Iemanjá
Yemoja na Africa Iemanjá, cujo nome deriva de Yèyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados e os suportes do axé da divindade. Yemanjá seria a filha de Olorum, Deus único, e é considerada o orixá do mar. Do casamento de Oxalá e Iemanjá (O Casamento alquímico entre o Sol e a Lua) nasceram todos os demais orixás.
Deusa das águas, mares e oceanos, é a manifestação da procriação, da restauração, das emoções e símbolo da fecundidade. Está associada ao poder genitor, a interioridade, aos filhos contidos em si mesma. Seu adedé (leque) simboliza a cabeça mestra. Ela é muito bonita, vaidosa e dança com o obebé (espelhinho) e pulseiras. Na Nigéria ela é patrona da sociedade Geledes, sociedade feminina ligada ao culto das Yamis, as feiticeiras. No Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre, o culto a Iemanjá é muito intenso durante a última noite do ano, quando centenas de milhares de adeptos vão, cerca de meia noite, acender velas ao longo das praias e jogar flores e presente no mar.
Iemanjá está diretamente relacionada a Yesod e corresponde a todas as deusas lunares e guardiãs dos mistérios, como Ísis, Hecate, Selene e Diana. Na mitologia católica, está relacionada a Nossa Senhora dos Navegantes.
Orixás
Omolu, Iemanjá, Exú, Oxum, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Iansã, Olorum, Ibeji