Robert de Craon

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Brasão de Robert de Craon

Robert De Craon foi Mestre da Ordem dos Templários de 1136 à 1149.

Biografia

Robert De Craon, originário da região de Vitré. Ele era o terceiro filho de Renaud de Bourgoing (Lorde de Craon) e Lady Enagen de Vitré. Sua posição de nascimento como o filho mais novo automaticamente o dedicava ao sacerdócio.

Companheiro de Hugo de Payens , ele é um dos nove Cavaleiros fundadores da Ordem.

Em junho de 1136 De Craon sucedeu Hugo De Payns como líder da Ordem. Antes disso, era um senescal em 1125 (senescal era uma espécie de oficial dos nobres franceses, responsável pela administração geral dos negócios e camponeses que trabalhavam para os Senhores).

Durante seu reino como Grande Mestre, o Papa Innocent III (Papa Inocêncio III) permitiu aos Templários generosos privilégios. Estes foram decretados na Bula “Omne Datum Optimum” em 1139. Os privilégios incluíam: independência de toda supervisão eclesiástica excetuando a do Papa; autorização para construírem capelas, oratórios e cemitérios; autorização para terem capelães Templários; isenção no pagamento de taxas, dízimos (décimas partes)...

O Papa Inocêncio III estabeleceu um método para a eleição de futuros Mestres da Ordem. Além disso, encorajou os Templários a lutarem contra os inimigos da cristandade sem hesitarem. Como recompensa, a Ordem poderia ficar com toda a pilhagem e dinheiro tomados dos Sarracenos sem mais ninguém clamar por uma parte destes.

Robert De Craon organizou os detalhados sistemas de funcionamento e gerenciamento dos preceptórios e províncias. Com sabedoria e rigor, ele também administrou as doações, aparentemente chegando de todos os lugares. Na verdade ele até recusou o reino de Aragon (Kingdom of Aragon - localizado na Península Ibérica), o qual o Rei Alphonse queria que os Templários herdassem após sua morte.

No Leste, Robert De Craon levou dois anos para destruir os saqueadores e bandidos liderados por Assouard, o Emir de Aleppo. Ele também conseguiu conter diversos ataques muçulmanos nas regiões de Beaufort e Banyas, à despeito da fraqueza militar dos Templários.

Em 1139, De Craon participou na desastrosa batalha em Teqoa, onde a Ordem sacrificou suas tropas intermediárias para protegerem a retirada do derrotado exército Franco.

Na morte do Rei Foulques, em 1142, De Craon tentou arbitrariar entre a rainha Melissende e seu filho Baudouin III, mas sem muito sucesso. Melissende reinou por 5 anos com o objetivo de simplesmente manter à salvo o Reino de Jerusalém, sem preocupação (interesse) nos demais estados Latinos como Edesse ou Antioch. Baudouin, assim como seu pai, era mais como um soldado, tentando proteger todos os estados Latinos. Durante o reinado benigno de Melissende os exércitos muçulmanos liderados por Zengui capturaram Edesse e um jovem Nur Al Din subiu ao poder.

Não foi antes dos 19 anos de idade que Baudouin III ascendeu ao trono.

Em 1144, os Turcos tomaram vantagem da contínua discórdia crescente entre os Cristãos. Eles capturaram Edesse matando mais de 30.000 cristãos e transportando outros 15.000 como escravos. Em Julho de 1148, De Craon participou no Assises de Acre (inquérito judicial), o qual desviou a Segunda Cruzada para a cidade de Damasco.

Robert De Craon morreu em Janeiro de 1149 depois da falha da Segunda Cruzada, liderada por Louis VII, Rei da França e Konrad III, o imperador Germânico.

(alguns historiadores defendem que ele morreu em 1147, antes da Segunda Cruzada).