As Constelações (Estrelas Fixas): Difference between revisions

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Achei este post no Blog do Matheus, que trata das constelações por aquilo que elas realmente são: Pontos de referência simbólicos no céu. Os profanos e esquisotéricos acabaram associando-as à Astrologia, embora as constelações não tenham papel algum na confecção de Mapas Astrais.




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Catálogos do Céu para ajudar o trabalho na Terra
Catálogos do Céu para ajudar o trabalho na Terra


Os gregos povoaram a esfera celestial com suas lendas e mitos acrescidos das que herdaram da Mesopotâmia e da Fenícia. Tales, o mais antigo astrônomo grego conhecido, era de origem fenícia. Em Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias) e em Homero há referências a certas estrelas e constelações que têm relação com mitos sumérios. N' O Trabalho e Os Dias - um calendáriotratado para uso dos pastores gregos - Hesíodo faz referência às Plêiades, Híades, Orion, Sirius e Arcturus. Assim ocorre também nos Hinos Homéricos, em que há citações sobre as anteriores, além da constelação do Boieiro - e outras que são elencadas em Jó (do Antigo Testamento). A partir do sec VI a C, as constelações começam a aparecer nos registros de historiadores e poetas gregos: Aglaóstenes registra a Ursa Menor (Cinosura) e a translação de Aquila; Epimenides de Creta observa a translação de Capricórnio e da estrela Capella; Ferécides de Siros escreve sobre Orion, observando que, quando esta constelação se põe, o signo de Escorpião ascende; Ésquilo e Helano de Mitilene narram a lenda das 7 irmãs Pleiades, filhas do gigante Atlas, e Hécato de Mileto relaciona o mito da Hidra à constelação de mesmo nome.
Os gregos povoaram a esfera celestial com suas lendas e mitos acrescidos das que herdaram da Mesopotâmia e da Fenícia. [[Tales]], o mais antigo astrônomo grego conhecido, era de origem fenícia. Em [[Hesíodo]] (Teogonia e Os trabalhos e os dias) e em [[Homero]] há referências a certas estrelas e constelações que têm relação com mitos sumérios. N' O Trabalho e Os Dias - um calendário tratado para uso dos pastores gregos - [[Hesíodo]] faz referência às [[Plêiades]], [[Híades]], [[Orion]], [[Sirius]] e [[Arcturus]]. Assim ocorre também nos [[Hinos Homéricos]], em que há citações sobre as anteriores, além da constelação do Boieiro - e outras que são elencadas em [[]] (do Antigo Testamento). A partir do sec VI a C, as constelações começam a aparecer nos registros de historiadores e poetas gregos: [[Aglaóstenes]] registra a [[Ursa Menor]] (Cinosura) e a translação de [[Aquila]]; [[Epimenides de Creta]] observa a translação de [[Capricórnio]] e da estrela [[Capella]]; [[Ferécides de Siros]] escreve sobre [[Orion]], observando que, quando esta constelação se põe, o signo de [[Escorpião]] ascende; [[Ésquilo]] e [[Helano de Mitilene]] narram a lenda das 7 irmãs [[Pleiades]], filhas do gigante [[Atlas]], e [[Hécato de Mileto]] relaciona o mito da [[Hidra]] à constelação de mesmo nome.






Euctêmon, um astrônomo grego (séc. V a C), compila um calendário de estações no qual Aquário, Aquila, Cão Maior, Coroa Boreal, Cisne, Golfinho (Delphinus em latim), Lira, Orion, Pegasus, Sagitário e os asterismos Hiades e Plêiades estão ali mencionados, em relação ao tempo, às mudanças de estação. Neste calendário, solstícios e equinócios estavam associados aos signos.
[[Euctêmon]], um astrônomo grego (séc. V a C), compila um calendário de estações no qual [[Aquário]], [[Aquila]], [[Cão Maior]], [[Coroa Boreal]], [[Cisne]], [[Golfinho]] ([[Delphinus]] em latim), [[Lira]], [[Orion]], [[Pegasus]], [[Sagitário]] e os asterismos [[Hiades]] e [[Plêiades]] estão ali mencionados, em relação ao tempo, às mudanças de estação. Neste calendário, [[solstícios]] e [[equinócios]] estavam associados aos [[signos]].






