símbolos sagrados, e, através da comunicação que estava recebendo , foi-lhe dada a compreensão dos significados e a utilização dos mesmos.

Naquele momento, Mikao recebia a sua iniciação, o conhecimento de como utilizar os símbolos e como ativar o poder em outras pessoas, resgatando assim o método milenar de terapia.

Esta é a história contada por Hawayo Takata. No entanto, a verdadeira história foi "ocidentalizada" para que o Reiki fosse melhor aceito nos Estados Unidos e na Europa após a Segunda Guerra Mundial.

A verdadeira história

Mikao Usui não era sacerdote cristão, tampouco professor universitário. Numa pesquisa realizada pelo mestre William Lee Hand (The International Center for Reiki Training – Michigan – USA), através de uma carta endereçada a Universidade de Doshisha (Kyoto – Japão), ele obteve a informação da referida universidade de que não constava nos registros universitários o nome Mikao Usui, nem como aluno nem como membro, como também de que não fora reitor da Doshisha. Também não foram encontrados registros da passagem de Mikao Usui pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Segundo investigações de Frank Arjava Petter, reveladas em seu livro em parceria com Walter Lübeck e William Rand, “The Spirit of Reiki”, Usui estudou Kiko (a versão japonesa de *Chi Kung – uma arte oriunda da China para melhorar a saúde através de meditação, exercícios de respiração e exercício em movimento) quando era jovem num templo de Budismo Tendai, no monte Kurama, Norte de Kyoto.

Nas práticas de Kiko usa-se a própria energia vital para a cura de outras pessoas, ficando o doador dessa energia, desvitalizado, algo que não foi do agrado a Mikao Usui e que terá feito nascer a semente daquilo que hoje conhecemos como Reiki.

Segundo William Rand (no mesmo livro), Usui viajou depois por todo o Japão, China e Europa em busca de conhecimentos na área da medicina, psicologia, religião e desenvolvimento espiritual. Numa dessas etapas juntou-se a um grupo designado Rei Jyutu Ka, onde sua formação acerca do mundo espiritual foi fortificada. Todo o intenso e continuado interesse no conhecimento teriam criado as fundações da incrível bênção que deixou à humanidade.

A sua formação ajudou-o a conseguir um emprego como secretário de Shinpei Goto, então responsável de um Departamento de Saúde e Bem Estar e mais tarde Presidente de Kyoto. Aqui, Usui conheceu muitas pessoas influentes de todo o Japão tendo iniciado um negócio por conta própria com bastante sucesso.

Em 1914, o negócio começou a correr mal e Usui decidiu tornar-se monge budista. Voltou mais tarde, ao monte Kurama, onde tinha estado a estudar Kiko quando era jovem.

Usui iniciou, então, um retiro de vinte e um dias, onde jejuou, cantou, orou e meditou. Uma dessas meditações poderá ter sido ficar debaixo de uma cascata do Monte Kurama com a água a cair sobre sua cabeça, para abrir e purificar o Chacra da coroa, uma prática que é efetuada ainda hoje pelos monges do Monte Kurama.

No final do retiro em março de 1922, Mikao teve a sua experiência de Satori (Iluminação) onde ficou sabendo de que forma utilizar energia para a cura sem ficar desvitalizado. Usui aplicou, então a energia em si e depois em sua família. Criou em abril de 1922 a escola que ainda existe, Usui Reiki Ryoho Gakkai em Tókio.

Os Cinco Princípios

Os 5 Princípios

Mikao Usui deixou cinco princípios, os quais se baseiam na Kotodama e, por isso, devem ser recitados pela manhã e à noite.

Kanji

招福の秘法, 萬病の霊薬。

今日丈けは:

怒るな、
心配すな、
感謝して、
業をはけめ、
人に親切に。

朝夕合掌して心に念じ、 口に唱へよ。 心身改善。 臼井霊氣療法。 肇祖, 臼井甕男。


Rōmaji

Shōfuku no hihō, Manbyō no reiyaku.

Kyō dake wa:

Okoru na,
Shinpai su na,
Kansha shite,
Gyō wo hakeme,
Hito ni shinsetsu ni.

Asayū gasshō shite kokoro ni nenji, Kuchi ni tonae yo. Shinshin kaizen. Usui Reiki Ryōhō. Chōso, Usui Mikao.


Português

A arte secreta de convidar a felicidade, a milagrosa medicina para todas as doenças.

Apenas hoje:

não se irrite,
não se preocupe,
seja agradecido,
ganhe a vida honestamente,
seja gentil e amável com todos.

A cada manhã e a cada noite, una as palmas de suas mãos e reze com seu coração. Verbalize. Para a melhoria da mente e do corpo. Usui Reiki Ryōhō. O fundador, Mikao Usui.