Rito Eclético Lusitano
O Rito Eclético Lusitano deveu-se a Miguel António Dias e parece ter sido, até hoje, a única tentativa de constituir um rito próprio e exclusivo dos maçons portugueses. Aquele autor esforçara-se, desde 1838, por reformar toda a Maçonaria portuguesa, adoptando como rito as práticas básicas dos Rito Francês, embora revisto e adaptado a Portugal:. Neste sentido redigiu umas "Bases Gerais" em seis capítulos e 34 artigos, que publicou na sua Architectura Mystica do Rito Francez ou Moderno (1943) e depois, novamente (1853), nos Annaes e Codigo dos Pedreiros Livres em Portugal, agora com lei orgânica e regulamento apensos. Neste mesmo ano, Miguel António Dias conseguiu controlar uma série de oficinas, levando-as a aceitar o novo rito e a sua presidência de um governo provisório coordenador:. Para elas instalou-se formalmente o Grande Oriente da Maçonaria Eclética Lusitana, com cinco lojas, sendo três em Lisboa (Regeneração 20 de Abril, Firmeza, e Fraternidade), uma em Setúbal (Firmeza) e uma em Torres Novas (Torre Queimada).
A nova obediência conseguiu ainda elaborar a sua Constituição (28 de Setembro de 1860), mas não parece ter durado muito para além dessa data. Algumas das oficinas abateram colunas e outras integraram-se no Grande Oriente de Portugal e na Confederação Maçônica Portuguesa, não sabemos se mantendo o Rito Eclético Lusitano, se voltando ao Rito Francês.