Eugene Leon Canseliet
Eugène Léon Canseliet (Sarcelles, 18 de dezembro de 1899 - Savignies, 17 de abril de 1982) foi um alquimista francês.
Biografia
Nasceu às vinte horas de uma segunda-feira, em 18 de Dezembro de 1899, na cidade de Sarcelles. Era filho de Henri Joseph Canseliet (1862 - 1921) e de Aline Victorine Hubert (1868 - 1935). Visando aprender desenho, vai para Marseille em 1915 e torna-se aluno no Palais des Beaux-Arts Place Carli. Em Marseille conhece Fulcanelli, um alquimista de 76 anos, que residia na rua Dieudé. É nesta época que conhece também o pintor Julien Hubert Champagne (1877 - 1932).
De 1920 a 1923 foi o diretor da fábrica de gás de Sarcelles, da Companhia Georgi. Como discípulo de Fulcanelli, teria operado então, pelas suas mãos, uma transmutação alquímica de chumbo em ouro no laboratório do primeiro andar da fábrica, diante de três testemunhas: o pintor Julien Champagne, o químico Gaston Sauvage e o próprio Fulcanelli.
É na fábrica que redige os dois livros de Fulcanelli, seguindo as notas que este lhe entregara. Em outubro de 1925, prefacia o primeiro livro, "O Mistério das Catedrais", publicado em 1926. E, em abril de 1929, prefacia o segundo o livro, "As Mansões Filosofais", publicado em 1930.
Autor de diversos livros de alquimia, entre os quais se destaca Deux Logis Alchimiques, e de diversos artigos publicados em revistas, faleceu em um sábado, 17 de abril de 1982, na cidade de Savignies, e foi enterrado em Neuville-le-Vault, numa campa próxima do seu amigo Philéas Lebesgue.
Obras
Autor de diversos livros de alquimia, entre os quais se destaca Deux Logis Alchimiques, e de diversos artigos publicados em revistas. O Mutus Liber, como nome diz, é um livro mudo, sem palavras. Editado originalmente por Eugene Canseliet, e tendo seu autor permanecido anônimo, O Livro Mudo da Alquimia é uma das mais relevantes e belas produções da tradição pictórica do hermetismo medievo. O livro consiste de uma série de figuras que ilustram, do princío à sua realização, todo o trabalho alquímico. O "Mutus Liber" é um livro composto por 15 gravuras reportando para o método da Grande Obra alquímica. Não é verdade que este livro não tenha palavras pois, logo na primeira página aparecem refrencias codificadas à bíblia e, na folha 14, existe uma expressão latina conhecida dos alquimista: "Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invienes" ou seja, lê, lê, lê, re-lê, trabalha e encontrarás.
Muitos acreditam que o Mutus Liber foi criado por um certo "Altus". Este nome aparece logo na primeira chapa e reporta diretamente ao anagrama de Jacob Saulat, o homem que, como se fazia antigamente, deu permissões para que este livro fosse editado. Bem que esta razão possa parecer coincidencia, estes anagramas eram frequentes no mundo da alquimia e do editorismo da época. Frequentemente, para as pessoas não serem perseguidas por Roma nem verem as suas obras adicionadas ao Index, utilizavam homônimos e jogos de palavras para enganar as autoridades. Assim, um anagrama tão flagrante é quase aceite pela generalidade como apontando para o verdadeiro autor do Mutus Liber.