Rito Moderno: Difference between revisions

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O Rito Moderno foi criado no ano de 1761, tendo sido constituído a 24 de Dezembro de 1772 e proclamado, pelo Grande Oriente da França, a 09 de Março de 1773, inicialmente com 03 graus. Em seu nascimento o Rito Moderno abrangia apenas os três graus simbólicos, básicos e essenciais da maçonaria, numa época em que os altos graus eram tão procurados e serviam como atrações para os novos iniciados.
A história deste rito se inicia em 1774, com a nomeação de uma comissão para se reduzir os graus, deixando apenas os simbólicos. No princípio houve uma forte oposição, então a comissão decidiu deixar quatro dos principais graus filosóficos. Com o decorrer do tempo, lojas adotaram o rito e hoje em dia é muito praticado na França e nos países, que estiveram sob sua influência.


Em 1774, o Grande Oriente de França procurou harmonizar as diversas doutrinas, que estavam compreendidas no complexo conjunto de graus, que, geralmente, eram praticados sem uma norma definida, o que dava origem à exploração da vaidade, inerente àqueles que procuravam a Ordem Maçônica com a única intenção de satisfazer seu ego.
O rito, embora criado sob moldes racionais, seguia a orientação dos demais, em matéria doutrinária e filosófica, baseada, entretanto, na primitiva Constituição de Anderson, com tinturas deístas, mas largamente tolerante, no que concerne à religião. Em 1815, ocorreria a regressão dogmática, que tanto influiria nos destinos da Maçonaria francesa: a Grande Loja Unida da Inglaterra, que surgira em 1813, da fusão da Grande Loja dos "Modernos" (de 1717) e a dos autodenominados "Antigos", de 1751, alterava a primitiva Constituição de Anderson, tornando-a absolutamente dogmática e impositiva. Ou seja: ao liberalismo e à tolerância da original compilação de Anderson, foram sobrepostos os teísmo pessoal, o dogmatismo e a imposição, incompatíveis com a liberdade de pensamento e de consciência.


Dessa forma, o Grande Oriente nomeou uma comissão para que a mesma fizesse um profundo estudo de todos os sistemas maçônicos vigentes, aproveitando o que fosse racional e útil àquele estágio evolutivo da maçonaria o que permitiria a elaboração de um Rito com o menor número de graus possíveis, para conter os ensinamentos da Ordem, substituindo o emaranhado dos altos graus, que, então eram praticados.
Apesar disso, quando o Grande Oriente promulgou, em 1839, seus primeiros "Estatutos e Regulamentos Gerais da Ordem", estes conservavam o melhor da tradição da Maçonaria dos Aceitos, dentro do espírito da original Constituição de Anderson, de 1723. Em 1872, depois de estudos iniciados em 1867, o Grande Oriente da Bélgica suprimia, de seus rituais, a invocação do G.'.A.'.D.'.U.'.. Essa resolução aboliu a invocação, mas não a fórmula do G.'.A.'.D.'.U.'., como freqüentemente se afirma. Era a tolerância, elevada ao máximo, que motivava o Grande Oriente a rejeitar qualquer afirmação dogmática, na concretização do respeito à liberdade de consciência e ao livre arbítrio de todos os maçons.


Essa comissão, após três anos de trabalhos, chegou a conclusão que o novo Rito não deveria adotar nenhum dos altos graus que seriam então abolidos. Considerando que isso poderia criar grandes cismas, em vista da quantidade de pessoas condecoradas com estes altos graus, renunciou antes de apresentar um parecer oficial.
O Grande Oriente e a Grande Loja da França, porém, doutrinariamente, continuam a manter a fidelidade àqueles antigos usos, relativos ao respeito à liberdade absoluta de consciência. A Maçonaria francesa, tendo muitos aristocratas em seus quadros, embora seu maior contingente fosse da burguesia, que faria a revolta, ao implantar o uso de espadas em Loja, pretendia mostrar que ali todos eram iguais, não havendo nobres ou plebeus, ricos ou pobres, ficando, as ainda inevitáveis diferenças sociais e econômicas para do limite dos templos. O Rito Moderno, hoje, o único fiel ao texto original das Constituições de Anderson (1723), que traduziam os antigos usos e costumes da Maçonaria e que se tornaram o instrumento jurídico básico da moderna Maçonaria.
 