O mais antigo trabalho grego com relação às constelações foi escrito por Eudoxo de Cnido (Phaenomena). Embora perdido, o original emprestou a base e o nome para que Arato, um poeta da corte macedônia, escrevesse seu longo poema. No Phaenomena, são descritas 44 constelações, sendo 19 ao norte, 13 zodiacais e 12 ao sul.
O mais antigo trabalho grego com relação às constelações foi escrito por [[Eudoxo de Cnido]] ([[Phaenomena]]). Embora perdido, o original emprestou a base e o nome para que [[Arato]], um poeta da corte macedônia, escrevesse seu longo poema. No [[Phaenomena]], são descritas 44 constelações, sendo 19 ao norte, 13 zodiacais e 12 ao sul.






Cláudio Ptolomeu, astrônomo alexandrino, cerca de 300 anos mais tarde, no livro 6o de seu Almagesto, adota o sistema de Hiparco e cataloga 48 constelações por nome e localização, atribuindo a cada estrela próxima da eclíptica características de um ou mais planetas. O Almagesto foi a base para todos os catálogos de estrelas posteriores.
[[Cláudio Ptolomeu]], astrônomo alexandrino, cerca de 300 anos mais tarde, no livro 6o de seu [[Almagesto]], adota o sistema de [[Hiparco]] e cataloga 48 constelações por nome e localização, atribuindo a cada estrela próxima da eclíptica características de um ou mais planetas. O [[Almagesto]] foi a base para todos os catálogos de estrelas posteriores.






Outros catálogos estelares importantes, bem posteriores, foram feitos por J Bayer (1603), J Flamsteed (1725), J Hevelius (1690), N de Lacaille (1751), entre outros. Cada um destes astrônomos, além da catalogação, criou métodos de classificação estelar e, ainda, outras constelações, como por exemplo a de Lacerta (Lagarto) ou de Camelopardalis (Camelo). A constelação do Cruzeiro do Sul (Crux Australis) foi incluída por Augustine Royer em catálogo de 1679. Essa constelação, próxima do Escorpião, tem estrelas como Gacrux, Acrux e Mimosa, que, além de serem consideradas, em astrologia política, relativas ao Brasil, têm um simbolismo que está associado à astrologia, astronomia, botânica e a poderes psíquicos.
Outros catálogos estelares importantes, bem posteriores, foram feitos por [[J Bayer]] (1603), [[J Flamsteed]] (1725), [[J Hevelius]] (1690), [[N de Lacaille]] (1751), entre outros. Cada um destes astrônomos, além da catalogação, criou métodos de classificação estelar e, ainda, outras constelações, como por exemplo a de [[Lacerta]] (Lagarto) ou de [[Camelopardalis]] (Camelo). A constelação do [[Cruzeiro do Sul]] ([[Crux Australis]]) foi incluída por [[Augustine Royer]] em catálogo de 1679. Essa constelação, próxima do Escorpião, tem estrelas como [[Gacrux]], [[Acrux]] e [[Mimosa]], que, além de serem consideradas, em [[astrologia]] política, relativas ao Brasil, têm um simbolismo que está associado à [[astrologia]], [[astronomia]], [[botânica]] e a [[poderes psíquicos]].




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Achei este post no Blog do Matheus, que trata das constelações por aquilo que elas realmente são: Pontos de referência simbólicos no céu. Os profanos e esquisotéricos acabaram associando-as à Astrologia, embora as constelações não tenham papel algum na confecção de Mapas Astrais.


Estrelas "fixas" e "errantes"

As chamadas "estrelas fixas" (o que é também apenas um referencial, já que nada está "fixo" no universo) - em contraposição às "estrelas errantes" (os planetas) - constituem um dos mais antigos focos de interesse da humanidade. Registros históricos atestam que os primeiros assentamentos humanos do Neolítico já se maravilhavam com a observação delas. Ocupavam o plano mais alto e estável de tudo o que se movia aparentemente no céu.


