Papa Lúcio III
Lúcio III (Ubaldo Allucingoli) foi Papa entre 1 de Setembro de 1181 e 25 de Novembro de 1185. Devido aos constantes tumultos em Roma, transferiu-se definitivamente para Verona. Onde deu inicio a Santa Inquisição em 1184. Em 1198, o Papa Inocêncio III havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.
Durante a perseguições dos pagãos pela inquisição foram executadas, ao contrário do que muitas pessoas dizem, apenas 42 pessoas foram mortas durante 100 anos em Toulouse, o maior centro de hereges da Idade Média. A Inquisição foi a primeira instituição jurídica no mundo a declarar que as confissões sob tortura não seriam válidas para a condenação de ninguém. Foi a Inquisição também que exigiu que a tortura fosse limitada, sendo usada apenas para obter informações, e que não poderia violar a integridade física da pessoa, que ela deveria ser limitada a meia hora, que deveria ser assistida por um médico, e que jamais poderia ser repetida. De 1309 a 1323, em 636 processos inquisitoriais realizados em Toulouse—principal centrou herético medieval—só em um deles se aplicou a tortura. Em um só. (Cfr. Rino Cammilieri , La Vera Storia dell´Inquisizione, Piemme, Casale Monferrato, 2001, p. 48). Lúcio III, promulgou a constituição para lutar contra as heresias que se haviam difundido rapidamente.
A Inquisição espanhola não se diz que ela logo foi uma instituição do Estado, não controlada pela Igreja, e que a Igreja teve que censurar e tomar medidas contrárias a ela. Mesmo assim, o que se fala contra a Inquisição espanhola é fruto das calúnias difundidas por Llorente, um padre apóstata, que escreveu um livro contra a Inquisição na Espanha, para ajudar os franceses de Napoleão a dominarem esse país, traindo assim a Igreja e a Pátria. E Llorente, terminada a sua obra, queimou todos os documentos que usou, para que não se vissem suas falsificações.