Mesmo assim, o Grande Oriente de França em 03 de Agosto de 1777, acatando sugestões dessa comissão, expediu uma circular a todas as lojas, declarando que, dali por diante só reconheceria os três primeiros graus simbólicos. Nesta mesma oportunidade aquele Grande Oriente criou a palavra semestral de reconhecimento como sinal de Regularidade Maçônica, prática esta que foi adotada por todas as Potências ou Obediências.
 
Essa resolução trouxe grandes ressentimentos ao seio da Maçonaria Européia, pois os altos graus eram muito apreciados entre seus membros, criou, também, certa situação de inferioridade para os membros das lojas da obediência do Grande Oriente de França.
 
Isso fez com que em 1782, sob o nome de Câmara dos Ritos, fosse criada uma nova comissão especial, encarregada da formação do Rito, que deveria conter a parte essencial dos altos graus. Em 1786 foi apresentado o projeto pela comissão de sete graus, estando presente nos quatro Graus mais elevados a parte essencial dos Altos Graus.


==Graus==
==Graus==

Revision as of 21:55, 26 May 2010

A história deste rito se inicia em 1774, com a nomeação de uma comissão para se reduzir os graus, deixando apenas os simbólicos. No princípio houve uma forte oposição, então a comissão decidiu deixar quatro dos principais graus filosóficos. Com o decorrer do tempo, lojas adotaram o rito e hoje em dia é muito praticado na França e nos países, que estiveram sob sua influência.

O rito, embora criado sob moldes racionais, seguia a orientação dos demais, em matéria doutrinária e filosófica, baseada, entretanto, na primitiva Constituição de Anderson, com tinturas deístas, mas largamente tolerante, no que concerne à religião. Em 1815, ocorreria a regressão dogmática, que tanto influiria nos destinos da Maçonaria francesa: a Grande Loja Unida da Inglaterra, que surgira em 1813, da fusão da Grande Loja dos "Modernos" (de 1717) e a dos autodenominados "Antigos", de 1751, alterava a primitiva Constituição de Anderson, tornando-a absolutamente dogmática e impositiva. Ou seja: ao liberalismo e à tolerância da original compilação de Anderson, foram sobrepostos os teísmo pessoal, o dogmatismo e a imposição, incompatíveis com a liberdade de pensamento e de consciência.

Apesar disso, quando o Grande Oriente promulgou, em 1839, seus primeiros "Estatutos e Regulamentos Gerais da Ordem", estes conservavam o melhor da tradição da Maçonaria dos Aceitos, dentro do espírito da original Constituição de Anderson, de 1723. Em 1872, depois de estudos iniciados em 1867, o Grande Oriente da Bélgica suprimia, de seus rituais, a invocação do G.'.A.'.D.'.U.'.. Essa resolução aboliu a invocação, mas não a fórmula do G.'.A.'.D.'.U.'., como freqüentemente se afirma. Era a tolerância, elevada ao máximo, que motivava o Grande Oriente a rejeitar qualquer afirmação dogmática, na concretização do respeito à liberdade de consciência e ao livre arbítrio de todos os maçons.

O Grande Oriente e a Grande Loja da França, porém, doutrinariamente, continuam a manter a fidelidade àqueles antigos usos, relativos ao respeito à liberdade absoluta de consciência. A Maçonaria francesa, tendo muitos aristocratas em seus quadros, embora seu maior contingente fosse da burguesia, que faria a revolta, ao implantar o uso de espadas em Loja, pretendia mostrar que ali todos eram iguais, não havendo nobres ou plebeus, ricos ou pobres, ficando, as ainda inevitáveis diferenças sociais e econômicas para lá do limite dos templos. O Rito Moderno, hoje, o único fiel ao texto original das Constituições de Anderson (1723), que traduziam os antigos usos e costumes da Maçonaria e que se tornaram o instrumento jurídico básico da moderna Maçonaria.

Graus

Os Graus, aprovados em 1786, e até hoje praticados no Rito Moderno são:

  • 1o. Grau Aprendiz
  • 2o. Grau Companheiro
  • 3o. Grau Mestre
  • 4o. Grau Eleito
  • 5o. Grau Escocês
  • 6o. Grau Cavaleiro do Oriente ou da Espada
  • 7o. Grau Cavaleiro Rosa Cruz