Agrupadas nas constelações, as "estrelas fixas" ajudavam a orientação dos viajantes, marcavam início de colheitas, épocas de plantio, festas anuais e muitas outras atividades.


Definição

Constelação é o nome dado a certos grupos de estrelas do Céu onde é projetado o imaginário coletivo de um grupo social. As formas, desenhos e atributos variados as distinguem no firmamento. A palavra constelação vem do latim com-stelattus, marcado com estrelas. Em 1945, a União Internacional Astronômica marcou oficialmente os limites das constelações e quais estrelas pertencem a qual constelação. Por volta de 1970, 88 constelações eram aceitas universalmente, além de grupos estelares menores, chamados asterismos.


Catálogos

Catálogos do Céu para ajudar o trabalho na Terra

Os gregos povoaram a esfera celestial com suas lendas e mitos acrescidos das que herdaram da Mesopotâmia e da Fenícia. Tales, o mais antigo astrônomo grego conhecido, era de origem fenícia. Em Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias) e em Homero há referências a certas estrelas e constelações que têm relação com mitos sumérios. N' O Trabalho e Os Dias - um calendário tratado para uso dos pastores gregos - Hesíodo faz referência às Plêiades, Híades, Orion, Sirius e Arcturus. Assim ocorre também nos Hinos Homéricos, em que há citações sobre as anteriores, além da constelação do Boieiro - e outras que são elencadas em (do Antigo Testamento). A partir do sec VI a C, as constelações começam a aparecer nos registros de historiadores e poetas gregos: Aglaóstenes registra a Ursa Menor (Cinosura) e a translação de Aquila; Epimenides de Creta observa a translação de Capricórnio e da estrela Capella; Ferécides de Siros escreve sobre Orion, observando que, quando esta constelação se põe, o signo de Escorpião ascende; Ésquilo e Helano de Mitilene narram a lenda das 7 irmãs Pleiades, filhas do gigante Atlas, e Hécato de Mileto relaciona o mito da Hidra à constelação de mesmo nome.


Euctêmon, um astrônomo grego (séc. V a C), compila um calendário de estações no qual Aquário, Aquila, Cão Maior, Coroa Boreal, Cisne, Golfinho (Delphinus em latim), Lira, Orion, Pegasus, Sagitário e os asterismos Hiades e Plêiades estão ali mencionados, em relação ao tempo, às mudanças de estação. Neste calendário, solstícios e equinócios estavam associados aos signos.


O mais antigo trabalho grego com relação às constelações foi escrito por Eudoxo de Cnido (Phaenomena). Embora perdido, o original emprestou a base e o nome para que Arato, um poeta da corte macedônia, escrevesse seu longo poema. No Phaenomena, são descritas 44 constelações, sendo 19 ao norte, 13 zodiacais e 12 ao sul.


Cláudio Ptolomeu, astrônomo alexandrino, cerca de 300 anos mais tarde, no livro 6o de seu Almagesto, adota o sistema de Hiparco e cataloga 48 constelações por nome e localização, atribuindo a cada estrela próxima da eclíptica características de um ou mais planetas. O Almagesto foi a base para todos os catálogos de estrelas posteriores.


Outros catálogos estelares importantes, bem posteriores, foram feitos por J Bayer (1603), J Flamsteed (1725), J Hevelius (1690), N de Lacaille (1751), entre outros. Cada um destes astrônomos, além da catalogação, criou métodos de classificação estelar e, ainda, outras constelações, como por exemplo a de Lacerta (Lagarto) ou de Camelopardalis (Camelo). A constelação do Cruzeiro do Sul (Crux Australis) foi incluída por Augustine Royer em catálogo de 1679. Essa constelação, próxima do Escorpião, tem estrelas como Gacrux, Acrux e Mimosa, que, além de serem consideradas, em astrologia política, relativas ao Brasil, têm um simbolismo que está associado à astrologia, astronomia, botânica e a poderes psíquicos.