Lectorium Rosicrucianum
O Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) é uma organização rosa-cruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudônimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship, fundado entre 1909 e 1911 por Max Heindel.
Em 1929, os irmãos Leene se tornaram dirigentes do grupo holandês e em 1930 a sra. Catharose de Petri (pseudônimo de H. Stok-Huizer) se uniu ao grupo. Em 1935 o grupo holandês se tornou independente da Rosicrucian Fellowship. Em 1938, Z.W. Leene faleceu, mas Jan van Rijckenborgh e Catharose de Petri continuaram o trabalho juntos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as forças de ocupação nazista proibiram as atividades da Sociedade Rosacruz, que só puderam ser retomadas publicamente após o término da guerra. A partir de então, com a publicação do livro O Mistério Iniciático Cristão), o movimento passou a se denominar Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, procurando frisar cada vez mais o aspecto gnóstico de seu ensinamento. O Lectorium Rosicrucianum considera-se continuador do trabalho de fraternidades como a dos Maniqueus e a dos Cátaros, além da própria Rosacruz Clássica, do século XVII.
Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegistus), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
A partir da morte de J. van Rijckenborgh em 1968, o Lectorium Rosicrucianum passou a ser dirigido por Catharose de Petri. Desde 1990, com a morte desta, sua direção ficou a cargo de uma Direção Espiritual Internacional, auxiliada por direções nacionais e grupos de trabalho.