O Tarot
O Tarô, origem do jogo de naipes, é um oráculo, um livro sagrado escrito não em palavras senão em setenta e oito páginas ou lâminas desenhadas em cores, cada uma com suas múltiplas e precisas correspondências e profundos significados, que ao serem primeiro estudadas e depois “embaralhadas” ou colocadas de diferentes formas simbólicas, atuarão magicamente no interior do aprendiz, servindo como veículo despertador da consciência e computador da inteligência; ou seja, como suporte simbólico do conhecimento metafísico.
A cada carta se lhe denomina “arcano”, já que conecta com um mistério, com uma força sobrenatural, com um arquétipo que se revela nela, tanto quanto em qualquer símbolo sagrado, permitindo assim que esta energia superior tome uma forma capaz de tocar os sentidos humanos e permitir que o homem, partindo dessa base sensível, possa elevar-se para o conhecimento do que está além do mundo material, e inclusive além do mundo psíquico, ou seja, os planos arquetípico e espiritual.
As setenta e oito lâminas do Tarô se dividem em três grupos da seguinte maneira: o primeiro grupo está constituído por quarenta cartas denominadas “os arcanos menores”; o segundo está composto de dezesseis lâminas chamadas “cartas da corte”; e o terceiro por vinte e duas ilustrações conhecidas como “os arcanos maiores”. Costuma-se estudar em primeiro lugar estas últimas vinte e duas.